MAIS UMA DECOBERTA EM JERUSALEM – POR DAVID S. MORAN

303_especial_4_1Descobertas como esta, adicionadas a lugares de banho para purificar-se (mikve), moedas e demais descobertas, comprovam a centralidade do Monte do Templo aos judeus durante milênios.


Arqueólogos israelenses encabeçados pelo Dr. Joe Uziel, da Autoridade de Antiquidades de Israel, anunciaram descoberta histórica. Nas escavações realizadas abaixo do Muro das Lamentações, a 8 metros de profundidade, descobriram um anfiteatro para 200 pessoas construído há cerca de 1.700 anos. O trecho descoberto fica abaixo do chamado “arco de Wilson” por onde passavam os judeus ao sagrado Templo.

Esta descoberta confirma os escritos da época do historiador Yosef Ben Matityahu, que passou a servir os romanos com o nome de Flavius Josephus e viveu no século 1 D.C. Descobertas como esta, adicionadas a lugares de banho para purificar-se (mikve), moedas e demais descobertas, comprovam a centralidade do Monte do Templo aos judeus durante milênios.

Escavações na região há 150 anos, principalmente pelos ingleses e depois israelenses. Os arqueologistas descobriram vestígios de repartições públicas mencionadas em escritas datadas da época do II Templo. Naquela época, os romanos se vingaram das rebeliões dos judeus e queriam apagar os vestígios dos judeus e passaram chamar Yerushalaim de Aelia Capitolina e a Judéia passou a ser chamada de Palestina, em latim, que nada tem a ver com os palestinos de hoje.

Os árabes, muçulmanos não escavaram nenhuma parte da Palestina, por razões óbvias: não tinham o porquê, pois sabiam que nada encontrariam. Ao contrário, eles tentam destruir descobertas e protestam contra escavações efetuadas pela Autoridade de Antiquidades de Israel. Há cerca de 20 anos, a autoridade religiosa muçulmana (Waqf) efetuou escavações arqueológicas debaixo do Monte do Templo, alegando aumentar a Mesquita de Omar. Nas escavações foram retiradas toneladas de entulhos; quebraram qualquer vestígio arqueológico propositadamente e contra a autorização que tiveram. Tudo isto para não revelar que lá havia construção judaica e vida judaica em Jerusalém, inclusive no período dos romanos, muçulmanos, otomanos e outros. Israel não tomou as providências para parar as escavações e ou punir esta destruição, temendo irritar o mundo muçulmano e a Jordânia e o Egito, que reataram relações com Israel.

Aliás, destruição de lugares arqueológicos é praxe no mundo islâmico radical. O Taliban o fez em Afeganistão, destruindo 2 enormes estátuas budistas, o Estado Islâmico (Daesh) o fez na Síria, no Iraque e outros países, inclusive destruindo igrejas antigas.


DAVID S. MORAN – Mora em Israel, é formado em Relações Internacionais pela Universidade Hebraica de Jerusalém e Major da reserva do exército israelense.

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