ESPORTE E EDUCAÇÃO CAMINHANDO JUNTOS – POR RAQUEL BUDOW

284_hebraica_1_1Vice-presidente de Esportes de A Hebraica, Fabio Topczewski aborda novo programa de desenvolvimento da área: o Hebraica dos 2 aos 20


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Ele assumiu o desafio de estar à frente do Departamento de Esportes do clube A Hebraica. E mais: decidiu, é claro, com a ajuda de vários profissionais e voluntários do setor, desenvolver um programa específico de formação continuada de esporte. Assim nasceu Hebraica dos 2 aos 20, um presente para as novas gerações, com o envolvimento de 140 profissionais da área esportiva. O vice-presidente de Esportes, Fabio Topczewski, fala sobre o programa, os prazeres do esporte e os benefícios de uma vida adulta ativa e saudável.


Raquel – O que de mais significativo o Hebraica dos 2 aos 20 traz para o associado?

Fabio Topczewski – O projeto nasceu com o objetivo de fidelizar o associado ao clube, por meio de um programa de formação esportiva e continuidade no esporte, de forma competitiva ou não, de alta qualidade, respeitando o desenvolvimento geral de cada criança, que acontece de forma distinta dentro das diferentes faixas etárias.

Resolvemos repensar o esporte no clube, porque constatamos que havia necessidade de fortalecer o elo entre a Escola de Esportes e as atividades competitivas e dar continuidade ao trabalho da Escola de Esportes para os adolescentes que não estivessem ligados às equipes competitivas. Também queríamos aproximar os profissionais e as várias modalidades umas das outras, além de conter o processo de especialização, cada vez mais precoce. Ainda havia a necessidade de estabelecer metas e objetivos mais claros para o Departamento Esportivo como um todo.

Raquel – Para a criação deste programa foi organizado um comitê com profissionais do Departamento Esportivo, com a premissa de construir uma filosofia de trabalho dentro da área pedagógica. Você considera o esporte um forte aliado da educação?

Fabio Topczewski – Sem dúvida. Acreditamos que esportistas bem formados aprendem desde cedo a assumir responsabilidades, acatar regras, colaborar com o meio, respeitar seus semelhantes e a reagir positivamente diante de situações adversas. O esporte de qualidade estimula, por exemplo, a sociabilização, a troca e o respeito, inclusive entre adversários. É uma atividade organizada, que envolve regras específicas, espaços padronizados, hierarquia e competição. Estamos falando em educação.

Raquel – É fato, a Hebraica possui instalações ótimas para a prática esportiva.

Fabio Topczewski – A qualidade das nossas instalações e o engajamento, comprometimento e preparo dos nossos 140 profissionais, cada vez mais nos permitem pensar na possibilidade de desenvolver atletas de alta performance. Mas, o nosso maior foco é difundir um programa amplo de desenvolvimento esportivo que, ao longo do tempo, encoraje todos os participantes, potenciais atletas ou não, a buscarem objetivos mais elevados dentro e fora das quadras. Ainda queremos que eles estejam melhor preparados para os desafios da vida adulta.

Raquel – Os responsáveis pelo desenvolvimento do programa apontaram também que as crianças optavam muito cedo por uma modalidade na Escola de Esportes, sem ter tido a oportunidade de contatar outras, que talvez fossem até mais atrativas. Como o Departamento resolveu isso?

Fabio Topczewski – Nós contemos o processo de especialização precoce, inclusive no ambiente da Escola de Esportes. Temos que ampliar o repertório motor das nossas crianças e deixá-las por mais tempo experimentando diferentes estímulos antes que se decidam por alguma atividade específica. Temos que dar a elas a oportunidade de conhecerem, se interessarem e experimentarem diferentes modalidades, sempre de forma lúdica. Temos que prepará-las adequadamente para as cobranças e demandas que surgirão no ambiente competitivo. A especialização se daria apenas a partir dos 10 anos.

Raquel – Vocês também têm um desafio importante para atrair os adolescentes, que, por vários motivos, estão desvinculados das equipes competitivas?

Fabio Topczewski – Sim. Por falta de tempo, muitas vezes pela aproximação do vestibular, ou motivação, os jovens se desvinculam, mas, verificamos que gostariam de dar continuidade à prática esportiva de maneira séria e organizada. Por isso, foi elaborado o programa de preparação esportiva juvenil. Oferecemos alternativas e estímulos adequados aos que optarem pela prática competitiva ou não. E também queremos motivá-los um dia a experimentarem uma Macabíada em Israel, o perfeito casamento entre esporte e judaísmo. Enfim, temos que despertá-los para os prazeres do esporte e para os benefícios de uma vida adulta ativa e saudável. Este é o nosso verdadeiro papel e este é o nosso maior compromisso.


*Raquel Budow é jornalista e assessora de imprensa.

bdwcomunica@gmail.com

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