LUIZ KIGNEL, PRESIDENTE DA FISESP – POR GLORINHA COHEN

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Conhecer  o  advogado  Luiz  Kignel  é se deparar com um homem extremamente elegante e inteligente, que tem no refinamento das palavras e dos gestos um de seus inúmeros atrativos. E esta admiração vai além quando lembramos de sua trajetória profissional bem sucedida, do seu talento para escritor de romances policiais – é autor de “A Morte que tudo Resolve”(2012) e ““A Morte Não Toca Violino” (2017) – e do seu empenho em realizar, desde o tempo da faculdade, trabalho em prol da comunidade judaica.

Especializado em sucessão familiar, sócio do escritório Pompeu, Longo, Kignel & Cipullo Advogados e co-autor dos livros “Os Negócios e o Direito – Sobrevivência Legal no Brasil”, “Patrimônio e Sucessão – defendendo os herdeiros e os negócios”, “Planejamento Sucessório – aspectos familiares, societários e tributários” e “E Deus criou a empresa familiar – uma visão contemporânea”, Luiz Kignel é formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com especializações em Direito Privado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; Direito Processual Civil pelo COGEAE da Faculdade de Direito da PUC/SP, e Mediação e Arbitragem pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas. Atua nas áreas do Direito de Família, Sucessório e Imobiliário. É professor convidado do Curso de Preparação de Herdeiros da Fundação Getulio Vargas – GVPEC – São Paulo e do Curso de Empresas Familiares da GVLaw – São Paulo, e membro do Grupo de Estudos de Empresas Familiares da GVLaw – São Paulo e do Instituto Brasileiro de Direito de Família.

Nascido em São Paulo no dia 10 de dezembro de 1964, casado, com três filhos e um neto, nesta entrevista exclusiva Luiz Kignel nos fala de sua vida pessoal, do ingresso no voluntariado da comunidade judaica, nos conta dos projetos que tem para a Fisesp como presidente empossado em janeiro último e traz à tona um pouco de sua alma nostálgica.


GC – Lugar preferido.

LK – Minha casa, com a família.

GC – Experiência inesquecível.

LK – Quando lancei meu primeiro livro. Porque o hobby de escrever é maravilhoso, mas o processo de criação é absolutamente solitário. Então, ver uma casa lotada de amigos para compartilhar o seu trabalho nos dá uma sensação positiva de pertencimento.

GC – Viagem inesquecível.

LK – Minha primeira viagem para Israel no Tapuz 1982.

GC – Defeitos e qualidades.

LK – Defeitos: detalhista demais, isso às vezes atrapalha. Qualidades: conciliador.

GC – O que o tira do sério?

LK – Qualquer tipo de preconceito.

GC – Do que gosta e do que não gosta?

LK – Gosto: de praia, longas caminhadas, ar livre. Não gosto: É muito feio falar que não gosto de ir ao shopping?

GC – Onde fez colégio/ginásio/faculdade?

LK – Colégio Iavne, Colégio Objetivo e Faculdade de Direito na Universidade de São Paulo.

GC – Como foi sua infância e adolescência?

LK – Muito familiar, muito intensa. Quando tento reviver esse período, não raramente vem à mente meus avós. Tive a felicidade de conviver com quatro avós que tiveram longa vida e foram muito presentes para nós. Então essa questão do “mais velho”, do respeito aos idosos, é uma coisa muito normal na minha vida e dos meus irmãos.

O trabalho voluntário permite realizar algo efetivo em favor do próximo, fazer a diferença para uma pessoa, para uma entidade, para a comunidade. Trocar o “falar” pelo “fazer” é algo maravilhoso. E isso significa trocar o “criticar” pelo “realizar” e perceber do que somos capazes.

GC – Fale sobre sua vida profissional.

