FALTA DE APETITE NAS CRIANÇAS

225_sabores_4.1
Muitas mães têm a percepção equivocada de que comer muito é comer bem e julgam que seus filhos podem estar comendo menos que o necessário quando observam que muitas vezes as crianças recusam os alimentos oferecidos ou não os solicitam com freqüência.


Introdução

“Meu filho não tem apetite” – esta é uma das queixas mais comuns em Pediatria.

Muitas mães têm a percepção equivocada de que comer muito é comer bem e julgam que seus filhos podem estar comendo menos que o necessário quando observam que muitas vezes as crianças recusam os alimentos oferecidos ou não os solicitam com freqüência.

Comer muito ou comer pouco: o que é o normal?

Nem 8 nem 80. Os especialistas afirmam que as variações de apetite são normais, sempre que a criança se mantenha ativa e cresça normalmente. Além disso, se a criança comer alguma coisa fora de hora, como um biscoito ou um chocolate, é provável que na hora de almoçar não tenha apetite.

Porque muitas crianças, especialmente as mais novas, podem comer pouco?

Às vezes os bebês comem apenas um pouco. Isto pode causar grande preocupação nas mães, que insistem que seu filho coma, mesmo que não tenha fome. Geralmente a mãe menciona que “ele não come quase nada”. O que acontece é que o apetite de um bebê se relaciona com suas necessidades energéticas. Quando fazem muita atividade, as crianças comem mais. Se ao contrário, gastam menos energia, não têm fome.

Como funciona o apetite dos bebês?

O ser humano, em função do seu crescimento, cumpre determinadas etapas. Nos primeiros seis meses de vida, o bebê tem uma incorporação de tecido gorduroso muito grande e um crescimento acelerado, tendo uma demanda de alimento muito importante. Esta demanda começa a diminuir à partir dos seis meses, e dos 15 meses aos três anos, eles atravessam uma etapa de inapetência fisiológica, que é funcional, e de alguma forma deve ser respeitada.

Qual a importância dessa etapa?

Na etapa de inapetência fisiológica se consolidam os hábitos alimentares. A partir de um ano e meio, começa um período de socialização, de incorporação de hábitos alimentares, mas também de seleção. Pode acontecer de uma criança gostar muito de um alimento e logo o abandonar. Por isso, dentro dos limites de uma vida saudável, as demandas e recusas da criança devem ser respeitadas.

Esse período de inapetência tem um fim?

Sim. A partir dos 5 ou 6 anos, o pré-escolar começa a formar uma maior quantidade de tecido gorduroso e a ter um crescimento mais acelerado. Como conseqüência, a demanda de energia é maior. É importante, nessa época, consolidar corretos hábitos alimentares.

Como a interferência dos pais pode ser negativa nesse período?

A consulta com o pediatra por inapetência costuma coincidir com o fato de que a mãe, com a ansiedade de que o que a criança se alimente, a persiga com a comida pela casa ou ofereça substitutos que não são importantes do ponto de vista nutritivo, como guloseimas, salgadinhos ou bebidas com aditivos e açúcar. Desta maneira, sua conduta alimentar se altera e hábitos danosos à saúde podem se instalar.

Cuidado com as chantagens!

Se os pais criam um sistema de recompensar as crianças depois de insistir que elas comam, elas aprenderão que se não comerem obterão o que querem e, dessa forma, poderão passar a usar as refeições como moeda de negociação.

Quando buscar ajuda?

A melhor maneira de esclarecer dúvidas sobre o desenvolvimento de uma criança é conversando com seu pediatra. Ele está apto a fornecer informações precisas sobre as necessidades e problemas que seu filho possa enfrentar.

Fonte: Bibliomed (www.bibliomed.com.br) – Equipe Editorial Bibliomed

Fonte: www.boasaude.com.br

20
20