VASCONCELLOS, O AMIGO QUE SE FOI – POR GLORINHA COHEN
Jornalista João Pedro Vasconcellos de Matteo
Vasconcellos, ou Vasco, ou De Matteo, ou gauchinho. Não importa o nome pelo qual era chamado João Pedro Vasconcellos de Matteo, que tive o privilégio de conhecer durante minhas idas a Maceió, Alagoas. Verdade é que ninguém, como ele, recebia com a galhardia própria dos seres de primeira grandeza, fato que me cativou logo à primeira vista.
De uma elegância ímpar nos gestos e nas palavras, Vasconcellos fez sua passagem no último dia 25 de janeiro. Ele era natural de Porto Alegre e foi para o Rio de Janeiro onde iniciou sua carreira jornalística na comunicação na Rede Globo de Televisão, Canal 4, uma empresa que hoje é uma das maiores do mundo. Mais tarde mudou-se para Maceió após se apaixonar, não só pelas suas praias, seu povo, seus costumes, suas cores e seus sabores, mas principalmente pela jornalista alagoana Gigi Accioly, com quem teve duas filhas: Bruna e Isabelle.
Jornalista, publicitário e bacharel em direito, Vasconcellos criou inúmeros projetos no jornalismo como o Jornal Educação Hoje, Revista Evidência Cosmopolita (impressa) e Revista Evidência online; Informativo DeBordo, da Soamar/AL; os programas de televisão, TV Agrícola, exibido pela TV Gazeta (afiliada da TV Globo), na década de 1980; Mercado Imobiliário, exibido pela TV Alagoas (hoje TV Ponta Verde); Gente em Evidência, exibido pelo canal 25 – TV Mar, e, em seguida pela TV Alagoas (SBT), em 2012/2013.
Na área de produção de eventos culturais, o “Zumba Zabumba Show”, Feiras Multissetoriais com apresentação de desfiles de moda e shows artísticos, em Maceió e Aracaju; exposições da Marinha do Brasil, intituladas “Um Olhar na História Naval Brasileira” e “O Brasil na Antártica e Amazônia Azul”, instaladas no Maceió Shopping.
Foi condecorado com a Medalha Amigo da Marinha e logo entrou para a diretoria da Sociedade Amigos da Marinha de Alagoas.
Determinado, disciplinado, altivo, líder, um gentleman; obstinado e fiel às suas crenças e às suas convicções, chegando à teimosia, sem desistir jamais. Assim Gigi Accioly o descreveu em artigo publicado na Revista Evidência, a mais importante de Maceió.
E foi exatamente esta sua teimosia que o fez lutar bravamente pela vida nos últimos anos. Mas, passageiros que somos na carruagem do tempo, desempenhando cada qual uma função aqui na Terra, ele se foi deixando uma saudade indescritível.
Maceió nunca mais será a mesma sem ele.