LK – Venho de uma família tradicional de dentistas, meu pai e meus dois irmãos mais velhos. Então, a decisão pelo Direito foi um susto familiar. Um grande desafio. Hoje ocupo a posição de sócio do PLKC Advogados, escritório onde iniciei como estagiário. Assim, é uma sensação muito diferente você ter ao seu lado como sócios quem um dia foi seu chefe, confiou em você e te deu oportunidades. Na carreira do Direito me especializei em

Direito de Família e Sucessões, mais especificamente Planejamento Sucessório. Então, essa questão de conversar, dialogar, mediar, é uma prática diária na minha atuação profissional.

GC – Quando começou sua vida comunitária e qual foi seu primeiro trabalho nesta área?

LK – No tempo de faculdade, fui chanich e depois madrich do Grupo Universitário Dor Chadash que era ligado à Wizo. E desde lá sempre me mantive conectado com a vida comunitária.

GC – Quem o influenciou?

LK – Participei de todas as gestões da FISESP desde 1985, direta ou indiretamente. De cada gestão assimilei um aprendizado.

GC – O que mais o encantou e frustrou no trabalho voluntário?

LK – O trabalho voluntário permite realizar algo efetivo em favor do próximo, fazer a diferença para uma pessoa, para uma entidade, para a comunidade. Trocar o “falar” pelo “fazer” é algo maravilhoso. E isso significa trocar o “criticar” pelo “realizar” e perceber do que somos capazes.
A frustração, que faz parte de todos os relacionamentos, vem das raras pessoas que se colocaram mais importantes do que o trabalho que deveriam representar. Verdade seja dita, foram muito poucas que encontrei assim. E quer saber a verdade? Destas pessoas também aprendi porque saber o que não fazer é tão importante quanto saber o que fazer.

GC – Quais mudanças você percebeu em si mesmo após dedicar-se ao trabalho voluntário?

LK – A vida comunitária é uma escola. Aprendi a enfrentar desafios, entender as diferenças e atuar com bom senso. Aprendi a ouvir as pessoas até o fim, sem ficar montando silenciosamente qual será a minha resposta sem que o outro sequer tenha terminado sua manifestação. Aprendi que divergir não quer dizer deixar de conviver em comunidade. A liderança não é uma conquista, mas um aprendizado constante que ainda persigo.

307_first_4_2Temos desafios para dentro da comunidade e um dos maiores, sem desmerecer outros importantes, é demonstrar aos jovens casais que temos escolas judaicas em condições de competitividade.

GC – Participa de quais entidades?

LK – Diretamente participo do Beit Chabad Itaim e da Kehilá Mizrahi e como conselheiro do CIAM e da Hebraica. Mas acabo me envolvendo e dando suporte para várias entidades judaicas por força da longa convivência nestes anos todos.

GC – Você é presidente da Fisesp desde janeiro/18. O que significa ser presidente de uma entidade tão importante?

LK – Meus filhos me perguntaram porque aceitei o convite para presidir a nossa Fisesp, porque tempo é um bem precioso que nem sempre temos disponível. E a resposta que dei a eles é que aprendi tanto com a comunidade que será um desafio gratificante retribuir tudo o que recebi. Gratidão é a palavra que me fez aceitar o convite para assumir a presidência.

GC – Quais são suas prioridades?

LK – Elegemos quatro prioridades, o que não significa que sejam únicas, apenas que estão à frente nos projetos desta gestão:

1. Educação, com o incentivo e apoio ao Projeto Fundo de Bolsas em prol das escolas judaicas que é um exemplo de participação de toda a nossa comunidade.

2. Política, com o foco nas eleições 2018. Fazer a comunidade ser conhecida e representada perante os candidatos no cenário político brasileiro, sem tomar opção por partido político.

3. Israel 70 anos, aproveitando essa data para divulgar o que verdadeiramente Israel representa na comunidade global.

4. Segurança comunitária, sempre alinhados com as autoridades locais, porque essa demanda é uma realidade

GC – Quais são os principais desafios que vem sendo encontrados?

