VOCÊ PREFERE PROBLEMAS OU AVENTURAS? – RABINO KALMAN PACKOUZ

312_história_1_1É muito importante que cada um de nós se treine para encarar positivamente cada situação vivenciada. Pelo ponto de vista da Torá, tudo o que acontece na vida no final das contas é para o bem.


Já ouviu a velha piada “Você sabe a diferença entre um pessimista e um otimista? O pessimista diz: ‘Não podia ser pior!’ O otimista responde: “Podia sim!’” Podemos resumir a vida da seguinte forma: 10% é aquilo que nos acontece e 90% como o enxergamos. Nossa atitude é a única coisa que podemos ter a esperança de controlar em nossas vidas.

Nossa atitude afeta não apenas nossa própria felicidade, mas os outros também. Frequentemente olhamos para as pessoas que têm uma atitude feliz e positiva como otimistas ‘embriagados’ que não vivem na realidade. Muitas vezes os achamos irritantes e desagradáveis. Porém, quem estará em situação melhor no final: o que olha as coisas positivamente e tem energia para persistir e completar suas metas com êxito ou aquele ‘realista’ que olha para a vida com uma atitude negativa de que provavelmente as coisas ficarão pior?

Eis uma história de autoria desconhecida que esperançosamente acharemos não apenas divertida, mas que terá um impacto em como escolhemos enxergar nossas vidas.

Um rei na África saiu para caçar. Seu companheiro e carregador de armas era uma pessoa com o seguinte lema de vida: “Não poderia estar melhor. Isto veio para o bem!”. O carregador de armas errou ao carregar o rifle, causando uma explosão que arrancou o dedo polegar do rei. Quando o homem exclamou: “Isto veio para o bem”, o rei respondeu: “Não, não veio!” e jogou o carregador de armas na cadeia.

Cerca de um ano depois, o rei saiu novamente para caçar. Dessa vez, porém, foi capturado por canibais. Eles já estavam preparando o rei para o jantar quando perceberam o dedo faltando. Sendo supersticiosos, os canibais não quiseram comer alguém com um defeito e deixaram o rei partir!

Ao retornar ao palácio, imediatamente o rei foi para a prisão libertar seu antigo carregador de armas. “Você estava certo”, falou o rei, “isto veio para o bem! Estou muito arrependido de tê-lo mandado para a cadeia”. “Não”, respondeu o homem, “ficar na cadeia também foi para o bem!”.

“O que você quer dizer com isso? Olhe como você sofreu!”, disse o rei. “Sim”, respondeu o carregador de armas, “mas se não estivesse na cadeia … eu estaria com o senhor!”

É muito importante que cada um de nós se treine para encarar positivamente cada situação vivenciada. Pelo ponto de vista da Torá, tudo o que acontece na vida no final das contas é para o bem. O Todo-Poderoso nos ama e quer o melhor para nós. Ele nos dá oportunidades para o crescimento espiritual e de caráter diariamente.

Muitas e muitas vezes aquilo que nos parece ‘ruim’ ou ‘negativo’ acaba sendo uma bênção. Porém, nesse meio tempo, investimos uma quantia enorme tempo e energia nos preocupando ou nos arrependendo, tudo por nada ou em nosso detrimento.

É uma atitude sábia recordar que a preocupação é definida como juros pagos adiantadamente por uma dívida que nem sempre será contraída.


EXISTE ALGUMA PRECE QUE EU POSSA FAZER QUE “DIGA TUDO”?

No Shabat que precede cada novo mês Judaico recitamos uma oração especial chamada Bircát HaChódesh, a Bênção do Novo Mês. O que a torna especial é a sua beleza e sua abrangência. Talvez seja esta a prece que exprima as suas necessidades e que você queira recitar de tempos em tempos:

“Possa ser Sua vontade, nosso D’us e D’us de nossos antepassados, fazer desse novo mês um mês de benevolências e bênçãos. Dê-nos longa vida, uma vida pacífica, uma boa vida, uma vida de bênçãos, com sustento, com saúde, que tenhamos Temor aos Céus e Temor ao pecado. Uma vida em que não haja embaraços nem humilhações, com honra e prosperidade. Uma vida em que haja amor pela Torá e Temor aos Céus, em que os pedidos de nossos corações sejam atendidos para o bem”.

A propósito, caso esteja curioso(a) em saber por que “Temor aos Céus” aparece 2 vezes, eis a resposta: quando a pessoa tem uma vida com honra e prosperidade, é mais difícil manter seu Temor aos Céus. Portanto, a prece inclui um segundo pedido por “Temor aos Céus”… depois que a pessoa já recebeu honra e riquezas.

Lembremo-nos: rezar é conversar com D’us e é uma maneira excelente de nos ajudar a enxergarmos o lado positivo da vida!


Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do rabino Zelig Pliskin

A Torá declara: “Não siga atrás da maioria para fazer o mal (Shemót 23:2)”. Rabeinu Bahie (Espanha, 1263-1340) explicou que o significado deste versículo é que, se virmos muitas pessoas fazendo algo que é errado, não devemos seguir o seu exemplo.

É natural que uma pessoa imite o comportamento de outras e diga: “Tanta gente está fazendo isto. Não deve ser tão errado assim se eu fizer também”. Todavia, a Torá está nos dizendo que cada pessoa é responsável por seu comportamento e que a Verdade não é legislada pelo método ‘A Maioria Decide’. São necessárias coragem e força de caráter para sermos diferente das outras pessoas e vivermos nossas vidas conforme os nossos ideais. Se reconhecermos e valorizarmos que a coisa mais importante no mundo é realizar a vontade do Todo-Poderoso, seremos capazes de resistir às pressões sociais.


Pensamento: “A vida não é um problema a ser resolvido, mas uma aventura a ser vivida!”


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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