O QUE ELAS PENSAM SOBRE O DIA INTERNACIONAL DA MULHER – POR GLORINHA COHEN

Mas, será mesmo necessário um dia para que a importância que tem a mulher na sociedade atual seja lembrada? Temos, nós, mulheres, algo a comemorar?

Para responder estas e outras perguntas, aqui estão a consulesa de Israel Cecilia Goren, Dorli Kamkhagi, Elisabete Arbaitman, Monica Tabacnik Hutzler, Nidia Duek, Taisa Nasser e Telma Sobolh.

Nunca é demais lembrar que a ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito do voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhagen, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres trabalhadoras.

Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março passou a ser considerado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

Mas, será mesmo necessário um dia para que a importância que tem a mulher na sociedade atual seja lembrada? Temos, nós, mulheres, algo a comemorar?

Para responder estas e outras perguntas escolhemos algumas dessas valorosas espécies do universo feminino, nomeando-as representantes de todas as demais que, de uma forma ou de outra, nos brindam com seu talento, inteligência e sensibilidade para tornar este nosso mundo um pouquinho melhor. São mulheres bem sucedidas nas mais diversas áreas que, malgré tout, jamais abdicam da ternura que lhes é própria. São elas: a consulesa de Israel Cecilia Goren, Dorli Kamkhagi, Elisabete Arbaitman, Monica Tabacnik Hutzler, Nidia Duek, Taisa Nasser e Telma Sobolh.


CECILIA GOREN – CONSULESA DE ISRAEL EM SP

330_first_4_1 Casada com o cônsul Dori Goren e mãe de três filhos, Cecilia é licenciada em Psicologia (Universidade Católica do Uruguai), especializada em terapia e comunicação de casais (Universidade Católica del Uruguay), além de ser pós-graduada em Logoterapia (Instituto de Logoterapia do Uruguai Viktor Frankl).

GC – O dia 8 de março foi definido, pela ONU como o Dia Internacional da Mulher. O que torna essa data especial para as mulheres?

CG – Espero que, um dia, não precisemos mais comemorar o Dia Internacional da Mulher, quando houver igualdade de gêneros. Entretanto, atualmente, ele é necessário para colocar em evidência e discutir essa discriminação que ainda existe, ainda mais em um momento em que estamos vendo tanta violência contra a mulher. Assim como ainda é necessário o Dia da Consciência Negra e o Dia do Índio. Todas as minorias precisam de voz.

GC – Se a mulher, hoje, conseguiu tanta independência, e quer ser tratada de uma forma “igual” ao homem em questões civis, por que necessita de um dia dedicado a ela?

CG – A independência da mulher começa na sua liberdade interna, quando a mulher percebeu que podia ser tudo o que ela se propusesse, dentro e fora de casa. Nesse tempo, começaram suas conquistas civis. Não, não necessitamos um dia dedicado a nós.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

CG – A conquista fundamental é, como já falei, nossa liberdade que conquistamos. A certeza de que podemos cumprir nossos papeis como esposas e mães, sem adiar nosso desempenho profissional.

GC – O que ainda falta para conquistar?

CG – Ainda falta conquistar a igualdade, o respeito, a valorização de nossas ideias. Num mundo ainda machista, somos nós as responsáveis de transformar, já que a primeira educação de igualdade começa em casa.

GC – Quais as principais barreiras para que a contribuição feminina seja mais bem reconhecida pela sociedade?

CG – Sem dúvida, uma das barreiras para que a contribuição da mulher seja mais reconhecida pela sociedade são os preconceitos machistas, a menor representatividade em diretorias, presidências etc.

GC – Como a mulher pode contribuir para a construção de um mundo melhor?

CG – As mulheres já contribuem para um mundo melhor, mas ainda podemos continuar nos construindo como melhores em todas as áreas da vida: pessoal, espiritual, ético e acadêmico. Nós, mulheres judias, temos ainda um modo de vida, nosso vivenciar do judaísmo em valores religiosos e culturais próprios e muito valiosos.

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

CG – O caminho a ser percorrido para igualdade de deveres e direitos é longo ainda. Não vou falar da realidade brasileira já que por ser estrangeira não tenho suficiente conhecimento, mas na minha observação, continua sendo a mulher, talvez por nossa capacidade de ser multifocal, a mais sobrecarregada. Temos mudanças que são alentadoras, como os pais que vão aos pediatras, que assumem papeis ativos nas tarefas da casa e da escola, e dos cuidados das crianças, mas temos que avançar muito ainda como sociedade.

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

CG – Gostaria de homenagear a Frida Kahlo, um exemplo revolucionário de mulher, guerreira, pequena de tamanho e grande em sentimentos e convicções. Para ela, não tinha meio termo: amou, sofreu, traiu, perdoou e, na sua arte, sublimou todas as suas dores.