LK – Desafios fazem parte de qualquer atividade comunitária. Temos desafios para dentro da comunidade e um dos maiores, sem desmerecer outros importantes, é demonstrar aos jovens casais que temos escolas judaicas em condições de competitividade. Que vale a pena investir na escola judaica porque não há como pensar em continuidade sem transmissão de valores. E a escola é um elo absolutamente necessário quando falamos em continuidade da vida judaica. Para fora da comunidade, o maior desafio com certeza é combater os movimentos antissemitas que surgem cada vez mais. Esse alerta é constante.

Não basta ter razão, é necessário saber como agir. A guerra da informação não é para amadores. É preciso saber o que responder, como responder, quando responder, para quem responder…

GC – Como a crise econômica do país vem atingindo a comunidade e as entidades judaicas?

LK – Temos uma questão seríssima de empobrecimento comunitário. Somos um pequeno retrato da sociedade maior aqui no Brasil e temos que cuidar do nosso ishuv. Para isso contamos com uma estrutura de entidades assistenciais respeitadíssimas e focadas nesta questão. Cabe a FISESP atuar como coordenadora de um programa comunitário para evitar a sobreposição de atividades e auxiliar na organização dos projetos que cuidem dos necessitados. De outro lado, essa nova realidade econômica nos leva a refletir da possibilidade de junção de entidades porque os recursos saem dos mesmos doadores e acabam se dividindo tanto que na ponta final o objetivo pode ficar comprometido. Estamos trabalhando fortemente nesta questão. Isso envolve a liderança comunitária que deve debater com maturidade mais esse desafio.

GC – Como é o papel da Fisesp em relação às escolas judaicas?

LK – Apoio incondicional. Não há como pensar em uma comunidade judaica sem as nossas escolas. Elas são a garantia da continuidade. Temos um VaadHachinuch atuante que trabalha alinhado com as escolas judaicas buscando, preservada a autonomia delas, uma agenda comum e pró-ativa. O sucesso do Fundo de Bolsas demonstrou que o assunto tem acolhida e é uma preocupação não apenas dos pais de alunos, mas de todos nós. Esse comprometimento é necessário porque efetivamente o desafio da educação judaica é imenso.

GC – A área de hasbara (comunicação) é uma preocupação constante tanto em relação ao Brasil como com Israel, em especial com a nova onda de antissemitismo e o crescimento do ódio nas redes sociais. Como a Fisesp enxerga essa nova demanda?

LK – Estamos atentos. Existe um antissionismo que nada mais é do que a forma moderna de antissemitismo. Temos voluntários e profissionais atuando apenas com a questão da hasbará. Neste ponto cada membro da comunidade é importante. Ao detectar um movimento, a Fisesp deve ser informada para que possa tomar as providências. E esse é um ponto de competência da Fisesp como representante da comunidade judaica paulista que atua alinhada com a Conib quando o assunto envolve qualquer forma de antissemitismo no Brasil. Não basta ter razão, é necessário saber como agir. A guerra da informação não é para amadores. É preciso saber o que responder, como responder, quando responder, para quem responder…

GC – Como a Fisesp está se preparando para a maior longevidade da terceira idade?

LK – Apoiando as iniciativas de nossas entidades voltadas para a terceira idade. Coordenando iniciativas para evitar a sobreposição, estimulando as entidades judaicas que cuidam desta área, oferecendo na sua área de competência o que for possível para que a terceira idade seja prestigiada, realizando fóruns de debate, trazendo especialistas para dividir suas experiências. No organograma da FISESP há uma profissional qualificada que atua diretamente com esse assunto.

Se os jovens entendessem que no trabalho comunitário somos nós que ganhamos, se tivessem a mínima percepção do que o trabalho comunitário nos enriquece, certamente a adesão seria maior. Essa é a minha experiência.

GC – Quais as realizações que gostaria de ressaltar, tanto no campo profissional como no voluntário?

