ASSUNTO SÉRIO – É PRECISO SABER

Acontecimentos ao redor do mundo que influenciam nossas vidas e devem nos manter alertas.


DIA 20 DE FEVEREIRO ABBAS FARÁ DISCURSO NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

307_fique_2_1Abbas participará da reunião mensal que o Conselho de Segurança dedica ao conflito palestino-israelense

Abbas: os palestinos defendem que o Executivo em Washington não pode mais ter papel de mediador no processo para o acordo de paz (Pawel Kopczynski/Reuters)

Nações Unidas – O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, fará no próximo dia 20 um discurso no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou a organização nesta quinta-feira.

Abbas participará da reunião mensal que o Conselho de Segurança dedica ao conflito palestino-israelense, em um momento de forte tensão entre o seu governo e o dos Estados Unidos.

Os palestinos defendem que, após o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, o Executivo em Washington não pode mais ter papel de mediador no processo para o acordo de paz.

O próprio Abbas indicou em dezembro que, em resposta a essa decisão, poderia ir ao encontro do Conselho de Segurança para tentar fazer com que a Palestina, atualmente com status de observador, se transforme em membro pleno da ONU.

A Administração de Donald Trump, por sua vez, se mostrou, nas últimas semanas, muito crítica a Abbas e questionou a sua capacidade para negociar uma solução ao conflito. O governo americano também congelou a verba destinada à agência da ONU que ajuda aos refugiados palestinos, a UNRWA.

Israel respondeu ao anúncio de que o líder palestino irá ao Conselho de Segurança e o acusou de querer acabar com qualquer possibilidade de negociação.

“Ao continuar atuando contra os Estados Unidos e buscando ações unilaterais contra Israel, Abbas está interpretando totalmente mal a realidade e prejudicando as perspectivas de um futuro melhor para a sua gente”, disse, em comunicado, o embaixador israelense perante a ONU, Danny Danon.

A presença do presidente da ANP no debate foi anunciada pelo representante do Kuwait nas Nações Unidas, Mansour Ayyad Al-Otaibi, que este mês preside o Conselho de Segurança.

Perguntado sobre o tema durante uma coletiva de imprensa, o diplomata assegurou que nenhum dos 15 Estados-membro fez objeções à visita de Abbas. Al-Otaibi emoldurou a viagem do líder palestino nos esforços dos países árabes para dar novo fôlego ao processo de paz e para se opor ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

Além dessa sessão, o Kuwait organizará no dia 22 uma reunião informal do Conselho de Segurança sobre a Palestina.

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Fonte: www.exame.abril.com.br


PRESIDENTE DA POLÔNIA RATIFICA LEI CONTROVERSA SOBRE O HOLOCAUSTO

307_fique_2_2O presidente polaco, Andrzej Duda (foto), ratificou a lei que permite punir com a prisão a utilização do termo “campos de extermínio polacos” ou quem acusar o país de cumplicidade no Holocausto.

Duda disse, no entanto, que vai pedir ao Tribunal Constitucional para verificar a conformidade da nova legislação com a lei fundamental no que se refere à liberdade de expressão e à questão da imposição de penas de prisão para os que acusem a nação ou Estado polaco de participação nos crimes nazis.

A lei polaca sobre o Holocausto, que provocou fortes reações, nomeadamente de Israel, dos Estados Unidos e da Ucrânia, prevê uma pena de três anos de prisão para quem acusar a nação ou o Estado polaco de participação nos crimes nazis.

Para os dirigentes israelitas, trata-se de uma tentativa — que Varsóvia desmente — de negar a participação de alguns polacos no genocídio dos judeus.

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Nota – O Senado da Polônia aprovou a polêmica lei dia 1º de fevereiro, valendo aqui lembrar que Auschwitz, o maior campo da morte de judeus pelos nazistas, fica naquele país.