DORLI KAMKHAGI

330_first_4_2 Psicóloga, psicanalista, escritora, casada e mãe de três filhos, Dorli começou seu trabalho voluntário aos 15 anos, num grupo da Wizo Jovem, trabalhou por 13 anos no keren hayesod (Fundo comunitário) e há 18 anos está no hospital das clinicas IPQ da FMUSP.

GC – O dia 8 de março foi definido, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. O que torna essa data especial para as mulheres?

DK – Agradecendo pelas mulheres poderem falar, ter uma voz e cada vez mais direitos. Ele deve ser lembrado. Significa um marco.

GC – Se a mulher, hoje, conseguiu tanta independência, e quer ser tratada de uma forma “igual” ao homem em questões civis, por que necessita de um dia dedicado a ela?

DK – Existem mudanças, mas não que signifique que todos os comportamentos sejam iguais. É importante rever o que mudou.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

DK – O direito ao voto, ao divórcio, às leis e, sobretudo, aos estudos e a poderem exercer mais profissões.

GC – O que ainda falta para conquistar?

DK – Muitas coisas, respeito nos salários e muito mais.

GC – Quais as principais barreiras para que a contribuição feminina seja mais bem reconhecida pela sociedade?

DK – A própria mulher se colocar como alguém que tem força e pode ir em frente e buscar este novo lugar, mudanças nas leis.

GC – Como a mulher pode contribuir para a construção de um mundo melhor?

DK – Ela faz isso sempre, com amorosidade, com força, com compreensão. Contendo tantas rupturas.

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

DK – Que a política pudesse levar em conta a igualdade de salários. Que houvesse um respeito maior nas questões dos assédios e do feminicidio. Que a educação sexual pudesse ter uma orientação no sentido das meninas não engravidarem cedo. Que a mulher deixasse de ser vista como objeto sexual.

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

DK – Minha mãe, por ter sido uma grande sobrevivente. Malka Rejzla Pracownik, que em paz descanse..


ELISABETE ARBAITMAN

330_first_4_3 Terapeuta ocupacional casada com o empresário Marcos Arbaitman e mãe de dois filhos, Elisabete cursou a Faculdade Mackenzie e prestou trabalho voluntário na Hebraica de São Paulo, no Lar Golda Meir (atual Residencial Einstein) e atualmente está na diretoria da  AMEM – Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior.

GC – O dia 8 de março foi definido, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. O que torna essa data especial para as mulheres?

EA – Todos os dias são da Mulher.

GC – Se a mulher, hoje, conseguiu tanta independência, e quer ser tratada de uma forma “igual” ao homem em questões civis, por que necessita de um dia dedicado a ela?

EA – Não necessita.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

EA – Mais do que conquistas, foram as responsabilidades assumidas.

GC – O que ainda falta para conquistar?

EA – Tirar todas as crianças da rua.

GC – Quais as principais barreiras para que a contribuição feminina seja mais bem reconhecida pela sociedade?

EA – Não existem barreiras e o melhor reconhecimento é o resultado positivo.

GC – Como a mulher pode contribuir para a construção de um mundo melhor?

EA – Trabalhando, ajudando e amor ao próximo.

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

EA – Não é preciso escolher caminhos, basta seguir o bom senso, paciência e tolerância.

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

EA – Todas as mulheres do mundo.


MONICA TABACNIK HUTZLER

330_first_4_4 Consultora na área de seguros e assuntos relacionados à governança, Mônica iniciou sua vida comunitária na Hebraica de São Paulo como conselheira e atualmente é a vice-presidente de Administração. É também presidente executiva da ACESC – Associação de Clubes Esportivos e Sócio-Culturais de São Paulo e uma das poucas mulheres a ocupar tal cargo até hoje.

GC – O dia 8 de março foi definido, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. O que torna essa data especial para as mulheres?

MH – O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, as mulheres ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Ao longo dos anos, muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

GC – Acha que o Dia Internacional da Mulher é mesmo para comemorar?

MH – Na minha opinião, a data de comemoração do dia das mulheres é simbólica. É uma boa maneira de inserir o debate sobre os direitos das mulheres e colocar o tema na agenda. Acredito que todos os dias é o dia da mulher, ou seja, dia 08 de março, será mais um dia para reforçar o papel da mulher na sociedade.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

MH – A presença ativa de mulheres na política e no mercado de trabalho hoje em dia é tão comum que parece até estranho que há menos de 200 anos, nós não podíamos sequer votar. A luta pelo direito ao voto foi uma das grandes conquistas do movimento feminista. Desde então, muitos direitos foram conquistados em diversos países. A ONU (Organização das Nações Unidas) convencionou 12 direitos universais das mulheres, que vão desde o direito à vida, liberdade e igualdade, até a decisão de ter ou não filhos e participação política. Em meio ao mundo político lembro-me de nomes de destaque ao longo dos anos, Golda Meir, Thereza May, Angela Merkel, Mercedes Aráoz, Michelle Bachelet, Laura Chinchilla, até então, dominado por homens. Salvas as diferenças políticas e ideológicas, a presença de mulheres na liderança de partidos e nações é uma das árduas conquistas femininas ao longo da História.

