COMO EXTRAIR O MELHOR DE NOSSOS FILHOS – RABINO KALMAN PACKOUZ

307_história_3_1Criar bons filhos não é fácil, não há cursos universitários… e quando começamos a ter experiência, ‘perdemos o emprego’!


Quatro senhoras idosas estavam sentadas em silêncio em torno de uma mesa de carteado num hotel para idosos. Uma senhora suspira: “Oi”. A segunda lamenta: “Oi vei”. A terceira geme: “Oi, vei iz mir” (“Oi, coitada de mim”). Aí a quarta senhora fala bruscamente: “Pensei que havíamos concordado em não falar mais sobre os nossos filhos!”
Criar bons filhos não é fácil, não há cursos universitários… e quando começamos a ter experiência, ‘perdemos o emprego’! Pedi a um famoso conselheiro familiar, o Rabino Zelig Pliskin, para partilhar alguns pensamentos para termos sucesso nesta empreitada.

21 IDÉIAS-CHAVE PARA ‘EXTRAIR’ O MELHOR DE NOSSOS FILHOS

Ame seus filhos incondicionalmente.

Diariamente diga a seus filhos e filhas que você os/as ama. Tudo o que precisamos dizer são três palavras: “Eu te amo.” Se isso lhe é difícil, então há uma necessidade ainda maior de dizê-lo.

Fale e aja de maneiras a dar a seus filhos uma autoimagem positiva. Acredite em seu filho/filha. Acredite em suas habilidades e potenciais. Diga explicitamente: “Eu acredito em você!”

Sejamos um modelo para as características e qualidades que desejamos que nossos filhos tenham.

Esclareça as principais qualidades positivas que você quer que o seu filho/filha desenvolva. Sempre louve essas características. Reforce estas qualidades quando seu filho/filha falar ou agir de maneira consistente com esta qualidade.

Percebamos que cada criança é única e diferente. Compreendamos a singularidade de cada criança e levemos isto em consideração quando os desafios surgirem.

Expressemos nossos comentários de forma positiva. Foquemos no resultado que queremos. Por exemplo: “Ao desenvolver esta qualidade (por exemplo, agir com destreza) você será mais bem sucedido na vida” – ao invés de dizer o contrário.

Perguntemo-nos constantemente: “Qual a melhor coisa a dizer para o meu filho/filha agora?” Diga isto especialmente quando ele/ela tiver cometido erros.

Leia bons livros para seus filhos.

Quando surgir uma história que possa ter uma importante lição positiva para seu filho/filha, relate-a. Procure histórias que ensinam lições. Pergunte às pessoas sobre histórias que tiveram uma influência positiva em suas vidas. Compartilhe o seu dia com seus filhos para que eles saibam o que você faz e possam aprender de você e suas experiências.

Criemos uma atmosfera calma e de amor em nossas casas. Constantemente falemos num tom de voz calmo e amoroso. Mesmo quando desafios surgirem, falemos em um tom de voz equilibrado.

Tornemo-nos mestres em paciência. A vida é um seminário sobre o desenvolvimento do caráter. Os seus filhos/filhas são os seus parceiros para ajudar você a se tornar uma pessoa mais paciente.

Conquistemos a raiva. Veja, ouça e sinta-se sendo uma pessoa calma que adquiriu a capacidade de manter um estado emocional e mental de estar centrado, focado e em harmonia.

Se cometeu um erro ao interagir com seus filhos, peça desculpas. Eles irão respeitar você mais do que se tentar negar o erro.

Pergunte sempre às pessoas que você conhece e encontra: “O que você gostou mais sobre o que seus pais lhe disseram e fizeram?”

Assista outros pais interagindo com seus filhos. Observe o que você gosta. Aplique os padrões positivos.
Observe outros pais interagindo com seus filhos. Observe o que você não gosta. Pense em maneiras em que você pode estar fazendo o mesmo. Então tome a resolução de não falar e a agir dessa maneira.

Expresse gratidão diariamente na frente de seus filhos.Pergunte-lhes regularmente:”Pelo que vocês estão gratos(as)?”

Tornemo-nos mestres em avaliar acontecimentos, situações e ocorrências de uma maneira positiva. Frequentemente pergunte a seus filhos: “Como seria uma maneira positiva de encararmos isto?” ou “Como podemos crescer com isso?”

Quando seus filhos/filhas cometerem equívocos, ajude-os a aprender com esses erros. Ajude-os a se imaginarem mentalmente em seu melhor momento.

Diariamente pergunte-se: “O que posso dizer e fazer para ser um pai/uma mãe melhor?”


Dvar Torá: baseado no livro Love Your Neighbor, do Rabino Zelig Pliskin

Falando com Moshe, o Todo-Poderoso disse: “Também tenho ouvido os gritos dos filhos de Israel”. O que podemos aprender da aparentemente supérflua palavra “também”?

O Rabino Moshe Sofer, autor do livro Hatam Sofer (Hungria, 1762-1839), explicou que a palavra “também” indica que não somente D’us, mas as pessoas também ouviam os gritos uns dos outros. Embora todo o povo judeu estivesse escravizado e sofrendo, eles não esqueceram o sofrimento de seus colegas.

Nunca diga a alguém: “Eu já tenho os meus próprios problemas. Não quero ouvir sobre os seus”. Se duas pessoas estão em um hospital, cada uma deve se interessar pelas condições da outra.

Quando o Rabino Dov Berish Weidenfeld, o Rabino de Tshebin (Polônia, 1879- 1965), ouviu que a sua esposa faleceu, ele sentiu uma profunda angústia. No entanto, imediatamente em seguida ele perguntou sobre o bem-estar da outra mulher que estava hospitalizada no mesmo quarto de sua esposa. Ele expressou a esperança de que o falecimento de sua vizinha de quarto que não agravasse a sua doença.

A mãe do Rabino Simcha Zisel Ziv (Lituânia, 1824-1898) tinha o costume de recolher dinheiro para os pobres em funerais. No funeral de sua única filha, ela também coletou dinheiro para a caridade. Quando lhe perguntaram como ela era capaz de recompor-se no ápice de sua dor, ela respondeu: “Porque eu estou sofrendo não significa que os carentes têm de sofrer também”.

Pensamento: “Não paramos de rir porque ficamos mais velho. Ficamos mais velhos porque paramos de rir!”


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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