O QUE É EBOLA?

220_medicina_3.1

O vírus Ebola, que está se espalhando pelo oeste da África, é enorme e um dos mais mortais do planeta porque mata até 90% das pessoas infectadas.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o pior surto de ebola da história, que está se espalhando pelo oeste da África.

O que é Ebola?

O ebola é um dos vírus mais mortais do planeta porque mata até 90% das pessoas infectadas. Ele foi identificado pela primeira vez em 1976 no Zaire, atual República Democrática do Congo, nas proximidades do rio Ébola, que lhe deu o nome.

O vírus causa uma doença conhecida como febre hemorrágica ebola. Não há vacina ou cura. O vírus se espalha através do contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada, causando febre, diarreia e sangramentos.

Os sintomas iniciais incluem febre repentina, fraqueza intensa, dores musculares e dor de garganta. A seguir, surgem vômito, diarreia e, em alguns casos, sangramento interno e externo, com interrupção do funcionamento dos órgãos.

Os humanos pegam o vírus por meio do contato próximo com animais infectados, incluindo chimpanzés, antílopes florestais e morcegos frutíferos – estes últimos são uma iguaria na Guiné, onde a surgiu o atual surto. Em seguida, o ebola se espalha de uma pessoa para outra, por contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos, ou indiretamente, através do contato com ambientes contaminados. Até mesmo os funerais das vítimas do ebola pode ser um risco, se os enlutados tiverem contato direto com o corpo do falecido.

O período de incubação do vírus pode durar de dois dias a três semanas, e o diagnóstico é difícil. Pessoas podem transmitir a doença enquanto o vírus permanecer em seu sangue e secreções – o que pode elevar até sete semanas depois da recuperação.

Onde o ebola ataca?

A febre hemorrágica ebola até agora tem ficado restrita essencialmente à África. Surtos de ebola ocorrem principalmente em aldeias remotas na África Central e Ocidental, perto de florestas tropicais, segundo a OMS. Os países afetados com mais frequência estão mais ao leste desta área: a República Democrática do Congo, Uganda e Sudão. Mas o surto que está acontecendo agora é incomum, porque está concentrado na Guiné, um país que nunca tinha sido afetado pela doença, e está-se espalhando para áreas urbanas, tendo inclusive chegado à capital, Conakry, onde vivem dois milhões de pessoas.

A entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) diz que o surto é “sem precedentes” pois os casos estão espalhados em vários locais em toda a Guiné.

Como se prevenir contra o ebola?

A OMS orienta evitar o contato com pacientes infectados por ebola e seus fluidos corporais. Não se deve tocar em nada que poderia ter sido contaminado, como toalhas compartilhadas. Quem cuidar do doente deve usar luvas e equipamento de proteção, tais como máscaras, e lavar as mãos regularmente. A OMS também adverte contra o consumo da carne de caça crua e qualquer contato com morcegos ou macacos.

Mas o ministro da Saúde da Libéria foi além, aconselhando as pessoas a parar de ter relações sexuais, além da orientação de não apertar as mãos ou dar beijo. A OMS não se manifestou sobre essas orientações.


 Ver mais notícias sobre os temas:

Vírus

 

Infecções

 

Epidemias

 


RISCO DE EBOLA NO BRASIL É PEQUENO, DIZ MINISTÉRIO

O Ministério da Saúde disse estar acompanhando os desdobramentos da epidemia de ebola que assola o oeste da África. Segundo o órgão, o Brasil está seguindo orientações da OMS para não adotar estratégias específicas em relação à doença.

“Segundo avaliação da OMS, o risco de disseminação da doença é considerado alto nos países fronteiriços, moderado no restante do continente africano e baixo no restante do mundo”, diz a nota do ministério.

“O ebola é transmitido pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, por isso, a transmissão para outros continentes não é provável e a OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados.”

O Ministério da Saúde informou ainda que, caso a OMS mude sua recomendação, já existe um plano de contingência que pode ser colocado em prática.

A OMS que não recomenda nenhuma restrição a viagens por causa do surto de ebola. Segundo o órgão, o risco para turistas, mesmo aqueles visitando regiões infectadas, é baixo.

“Há uma possibilidade de que uma pessoa com ebola embarque em um avião ou outro meio de transporte sem informar a companhia de sua situação. Apesar de o risco para os que viajam ao seu lado ser muito baixo, é recomendável que se faça a identificação e uma análise dessas pessoas,” diz a OMS.


Fonte: www.diariodasaude.com.br – Com informações da BBC – Imagem: Wikipedia

20
20