PURIM, A FESTA DOS OPOSTOS – POR FLORIANO PESARO

308_especial_5_1No pergaminho de Esther, que lemos nas sinagogas na data da Festa, entramos no teatro do bem e do mal, de luto e celebração, comédia e tragédia, verdadeira identidade e disfarces, de uma ameaça para a vida para uma vitória final.

308_especial_5_2Na mesma época da história, Purim nos conta a transformação para os judeus de um sofrimento e de luto para uma alegria festiva. Purim é um festival de opostos. No pergaminho de Esther, que lemos nas sinagogas na data da Festa, entramos no teatro do bem e do mal, de luto e celebração, comédia e tragédia, verdadeira identidade e disfarces, de uma ameaça para a vida para uma vitória final.

Vivemos em um mundo de opostos. Em todos os cantos da Terra, estamos rodeados por uma paisagem de violência e paz, ódio e amor, riqueza e pobreza, abundância e fome, igualdade e disparidade. Recordamos na história de Purim, que as forças opostas devem vir face a face uma com a outra para efeito de mudança. Se Vashti, esposa de Achashverosh, não tivesse desafiado seu esposo e sido assassinada, o ciclo de abuso teria continuado. Se Mordechai, ministro do rei e tio de Esther, não tivesse desafiado Haman, conselheiro do rei, o povo judeu não encontraria liberdade. Se Esther não tivesse usado seu poder para o bem, o decreto contra o povo persistiria e nosso povo seria aniquilado.

E hoje, ao confrontar o preconceito, transformamos o mundo de um sofrimento e perda a um da totalidade e celebração. Ao confrontar a desigualdade, transformamos o mundo de pobreza e fome a um de realização e abundância. Ao enfrentar a guerra, transformamos o mundo de um de violência e opressão em um de paz e liberdade. Como os protagonistas na história de Purim, vamos confrontar a injustiça e agir para mudar um amanhã de tristeza e de luto para uma alegria festiva. Se nos separarmos do infortúnio e não fizermos nada para combater a injustiça ocorrendo ao nosso redor, nós vamos continuar vivendo em um mundo que é polarizado e injusto.

A Festa de Purim deve ser festejada com muita alegria, fantasias, reco-recos e o delicioso Oznei Haman, mas, como a festa dos opostos, devemos nos posicionar contra o mal para fazer o bem.

Floriano Pesaro
Secretário de Estado de Desenvolvimento Social
Deputado Federal

Nota: Purim foi festejada no último dia primeiro de março.

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