LK – No campo profissional o que posso dizer é que me orgulho de integrar um dos escritórios de advocacia mais respeitados do Brasil, reconhecido pela sua integridade e competência em nossa área de atuação. Acho que isso é uma satisfação pessoal.

Na vida comunitária não posso mencionar uma realização em detrimento de outra porque cada qual teve seu valor. Mas acho que vale destacar a mais recente, o Fundo de Bolsas. E o mais interessante é que o Fundo de Bolsas não partiu da FISESP. Ele foi motivado por quatro famílias abnegadas de nossa comunidade – Horn, Klein, Nigri e Safra – que tomaram a iniciativa de juntar forças econômicas para garantir o ingresso de alunos em escolas judaicas. A FISESP foi convidada e se integrou ao grupo passando a ter uma participação importante e cooperativa somando esforços. Certamente ainda não foi possível contemplar todas as necessidades, mas a experiência de acompanhar o evento foi impressionante. Mulheres religiosas de longas saias ao lado de outras de mini saia. Homens com barba ao lado de outros com brinco ou rabo de cavalo. E todos juntos, trabalhando em prol da educação judaica, independentemente de seus pontos de vista pessoais. Estavam ali pela causa. Acho que foi um momento único em minha longa vida comunitária e que agora devemos repetir todos os anos porque o desafio é constante.

GC – São poucos os jovens que abraçam uma causa comunitária. Ao que atribui esta falta de adesão e como fazer com que a juventude se interesse pelo ativismo comunitário?

LK – Precisamos ser realistas. Vivemos em um mundo altamente competitivo, com enormes desafios para essa juventude que precisa se firmar no mercado de trabalho. Difícil conseguir uma posição em uma época com tantas crises. Isso faz com que o jovem deseje dedicar todo o seu tempo para conseguir uma oportunidade profissional e quando consegue acaba jogando todas suas energias para isso. Mas isso não deveria impedir o trabalho comunitário, na intensidade que cada um puder dedicar. O mercado de trabalho tem suas próprias análises e valoriza muito o jovem que dedica tempo para o voluntariado, e isso se revela em várias situações. Hoje mais do que nunca os currículos aguardam não apenas a formação escolar e profissional, mas também pedem o engajamento nas causas da comunidade. Se os jovens entendessem que no trabalho comunitário somos nós que ganhamos, se tivessem a mínima percepção do que o trabalho comunitário nos enriquece, certamente a adesão seria maior. Essa é a minha experiência.

GC – Por outro lado, há pessoas que querem fazer algo, mas não sabem por onde começar. O que sugere e qual mensagem daria a quem quer ser voluntário?

LK – Muitas pessoas contestam o que se encontra em nossa comunidade. Não se sentem representadas por nenhuma entidade. Não querem fazer parte do “sistema” vigente. Então saem por aí com a melhor das intenções. E a verdade é que tendem a errar mais do que acertar porque o ato de ajudar – de qualquer forma e em qualquer nível – é maravilhoso, mas exige preparo e organização como em qualquer atividade que nos envolva no dia a dia. E muitas destas pessoas infelizmente se decepcionam. Esse é o momento em que perdemos um voluntário que seria importantíssimo para nós.

Temos 64 entidades sob o guarda-chuva da FISESP. Escolas, sinagogas, assistência social, benemerência, atividades culturais, esportivas, enfim, cobrimos praticamente tudo. Não é possível que você não encontre uma entidade em que possa exercer sua capacidade e contribuir com a comunidade. Mas talvez você não conheça todas as entidades. Então eu acho que o primeiro passo é ver o que lhe interessa, com o que tem afinidade. E buscar uma entidade que tenha em seu objetivo o que você quer desenvolver. Se tiver dificuldade, é a FISESP que você deve contatar para trocar uma ideia. Isso pode parecer frase de efeito, mas acontece com razoável regularidade. São pessoas que procuram a FISESP, ou um de seus profissionais ou diretores voluntários e pedem informações sobre nossas entidades porque estão procurando algo legal para contribuir. E podem acreditar, temos espaço para todos.

