RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS ESTÃO EXAGERADAS

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Exercícios aumentam expectativa de vida em 5 anos. Para aqueles mais longe da forma física, o futebol de andar pode ser uma boa opção.


Quanto exercício é necessário?

As diretrizes internacionais sobre o nível saudável de atividades físicas geralmente recomendam 150 minutos por semana de exercícios moderados a vigorosos.

Contudo, uma revisão crítica da literatura científica e médica que acaba de ser realizada indica que apenas metade disso já seria suficiente para gerar benefícios marcantes à saúde.

Com base nesses dados, Darren Warburton e Shannon Bredin, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), estão questionando aquelas diretrizes e conclamando as autoridades de saúde e entidades médicas a atualizarem suas recomendações, caso elas queiram se manter em linha com a chamada “medicina com base científica”.

A atividade física regular é reconhecida como uma estratégia preventiva eficaz. Há relatos apontando reduções de risco de pelo menos 20 a 30% para mais de 25 condições médicas crônicas e para a mortalidade prematura. No entanto, a quantidade e a intensidade dos exercícios ainda são alvo de muito debate entre os especialistas.

Palavra de especialista

“Um dos maiores mitos perpetuados dentro da promoção da atividade física, das ciências do exercício e da medicina esportiva é a crença de que você precisa se envolver em um mínimo de 150 minutos por semana de atividade física moderada a vigorosa para obter benefícios para a saúde.

“No entanto, a maior parte das evidências simplesmente não dá suporte a esta alegação. Há provas convincentes de que os benefícios à saúde podem ser alcançados com um menor volume e/ou intensidade de atividade física. Estes benefícios à saúde são vistos tanto nas populações saudáveis quanto nas clínicas.

“Benefícios de saúde marcantes podem ser observados em pessoas que vivem com deficiência e/ou doença crônica com volumes de atividade física que estão bem abaixo do limite de 150 minutos por semana. Infelizmente, este limite arbitrário muitas vezes tem sido incluído nas recomendações feitas a pessoas que vivem com deficiência e/ou condições médicas crônicas,” explicaram os dois pesquisadores.

Os resultados foram publicados no Canadian Journal of Cardiology.


Fonte: www.diariodasaude.com.br – Imagem: Aston University

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