PALAVRA DO PRESIDENTE AVI GELBERG

304_hebraica_5_1Estou concluindo a gestão à frente do clube junto com minha equipe. Uma gestão democrática em que os anseios dos sócios e o equilíbrio foram as linhas que orientaram nosso trabalho. Tenho esperança em que tenhamos conseguido prestar um serviço digno e à altura da nossa entidade.


DEMOCRACIA JUDAICA NA HEBRAICA

O que é democracia?

Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa “povo”) e kratos (que significa “poder”).

No final da segunda semana de novembro, nossa Hebraica estava mais linda, lotada com quase seis mil pessoas, vibrante, plena de atividades e eleições para renovar cem conselheiros do Conselho Deliberativo. Está nos Estatutos da Hebraica, a Constituição da nossa democracia, que a cada quatro anos metade dos duzentos conselheiros eleitos deve ser renovada. E mais 26 conselheiros vitalícios (principalmente ex-presidentes) constituem o quadro do Conselho, que é uma representação do povo, digo, dos associados da Hebraica, e por sua delegação elege o presidente do clube que, por sua vez, compõe a Diretoria Executiva.

Quem foi à Hebraica naquele domingo deparou-se com o exemplo de um processo eleitoral democrático e transparente – aliás, nos dois sentidos pois através dos vidros da nova entrada viam-se as urnas e as pessoas que participaram do processo eleitoral. Era um espaço amplo e mais de quarenta cabines de votação. E, para quem não sabe, as urnas eletrônicas utilizadas pelo Brasil afora tiveram origem em eleições realizadas na Hebraica, há muitos anos. Nosso modelo foi copiado pelo Tribunal Superior Eleitoral. É mais uma contribuição da coletividade judaica que sempre prega liberdade, igualdade e a democracia como bandeiras.

O que me chamou também a atenção nesse dia foi a convivência da nossa coletividade dentro da Hebraica: casais, jovens, grupos com crianças, famílias inteiras confirmando que o clube é a extensão da nossa casa e lugar ideal para ensinar às próximas gerações nossa tradição milenar. Isto não se acha em nenhum edifício ou academia por aí. São valores e amizades que levamos por toda uma vida.

Temos uma história em comum, uma tradição em comum e principalmente um objetivo em comum: a sobrevivência de nosso povo e de nossa cultura. Estou concluindo a gestão à frente do clube junto com minha equipe. Uma gestão democrática em que os anseios dos sócios e o equilíbrio foram as linhas que orientaram nosso trabalho. Tenho esperança em que tenhamos conseguido prestar um serviço digno e à altura da nossa entidade.

Quero agradecer aos voluntários que se dedicaram e contribuíram bastante, aos profissionais que trabalharam com muito afinco e principalmente a cada sócio. É que nós, sócios, somos a razão desse clube estar vivo, ativo, altivo e vibrante cumprindo o papel que lhe cabe na coletividade judaica e paulistana em geral e a judaica em particular.

Obrigado.

Shalom.


Fonte: Revista da Hebraica – dezembro/2017

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