A ÁRVORE DA VIDA – RABINO NISSIM KATRI

239_história_4Cada geração deve contribuir com a sua parte para dar nova vida a Torá, para fazer nossa tradição, nossa religiosidade crescer e expandir.


Nesta porção semanal de Terumá, lemos sobre a arca sagrada que era feita de três camadas: a interior feita de madeira e as duas externas feitas de ouro. Foi prestada atenção especial a todos os aspectos da arca, pois esta continha o tesouro mais sagrado de Israel – as tábuas da lei.

Era, portanto muito adequado o ouro, o metal mais precioso para a construção da arca. O ouro tem uma qualidade adicional. O tempo não o afeta. Ficou constatado que todos os outros metais sofriam erosão com o passar dos anos. Era muito correto que o ouro tivesse sido escolhido como o metal a ser usado na construção, pois a arca continha a Torá, nossa possessão mais preciosa. Além disso, a Torá representa valores eternos, os quais, nem o tempo, nem qualquer outra força terrestre podem destruir.

Mas surge a questão: Por que então também usaram a madeira na construção? Madeira é exatamente o oposto. É facilmente destruída pelo tempo. Será a madeira um tributo adequado à nossa Torá?

Novamente revela-se a sabedoria profunda de judaísmo. O ouro pode ser precioso e eterno, mas o ouro tem suas limitações, é frio e sem vida. Madeira pode ser transitória, mas tem uma grande vantagem sobre o ouro, têm raízes na vida, é viva, cresce e alcança novas alturas.

A arca com a Torá no seu interior são nossas mais preciosas posses. São símbolos de valores eternos. Mas a eternidade não é suficiente. Cada geração deve contribuir com a sua parte para dar nova vida a Torá, para fazer nossa tradição, nossa religiosidade crescer e expandir.

Não podemos nos apoiar no passado. A eternidade da Torá deve ser também “Etz Chaim” – “A árvore da vida” – uma eternidade que viva.


RABINO NISSIM KATRI – É emissário do Rebe de Lubavitch e diretor do Beit Chabad de Belo Horizonte/MG. Saiba mais.

www.chabadbhz.com.br – e-mail: chabad.bhz@terra.com.br

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