DIA INTERNACIONAL DO HOLOCAUSTO É COMEMORADO NO RJ

“Apesar de nossa Constituição repudiar o terrorismo, o Brasil até hoje não aprovou uma lei antiterrorismo, mesmo com recomendações da ONU nesse sentido”, afirma o presidente da Conib no Dia do Holocausto

A ONU criou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, “para que a memória cumpra seus papéis, entre os quais o de impedir que tragédias como aquela voltem a ocorrer”, afirmou o presidente da Conib, Fernando Lottenberg, na solenidade promovida no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro e pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil em homenagem aos seis milhões de judeus dizimados pela barbárie nazista e também em lembrança aos 70 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz.

Estiveram presentes sobreviventes do Holocausto, representantes de outras comunidades vítimas do nazismo e de perseguições, diplomatas da Alemanha, Canadá, França, Israel, Polônia, Romênia e República Tcheca, o vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, o presidente do Comitê Rio450, Marcelo Calero, o almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Paulo Maltz, presidente da Ferj, dentre outros. O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) representou a presidente Dilma Rousseff. Também compareceram à cerimônia o presidente do Congresso Judaico Latino-Americano, Jack Terpins; o ex-presidente da Conib, Claudio Lottenberg; o Diácono Nelson Águia, representando o cardeal Dom OraniTempesta; o babalaô Ivanir dos Santos, presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa; o ator Milton Gonçalves.

No lotado Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, Lottenberg prosseguiu: “Chegamos a um ponto em que os horrores do Holocausto são lembrados em grande parte do mundo árabe e da Europa apenas para atacar Israel ou seja, de forma indireta, os judeus como um todo”, avaliou o presidente da Conib. “O que aconteceu em Paris redefine a situação de segurança e o status dos judeus e outras minorias no mundo. O mesmo terrorismo que mata judeus por serem judeus, mata cristãos por serem cristãos, xiitas por serem xiitas, sunitas, ocidentais e assim, sucessivamente. Para enfrentar essas situações, são necessários instrumentos legais adequados. Apesar de nossa Constituição repudiar o terrorismo, o Brasil até hoje não aprovou uma lei antiterrorismo, mesmo com recomendações da ONU nesse sentido. Vamos nos dedicar a essa tarefa, para que nosso país possa continuar livre dessa praga mortal, que assola o mundo de hoje”, finalizou.

UMA MANCHA INDELÉVEL NA HISTÓRIA

“1945, ano da libertação de Auschwitz, máquina mortífera de uma ideologia que deixou uma mancha indelével na história, é também o ano da criação da Organização das Nações Unidas. A carta de criação da entidade afirma que uma de suas missões é preservar as gerações futuras do flagelo da guerra”, disse Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informações das Nações Unidas (UNIC Rio). “Hoje, somos testados novamente: há no mundo 50 milhões de refugiados. A violência é enorme na África, na Síria, no Iraque. Desde Auschwitz, temos repetido: ‘Nunca Mais’. É urgente acabarmos com o fosso entre retórica e ação”, prosseguiu Summa. Para ele, os sobreviventes do Holocausto são um grande exemplo de resistência contra a intolerância. Eles devem nos inspirar no combate de hoje.

Crédito fotográfico: Valerio Lopez

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Paulo Maltz e esposa, Francisco Dornelles, ex-governador do Estado do RJ, Marcelo Calero, Herry Rosenberg e esposa.

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Diácomo Nelson Águia, Israel Klabin, ex-prefeito do RJ, Jack Terpins, presidente do CJLA, o sobrevivente Frederik Glatt e o deputado federal Alessandro Molon, representante da presidente Dilma Rousseff.

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Paulo Maltz, presidente da Fierj, Marcelo Calero, presidente do Comitê Rio 450, Nanette Konig, sobrevivente e colega de Anne Frank e os jovens Ruth Zagarodny e Joseph Hauser.

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Fernando Lottenberg, presidente da Conib, Francisco Dornelles e Alexander Laks, presidente da Associação Brasileira dos Sobreviventes do Nazismo.

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Vereadora Teresa Bergher, Rafael Turkienicz e Thea Heidinger, sobrevivente do Holocausto.

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Giancarlo Summa, Fernando Lottenberg, Francisco Dornelles, Paulo Maltz, Alessandro Molon e Marcelo Calero.

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Giancarlo Summa e Fernando Lottenberg.

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John e Nanette Konig.

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Lior Bem Dor, Ministro de Israel no Brasil, Stefan Janczukowicz, presidente da Sociedade da Polônia no RJ e os cônsules da Alemanha, Canadá e França com o sobrevivente Simon Moskau.

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Paulo Maltz e o ator Milton Gonçalves.

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