A HISTÓRIA DA HEBRAICA DE SP‏

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Localizada à margem do rio Pinheiros, à rua Hungria, 1.000, no Jardim Paulistano, uma das regiões mais  nobres de São Paulo, a Associação Brasileira A Hebraica de São Paulo é indubitavelmente o maior clube judaico do mundo. Com arquitetura moderna e arrojada, a sede da Hebraica foi obra de um dos mais importantes arquitetos modernistas do País no século 20, o russo Gregory Warchavchik.

A ideia de criar um clube judaico em São Paulo despontou no réveillon de 1953. Um pequeno grupo, insatisfeito com a festa e com as opções sociais e recreativas disponíveis, decidiu que era o momento de fundar uma nova sociedade, voltada às famílias judaicas de São Paulo.

Assim, foram pesquisados sócios em potencial e o desejo de formar um clube saiu do papel. Depois de angariar 400 associados, foi comprado o terreno que sediaria a Sociedade Hebraica de São Paulo. Um espaço de 29 mil metros quadrados, localizado em uma extensão da Rua Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins.

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Em 20 de março de 1955 foi lançada a pedra fundamental da construção da sede da Hebraica. As obras do ginásio e da piscina iniciaram-se em maio do mesmo ano. No mesmo período, a diretoria começou a estudar a ampliação no número de sócios, que passaram de 600 para 1500 associados.

 

 Inauguração

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No dia 22 de dezembro de 1957 – num domingo ensolarado – o sonho de criar um espaço no qual a comunidade judaica de São Paulo pudesse interagir, se socializar, concentrar atividades sócio-culturais, recreativas e esportivas, se concretiza.

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Trajando maiôs listados, os aqualoucos despertaram fascínio, entusiasmando um público de 800 pessoas, ao executar acrobacias e piruetas na piscina da Hebraica. Uma emocionante cerimônia, seguida de uma alegre festa de Hanuká, e de um elegante desfile de maiôs, marcaram – em grande estilo – a inauguração do clube.

 

Expansão e reconhecimento instantâneo

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O projeto inicial tomara, agora, proporções grandiosas. Na inauguração da Hebraica, o clube acumulava quase 2 mil sócios e passou a ter suas dependências requisitadas por outras entidades. O ginásio tornou-se palco de eventos culturais e cívicos, fazendo da Hebraica um pólo de atividades comunitárias. Em poucos anos, na década de 60, o clube somava 20 mil frequentadores.

E a evolução seguiu. Além do caráter recreativo e social, o clube tornou-se também esportivo. Em um curto período, a Hebraica deixou de oferecer opções esportivas apenas para o lazer de seus associados, assumindo a formação de equipes competitivas em várias modalidades. Trajetória que só viria somar na brilhante história do clube.

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Ao atingir a maturidade, a Hebraica não deixou de investir também nos jovens. Com este foco, em 1980 foi criado o Festival Carmel. Idealizado pelo Diretor Superintendente Gaby Milevsky, o Carmel chega em sua 32º edição como o segundo maior evento folclórico judaico do mundo.  É indubitavelmente um propagador de amizades e excelente aprendizado de convívio humano que durante três dias transforma o clube num verdadeiro desfile de juventude e beleza.

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Já na década de 90 foi lançado o Centro Juvenil Hebraikeinu, um projeto de recreação e aprendizagem dos valores judaicos. Também foi criado o Hebraica Adventure, que promove o ecoturismo, além de passeios, viagens e baladas, e de playgrounds.


Arquitetura moderna: um clube a frente de seu tempo

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Atualmente, a Hebraica ocupa uma área de 54 mil metros quadrados. A sede preserva os traços arquitetônicos de sua inauguração, proporcionando um espaço contemporâneo e em total sintonia com a natureza aos aproximadamente 22 mil associados.

A década de 90 foi marcante e consolidou a Hebraica como um centro cultural, social, esportivo e político da cidade de São Paulo. Atuando em diversos segmentos, o clube sediou inúmeros eventos, de gêneros variados, do calendário cultural, esportivo e político da cidade.