RESSURGIMENTO DO ANTISSEMITISMO ALARMA A ALEMANHA

A lembrança do Holocausto, o genocídio dos judeus, está no centro da identidade da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial

Agência France-Presse

DAVOS-politics-economy-diplomacy-SUMMITAngela Merkel se comprometeu a criar um posto de comissariado para o antissemitismo no próximo governo, que espera formar em março

Autoridades alemãs estão alarmadas pelo ressurgimento do antissemitismo, 73 anos depois do fim do Holocausto, em um contexto de crescimento da extrema direita e da chegada de milhares de refugiados provenientes de países inimigos de Israel.

“É inconcebível e constitui uma vergonha ver que nenhum estabelecimento judeu possa existir sem proteção policial”, declarou a chanceler Angela Merkel em 27 de janeiro, ao lembrar, no Parlamento, o 73º aniversário da liberação do campo de extermínio de Auschwitz.

“O ódio é um veneno e ao final você acaba se envenenando”, declarou uma sobrevivente do Holocausto, Anita Lasker-Wallfisch, em seu discurso aos parlamentares.

O antissemitismo é um “vírus aparentemente incurável”, criticou.

Angela Merkel, primeira chanceler alemã a pronunciar um discurso no Knesset, no parlamento israelense, há dez anos, se comprometeu a criar um posto de comissariado para o antissemitismo no próximo governo, que espera formar em março.

Merkel lançou essa ideia depois da queima, em Berlim, de bandeiras israelenses durante uma manifestação de protesto contra a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Há meses, a comunidade judaica alemã alerta sobre o ressurgimento do antissemitismo.

As festas judias já não podem ser celebradas “no espaço público sem proteção policial”, disse Charlotte Knobloch, ex-presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha.

Mais violento

Os berlineses também ficaram abalados com o roubo de 16 blocos de metal instalados nas calçadas para honrar as vítimas do genocídio judeu.

O roubo foi uma mensagem antissemita, já que ocorreu na véspera da comemoração da Noite dos Cristais, que marcou o início de uma onda de violência contra os judeus executada pelos nazistas nas noites de 9 e 10 de novembro de 1938.

“É a primeira vez que se roubam tantas Stolpersteine (pedras no caminho)”, disse Silvija Kavcic, que administra os 7.000 blocos de metal que têm gravações dos nomes das vítimas do nazismo, na maioria judias.

O antissemitismo é “cada vez mais veemente e mais violento”, afirma Wenzel Michalski, representante na Alemanha da ONG Human Rights Watch (HRW).

O atual presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Josef Schuster, diz o mesmo.

“Animam-se a dizer o que sempre pensaram, mas que justamente antes não se animavam a dizer”, afirma Schuster em uma entrevista ao jornal Bild am Sonntag.

A lembrança do Holocausto, o genocídio dos judeus, está no centro da identidade da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

Mas, paralelamente ao desaparecimento das últimas testemunhas e sobreviventes do genocídio, os tabus estão desaparecendo.

A entrada da extrema-direita na câmara dos deputados após as eleições de setembro agravou a situação.

Um dos dirigentes da extrema-direita classificou de “memorial da vergonha” o monumento de Berlim que lembra o Holocausto. Essa bancada conta com conhecidos antissemitas.

Alguns especialistas também denunciam a radicalização de alguns muçulmanos, em particular na forte minoria turca, sensível à retórica do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

“Para eles, tudo o que ele diz é sagrado. Erdogan é um antissemita virulento”, acusa o representante da HRW.

Também preocupa o desenvolvimento do antissemitismo nas escolas, em particular entre os jovens muçulmanos.

“Judeu” se tornou um dos insultos mais frequentes nos pátios das escolas, dizem professores.

Diante desse fenômeno, uma autoridade da cidade de Berlim propõe que todas as escolas organizem uma visita a um campo de concentração, como já acontece na Baviera.

“O determinante não é a origem geográfica, mas o nível de educação”, assegura Günter Morsch, diretor do Memorial de Sachsenhausen, um campo de extermínio onde morreram 30.000 pessoas.

Fonte: www.correiobraziliense.com.br

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