MUSEU JUDAICO DE SP SERÁ INAUGURADO EM ROSH HASHNÁ DE 2018 – POR GLORINHA COHEN

299_especial_5_1Entrada principal na Rua Martinho Prado

Agora previsto para ser inaugurado em Rosh Hashaná de 2018 no espaço da antiga sinagoga Beth-El – Rua Martinho Prado, 128 – construída no final dos anos 1920 e fechada em 2007, o Museu Judaico de São Paulo continua com suas obras aceleradas. O maior museu judaico da América Latina, entidade geradora e difusora de conhecimento sobre o judaísmo e o que é ser judeu, contou com a doação de 360 mil euros da Alemanha para sua restauração, sendo que a parte nova está sendo feita com verbas de instituições privadas brasileiras.

299_especial_5_2O Museu Judaico de São Paulo resgatará e guardará o registro sobre a influência da imigração judaica na história do Brasil desde o descobrimento, passando pelos períodos colonial, imperial e republicano, mostrando inclusive personagens que aqui se tornaram célebres, e atuará com propósitos voltados à educação e à cultura.

Seu objetivo será preservar a memória judaica por meio da guarda, conservação e exposição de objetos e obras de arte que fazem parte da história dos judeus desde a sua chegada ao Brasil. O museu também abrirá espaço para exposições de artistas plásticos que abordam essa temática.

299_especial_5_3“A meta é criar um espaço de referência sobre as relações históricas do Brasil tanto com judeus, quanto com os nazistas. E diferente de vários museus mundo afora, o valor da maioria das peças que serão expostas é simbólico, e não financeiro”, afirma o presidente da entidade, Sérgio Simon (foto).

299_especial_5_4Células ilustradas com estrelas de Davi, usadas como moeda de troca no antigo campo de concentração Theresienstadt, na atual República Tcheca, constam do acervo. Na prática, as pessoas tinham todo o seu dinheiro confiscado e trocado por estas notas que não serviam para nada.

O acervo do museu já conta com 2.000 obras de arte, entre utensílios domésticos, objetos de decoração e artigos religiosos usados por imigrantes judeus da Polônia, Rússia e Turquia, entre outros países, nos séculos 18 e 19. Dentre as obras que estarão expostas no museu valem ressaltar as 151 peças e antiguidades de reconhecido valor histórico, relacionadas à memória e às tradições judaicas que foram doadas pela família Feffer, bem como obras dos primeiros artistas judeus que se estabeleceram no País.

299_especial_5_5Diário escrito entre 1941 e 1942 pela adolescente alemã Lore Dublon, assassinada em Auschwitz

Os ambientes iluminados pelos novos vitrais encomendados da mesma empresa norte-americana que forneceu os originais, em 1929, exibirão, dentre outros objetos, garfos e facas de prata decorados com suásticas talhadas. Eles eram usados diariamente no mais sanguinário dos campos de concentração – Auschwitz, na Polônia.

O novo museu contará ainda com biblioteca temática e centro de referência para pesquisas sobre a história do judaísmo, com recursos tecnológicos e interativos. “A história da comunidade e seus reflexos na sociedade brasileira serão contados por meio de som e imagem, em um projeto ainda a ser definido”, disse Simon.


O PROJETO

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Modernidade e preservação: linha mestra para a realização de um concurso que definiu a estrutura do Museu Judaico de São Paulo. Renomados escritórios nacionais de arquitetura participaram.

Ao manter as características originais do prédio e incorporar um anexo, ocupando a área desde a rua Martinho Prado até a Avenida 9 de Julho, o projeto de Botti Rubin Arquitetos foi o escolhido. O anexo vai acompanhar o desnível do terreno e compreenderá quatro andares e um mezanino.

Mesclando o antigo e o moderno, a partir das linhas clássicas da Sinagoga e da nova construção em vidro, o Museu estará inserido no projeto “Viva o Centro”, de revitalização da capital.

A Zabo Engenharia é a empresa responsável pela obra e seus técnicos prevêem a incorporação de modernos conceitos de sustentabilidade. Além do uso de materiais ecologicamente corretos, estão previstos sistemas de captação para reuso da água da chuva.


Diretoria
Sergio Daniel Simon – Presidente
Moshe Boruch Sendacz – Vice-Presidente, Diretor de Assuntos Jurídicos
William Kern – Primeiro Tesoureiro
Eduardo Groisman – Segundo Tesoureiro
Roberta Alexandr Sundfeld – Diretora Executiva
Rosaly Chansky – Diretora de Marketing
Josef Czitrom – Diretor de Obras
Marcelo Nudelman – Diretor de Obras
Ruth Sprung Tarasantchi – Diretora de Acervo
Tania Plapler Tarandach – Diretora de Relações Institucionais
Paula Abramovicz Erlich –Divulgação e Marketing

Fontes : www.museujudaicosp.org.br www.pt.wikipedia.org

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