A temporada de concertos internacionais, o Festival de Cinema Judaico e a programação da Galeria de Arte são exemplos dessa transição. Eventos políticos, como a manifestação da comunidade judaica a favor de Israel, em 2002, também marcaram a nova fase da Hebraica.

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Face ao novo momento do clube, a Hebraica investiu na modernização e na eficiência de sua administração e nos serviços prestados aos associados. Começaram a ser oferecidos serviços complementares de altíssima qualidade, como lanchonetes, restaurantes, docerias, sorveterias, banca de jornal, banco 24 horas, barbeiro e cabeleireiro.

Nesse mesmo período foi inaugurada a Praça Carmel. O espaço surgiu com uma proposta muito maior do que apenas uma praça de alimentação. Logo o local se tornou ponto de encontro de jovens, com capacidade para 3 mil pessoas em festas e eventos.

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A área cultural ganhou força e destaque com a inauguração do Teatro Anne Frank, a reforma do Teatro Arthur Rubinstein, e a realização da série In Concert, que grande sucesso faz até hoje, sob a batuta do maestro Léon Halégua  comandando grandes artistas, de concertos internacionais, atraindo músicos, dançarinos, artistas plásticos, atores e cantores de grande expressão nacional e internacional.

No âmbito esportivo, o Fit Center passou a ser constantemente atualizado com o que há de mais moderno e eficiente, para atender a demanda crescente de associados. O Centro Hebraica de Avaliação Física, através da parceria com o hospital Albert Einstein, apostou na qualificação de seus profissionais, além de aparelhos de primeiro mundo, proporcionando o que há de mais atual em pronto-atendimento e primeiros socorros. O Departamento Médico e o de Esportes também foram expandidos, de modo a oferecer condições de treinamentos e programas de atividades físicas baseados em avaliações físicas corretas.

Ao longo dos anos, o investimento em melhorias e infraestrutura consagrou o clube não só como um espaço de recreação e esportes, mas como um centro comunitário atemporal, atuante e engajado com as tradições e os valores judaicos.

O clube vive se modernizando e oferece o que há de melhor em seu segmento. Tal empenho o fez reconhecido em São Paulo, no Brasil e no mundo, como referência na cultura de seu povo. Um título que ostenta até hoje como reflexo de um trabalho árduo, associado à paixão visionária de seus criadores, que perpetuaram a essência de sua visão, missão e valores.


ESCOLA ANTONIETTA E LEON FEFFER –EDUCAÇÃO DE QUALIDADE DENTRO DO CLUBE

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Construída em tempo recorde – em apenas 7 meses –  a Escola Antonietta e Leon Feffer – ou Escola ALEF – foi inaugurada em agosto próximo passado dentro do clube e abriga cerca de 500 estudantes do antigo Colégio Bialik No novo endereço, a instituição voltada para o Ensino Fundamental e Médio conta com infraestrutura ímpar para as atividades escolares, esportivas e extracurriculares, como só um espaço dentro de um clube, porém com administração e entrada totalmente independentes.


Presidência

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Atualmente a Hebraica de São Paulo é presidida por Abramo Douek (foto). O  primeiro sefaradi a ocupar tal cargo está no segundo ano do seu mandato e coube a ele  inaugurar, em agosto do ano passado, a Escola Antonietta e Leon Feffer, um desafio enorme que gerou polêmicas para, afinal, se tornar um dos empreendimentos mais bem sucedidos que a Hebraica já realizou.

Outro ponto positivo na gestão Douek foi a inauguração, no final do ano passado, do Bar da Piscina, sonho acalentado há muito tempo pelos associados, merecendo destaque, ainda, a reforma total do restaurante Casher, com ambiente  agradável e clean,  e cardápio mais bem elaborado.

E, encerrando com nota 1.000 o ano de 2012, Abramo comandou um dos melhores réveillons que a Hebraica já teve: comida excelente e farta com cardápio assinado pela Lia Tulmann Gastronomia e música de primeira embalada pela Banda Sunday.


 

Texto: Site da Hebraica e Glorinha Cohen

Fotos: Glorinha Cohen, tiradas em 2012.

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