ISRAEL COMEMORA 70 ANOS E O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

Dados divulgados pelo Escritório Central de Estatísticas apontam que a população cresceu mais de dez vezes: de 806 mil para 8.842 milhões de cidadãos.


Após o Dia da Memória, começam celebrações pelos 70 anos de Israel

312_fiue_1_1Ao cair da tarde do dia 18 de abril, se iniciou a celebração pela independência do Estado de Israel, que completa 70 anos. No dia 19, as ruas foram tomadas por música, dança e churrascos a cada esquina, lá assim como no Brasil, uma preferência nacional. A festa de Yom Haatzmaut começa quando se encerra o Yom Hazicaron, Da contrição de um dia em que se lembram os soldados que caíram em combate e as vítimas do terrorismo, passa-se ao júbilo por aquela que é a maior vitória dos judeus na contemporaneidade: a criação de um lar nacional judaico

“Estar em Israel passando o Yom Hazicaron, às vésperas do Dia da independência, é passar por uma transição, em 24 horas, da memória à celebração. Não se trata somente de honrar a memória dos soldados e das vítimas de atentados, mas de entender que só é possível celebrar os 70 anos de Israel, porque muitos lutaram – e caíram – para que isso fosse possível. Após o Yom Hashoá, quando lembramos das vítimas do Holocausto, agora foi a vez de lembrar daqueles que perderam a vida defendendo o Estado. É deste lugar do mais sentido pesar que olhamos para um novo dia, para o presente e para o futuro e celebramos a vida.”, disse o Presidente da Conib, Fernando Lottenberg, que esteve no país acompanhando de perto as celebrações da data magna israelense.

Sete décadas após a declaração da Independência de Israel, em 1948, o Estado Judeu transformou-se em um país moderno e pujante contrariando expectativas e prognósticos de muitos. Não foi – e não é – pouco tornar-se a única democracia da região, em uma trajetória que soma três guerras travadas, mudanças territoriais, a antipatia dos vizinhos e incontáveis ameaças à existência.

Israel calcula em 23.645 o número de vítimas de ataques terroristas desde 1860. Dados do Ministério israelense da Defesa revelam que 12 civis foram mortos neste ano em ataques terroristas e um total de 4.849 famílias enlutadas. Desde a última data nacional em memória das vítimas de terrorismo, 71 nomes das forças de segurança foram adicionados à lista. As ações terroristas deixaram 3.175 órfãos, entre eles 114 que perderam ambos os pais, 822 viúvas e viúvos e 926 pais enlutados.

Estes números que entristecem, paradoxalmente também sustentam a alegria explícita no Yom Haaztmaut. Não se celebram só as grandes conquistas deste pequeno país do Oriente Médio, dono de uma tecnologia de ponta que melhora a vida de israelenses e de pessoas do mundo inteiro em diversos aspectos: da irrigação à medicina, passando pelas áreas da segurança e da educação.

Mais do que o progresso e os avanços, o que se comemora em Yom Haaztamaut, acima de tudo, é a existência de Israel pura e simples. É a concretização de um sonho desejado pelos judeus de todo o mundo por séculos que sempre rezaram pedindo “Ano que vem, em Jerusalém”: o sonho de regressar à terra prometida.

Contra prognósticos difíceis, boicotes, ações terroristas, Israel existe, resiste e cresce. Que venham os próximos 70 anos e que eles possam ser ainda mais alegres, com prosperidade e paz para todos.


ISRAEL COMEMORA CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

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Israel deu início aos festejos pelo 70º aniversário e também comemora o crescimento de sua população. Dados divulgados pelo Escritório Central de Estatísticas apontam que a população cresceu mais de dez vezes: de 806 mil para 8.842 milhões de cidadãos. A previsão é que a população israelense atinja 15,2 milhões de pessoas até as comemorações do centenário, em 2048.

Os dados indicam que, apenas neste ano, a população teve um aumento de 1,9% – cerca de 163 mil pessoas. Nesse período, houve 177 mil nascimentos; 41 mil mortes e a chegada de 28 mil novos imigrantes. Desde a criação do Estado, em 1948, Israel absorveu aproximadamente 3,2 milhões de olim. Os cidadãos judeus constituem 74,5% da população israelense, os árabes representam 20,9% e outros grupos religiosos, incluindo cristãos não árabes e outras minorias, são 4,6%. A expectativa média de vida dos homens israelenses é de 80,7 anos e das mulheres 84,2 anos, um aumento de aproximadamente quatro anos para ambos os sexos desde 2000. Homens israelenses se casam em média aos 27 anos e mulheres aos 25 anos.

As estatísticas mostram um lento crescimento populacional ao longo das décadas desde a criação de Israel. Enquanto durante a primeira década de Israel a população cresceu 8%, o crescimento diminuiu para menos de 2% na década de 1980. A década de 1990 viu um raro aumento para mais de 3% devido à imigração em massa para Israel após o colapso da União Soviética. A última década viu a população de Israel crescer anualmente em aproximadamente 2%, um número que deverá continuar a diminuir gradualmente nos próximos anos. Em 2048, a previsão é de que a população cresça 1,7% e, em 2065, 1,6%. Atualmente, aproximadamente 44% dos israelenses vivem nas 15 maiores cidades do país, cada uma com mais de 100.000 habitantes. Em 1948, apenas Tel Aviv abrigava mais de 100.000 israelenses – aproximadamente 240.000 ou 28% da população. Jerusalém é agora a maior cidade de Israel, ostentando uma população de 882.700. Apenas 70 israelenses residem na menor comunidade de Israel, Neveh Zohar.

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