UM MUNDO MELHOR DEPENDE DE PESSOAS MELHORES – RABINO ILAN STIEFELMANN

269_história_3_1Criticar, comentar ou discordar todos sabemos, mas é preciso ter sempre em mente que a nossa missão é sermos construtores de pontes, ou na linguagem do profeta Isaías: “Uma luz para as nações”.


Dois irmãos muito unidos moravam em fazendas vizinhas e mantinham uma relação muito próxima.

Até que um dia tudo mudou. Um pequeno mal-entendido acabou explodindo numa troca de palavras ríspidas, seguidas por muito e muito tempo de total silêncio. Eles podiam se ver do outro lado do rio, mas um virava a cara para o outro quando isso ocorria.

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Certa manhã, o irmão mais velho ouviu batidas à sua porta.

– “Estou à procura de trabalho”, disse um homem com aspecto de carpinteiro. “Talvez o senhor tenha algum serviço para mim?”

– “Sim”, disse o fazendeiro. Você está vendo aquela fazenda ali, do outro lado do rio? Ela pertence ao meu vizinho. Na verdade ele é o meu irmão mais novo. Nós brigamos e não consigo mais suportá-lo. Quero que use aquela pilha de madeira ali no celeiro e construa uma cerca bem alta, para que eu jamais torne a vê-lo!”

– “Acho que entendo a situação”, disse o carpinteiro. “Pode deixar que farei o serviço”.

O irmão mais velho entregou os materiais necessários e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.

Quando o fazendeiro voltou para casa, não acreditou no que viu: ao invés de uma cerca, o homem construiu uma ponte ligando as duas margens do rio! E no meio da ponte uma pessoa acenando para ele. Era o seu irmão, aproximando-se de braços abertos!

– “Você é realmente especial, tendo construído essa ponte apesar de tudo o que eu lhe disse!”

Enquanto os dois se abraçavam e choravam no meio da ponte, o carpinteiro juntou as ferramentas e preparou-se para partir.

– “Espere, fique conosco! Temos outros trabalhos para você…”

Ao que o carpinteiro respondeu: – “Eu gostaria muito, mas tenho outras pontes para construir, e outras vidas para restaurar…”

* * *

Há 3.500 anos, anos após ano, nós repetimos para os nossos filhos: Sejam bons. Sejam amáveis. Sejam honestos. Sejam éticos. Sejam morais.

Sem dúvida essa foi e é a mensagem mais revolucionária da história humana, e somos nós os incumbidos de transmiti-la para toda a humanidade!

Criticar, comentar ou discordar todos sabemos, mas é preciso ter sempre em mente que a nossa missão é sermos construtores de pontes, ou na linguagem do profeta Isaías: “Uma luz para as nações“.

Estamos atravessando uma terrível crise, mais séria do que a financeira: a crise dos valores éticos e morais.

Mas, independentemente do comportamento de nossas “lideranças”, nós mesmos daremos o exemplo correto aos nossos filhos de uma vida digna e ensinaremos a eles os alicerces de um mundo civilizado e justo.

Fonte: Lubavitch Copacabana [Newsletter@LubavitchCopacabana.org]

www.LubavitchCopacabana.org

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