GC – Se pudesse voltar ao passado, qual época da vida escolheria?

LK – Sou um fã de história. Isso vai desde a narrativa bíblica, até a história recente, seja na história judaica, seja no contexto mundial. Adoro livros de história. Então fica uma pergunta difícil de responder… certamente esse “túnel do tempo” que você me oferece me dá uma infinidade de alternativas. Mas para responder assim, de bate pronto, pode acreditar: eu adoraria algo muito simples que está sempre no fundo da minha imaginação. Gostaria de voltar ao Porto de Santos, no dia que meus avós chegaram ao Brasil. E poder acompanhar o que eles fizeram. Não apenas o que construíram patrimonialmente, mas a família que formaram. Gostaria de estar ao lado dos meus avós quando jovens, recém-fugidos do leste europeu, acompanhando um shabat em suas casas e sonhando com um mundo que, na velhice deles, tiveram a alegria de contemplar com meus pais, depois por mim e irmãos e agora com a Silvia, minha esposa, nossos três filhos e o primeiro neto, dos muitos que ainda espero ganhar! Fico me perguntando se eu e minha esposa conseguiremos na nossa velhice e nesse mundo conturbado sentar em uma mesa de shabat como meus avós conseguiram fazer, porque essa é a riqueza maior que eles nos deixaram.

GC – Se pudesse falar com D ´us, o que lhe diria?

LK – Imagino que todos nós temos muitas perguntas para fazer a D’us. Toda vez que as coisas não caminham como gostaríamos resolvemos questionar o Criador e cobrar porque não se sucederam como nós desejávamos. Mas raras vezes nos lembramos de realmente agradecer o Criador quando temos sucesso em nossas vidas.

A verdade é que nem sempre entendemos o Plano Divino. Por que não conseguimos algo que tanto desejávamos ou supúnhamos merecer, por que temos momentos indesejáveis, por que esta ou aquela pessoa tem o que nós entendemos deveria ser nosso. Isso sempre perguntamos. Mas quando conseguimos algo, e cada um de nós consegue muita coisa em diferentes níveis, trazemos exclusivamente para a primeira pessoa do singular – “eu” – o resultado positivo. Nos recusamos a dividir nossos sucessos, como se fossem de nossa exclusiva competência, mas convocamos D’us para dividir conosco nossas frustrações.

Em minha vida pessoal, social, profissional, comunitária, em todas elas, tive situações onde as coisas não ocorreram como eu desejava. Como filho, como pai, como marido, como amigo, como advogado, como ativista comunitário. Mas quando isso aconteceu, não culpei D’us. Parei para pensar por que isso aconteceu, que lição posso tirar disto e se realmente era algo que teria sido verdadeiramente bom ou correto para mim ou no entorno onde vivo.

Tenho uma relação muito aberta com D’us. Temos ótimos papos! O desafio é entender como ele me envia as respostas e por vezes elas estão na nossa frente e não percebemos.
Há um velho ditado idish que diz: “O homem planeja. E D’us sorri”. Se eu pudesse falar com D’us eu certamente repetiria o que digo todas as manhãs quando acordo: Conto com você!

GC – O que o judaísmo significa pra você?

LK – O judaísmo é o manual da felicidade.

GC – Algo que gostaria de acrescentar?

LK – Tudo o que falei em nome da FISESP não seria possível sem dois núcleos igualmente importantes. Nosso corpo de profissionais que se dedica com seriedade nos programas de nossa responsabilidade e na Diretoria voluntária desta gestão que assumiu comigo o trabalho de representar a comunidade.

Sei da minha responsabilidade como Presidente, mas isso me dá apenas mais trabalho, não mais kavod. O sucesso é destas duas equipes da qual me integro em posição de igualdade.

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