CONVERSANDO COM O DR. LUIZ CUSCHNIR

LuizC

Aqui você pode tirar suas dúvidas através de perguntas, que serão respondidas preservando sua identidade.


PERG – Preciso de uma orientação. Doutor, meu nome é C. Eu tenho 26 anos e sou carioca. Eu casei aos 23 anos com meu marido que é apenas 3 meses mais velho que eu. Eu o conheci na internet, namoramos por três anos (eu no RJ e ele em SP – nós nos víamos em alguns finais de semana). Como tivemos bastante uma educação religiosa, não fizemos sexo antes do casamento. Ambos casamos virgens. O que acontece é que desde que casei até hoje, o meu marido não demonstra interesse por sexo, sempre diz que está cansado. Eu fico cheirosinha, compro lingeries, enfim me arrumo para ele, e ele só diz que quer dormir.

Há uns quatro meses descobri que ele conversou em bate papo com uma moça de 19 anos, perguntando como foi a primeira vez dela e essas besteiras e agora de uns meses para cá eu entro no histórico do computador e vejo que ele fica entrando em site pornográfico.

Doutor gostaria que o senhor me orientasse de alguma forma, pois como profissional, sei que o senhor pode me ajudar. Eu já pedi para ele ir a algum médico e ele se recusa a ir e se recusa a fazer qualquer coisa para me deixar feliz. Ele trabalha, chega do trabalho às 19 horas e vai direto para cama dormir e ver tv.. me sinto frustrada, eu o amo mas estou começando a sentir RAIVA dele.

Quando eu descobri sobre a menina da internet, eu disse que queria me separar dele. Ele chorou como criança, pediu perdão e disse que nunca mais iria acontecer. Realmente eu entro no histórico e ele não tem mais entrado em bate papo, mas fica vendo site pornográfico e isso me deixa revoltada com ele porque sexo comigo ele não quer.

Por favor, a minha auto-estima está lá embaixo, me sinto frustrada, preciso de ajuda, não tenho forças para me separar, eu me arrependo de ter casado me ajude, por favor, doutor. Obrigada.

RESP – C., a situação de vocês tem vários fatores que dificultam o entendimento como o desconhecimento que um tem do outro, a falta de liberdade para enfrentarem os problemas juntos, alguns dogmas religiosos que ajudam a reprimir os desejos e outros tantos que não consigo antever, mas realmente são preocupantes. Se ele não aceita lidar com esta situação com um profissional, quem sabe aceitaria com alguma pessoa de confiança mais velha ou um religioso que poderia então encaminhá-lo para uma ajuda profissional. Se ele chegou a chorar e pediu para você perdoá-lo deve ser porque ele também não está satisfeito com a própria situação alem de não querer perder você. Sugira que ambos irão conversar com alguém, imponha isso, pois pode funcionar como uma maneira de apoiá-lo para abrir-se e aceitar ajuda. As atitudes devem ser firmes, pois a relação de vocês me parece deteriorar a cada momento, o que me parece ser ruim para os dois.

PERG – Dr Luiz, bom dia! Como tenho que ser breve: tive um namoro /casamento de dois anos. Ele separado com dois filhos, que acolhi e amei como meus. Tudo foi acontecendo, sem uma definição clara do que queríamos como casal. Quando falei em filho nosso ele disse que não tinha mais desejo de ser pai, apesar de no começo do namoro ter deixado uma possibilidade. Quando disse: Não teremos tempo para isso! Logo, falou em separação. Eu ainda tentei ampliar a discussão, até cedendo, mas ele não recuou. Apesar de respeitar a vontade do outro, sinto-me decepcionada, pois o acho um covarde. Gostaria de ouvir sua opinião. L., 39 anos.

RESP – L., tudo bom? Penso que um relacionamento leva tempo para se estabelecer. Da mesma forma, conhecer um ao outro, a experiência profissional que tenho me indica que ele conhecia pouco de você e mesmo dele quando iniciaram o relacionamento. Com a experiência do convívio, ele pode ter tido uma idéia de como seria com você e não viu a possibilidade de ter mais filhos. Acho que se ele tivesse visto, poderia mudar de idéia. Alguns homens não querem ter mais filhos para não assumirem mais responsabilidades além das que têm. Quem sabe também ele viu como era importante para você isso e percebeu que não teria condições de te atender. É o que consigo te dizer agora. Ele não era o homem para ser o pai do filho que você queria ter. Abraços. Luiz


LUIZ CUSCHNIR – Psiquiatra, psicoterapeuta. Saiba mais.

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