GC- Qual a principal missão da mulher na atualidade?

MH – A mulher sempre foi julgada como sexo frágil. Se analisarmos o contexto histórico, perceberemos como ela vem sendo tratada desde o princípio. No século passado, por exemplo, a mulher não tinha um papel social definido, não possuindo direito ao voto e nem ao trabalho remunerado. Dedicando-se, exclusivamente, à família. Atualmente, a mulher assumiu o seu papel, não por completo, mas a cada dia ela vem ganhando o seu espaço na sociedade. Nós mulheres, somos guerreiras dominando os mais altos cargos, inclusive de Presidência da República, dirigindo empresas, sendo médicas, dona de casa, engenheiras, contadoras, enfim, a mulher pode sim ocupar o cargo que ela bem entender, embora não esteja livre de preconceitos e estereótipos.

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

MH – O mais importante é amar uns aos outros. A discriminação, o racismo, o preconceito, o antissemitismo não cabem mais no mundo atual. Devemos evoluir e enxergar as diferenças como forma de crescimento e de que somadas todos ganharemos

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

MH – Eu gostaria de homenagear a Golda Meir, fundadora e Primeira-Ministra do Estado de Israel, uma mulher determinada, sempre firme e forte, obstinada nas suas opiniões e decisões.

Dentre tantas frases e pensamentos de Golda Meir, algumas seguem de guia para muitos dos meus passos na vida, dentre elas: “Posso dizer que jamais me perturbei com o sucesso de um empreendimento. Se acreditava que um determinado assunto estava no rumo certo, alinhava-me a ele sem pensar no resultado”.

E como Purim está chegando, gostaria de mencionar a atuação da Rainha Esther, uma mulher cujo corpo, mente, alma e ações afetaram a realidade e mudaram o mundo no seu tempo.


NIDIA DUEK

330_first_4_5.1 Divorciada, com duas filhas, a estilista Nidia Duek nasceu em São Paulo. É voluntária no Fundo Comunitário e presidente da AMEM – Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior..

GC – O dia 8 de março foi definido, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. Como vai comemorar este dia?

ND – Com muita determinação.

GC – Ele é algum tipo de conquista, ou simplesmente um dia comum?

ND – Sim, um dia como outro qualquer, como outros nos quais devo cumprir meu papel de mulher forte e guerreira. Porém, a data é mundial.

GC – Se a mulher, hoje, conseguiu tanta independência, e quer ser tratada de uma forma “igual” ao homem em questões civis, por que necessita de um dia dedicado a ela?

ND – Puro feminismo.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

ND – Fazer trabalho de grande importância à comunidade e às futuras gerações como um legado.

GC – Quais as principais barreiras para que a contribuição feminina seja mais bem reconhecida pela sociedade?

ND – Quando uma mulher é determinada não haverá barreiras.

GC – Como a mulher pode contribuir para a construção de um mundo melhor?

ND – Colaborando sempre em trabalhos sociais.

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

ND – Respeito entre ambos os sexos e trabalho sem preconceito.

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

ND – Nelly Bobrow, exemplo de mulher guerreira, competente, altruísta e, sobretudo, amiga.


TAISA NASSER

330_first_4_5 Arquiteta pela FAU-USP- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, escultora, poetisa, a paulistana Taisa Nasser é casada e mãe do mestre em filosofia Eduardo e uma das mais consagradas artistas plásticas da atualidade, com prêmios abiscoitados aqui e no exterior.

GC – O dia 8 de março foi definido, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. O que torna essa data especial para as mulheres?

TN – É um dia de reconhecimento pela evolução dos tempos numa humanidade cheia ainda de preconceitos, tabus e conflitos existenciais!

GC – Se a mulher, hoje, conseguiu tanta independência, e quer ser tratada de uma forma “igual” ao homem em questões civis, por que necessita de um dia dedicado a ela?

TN – Os preconceitos ainda não foram vencidos em várias frentes. É uma questão de postura pessoal da mulher nesses diversos setores.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

TN – O crescimento da mulher no mercado profissional, a inversão de papéis na liderança familiar no sustento da casa, a independência financeira na direção da educação de filhos, o autoconhecimento, o preparo psicológico.

GC – O que ainda falta para conquistar?

TN – O ser humano é um infinito de possibilidades. Equilíbrio entre corpo e mente, descoberta e aprimoramento de dons espirituais de criação.

GC – Quais as principais barreiras para que a contribuição feminina seja mais bem reconhecida pela sociedade?

TN – A falta de reconhecimento da própria força é a principal barreira. Se você se reconhece, o mundo a reconhece.

GC – Como a mulher pode contribuir para a construção de um mundo melhor?

TN – Todo ser humano pode e deve procurar melhorar a si mesmo, tanto na atenção com a saúde física ,como na saúde mental , na procura da evolução do nível da própria consciência.

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

TN – União de matéria e espirito, reconhecimento da existência de uma força energética mental única que pode atuar em nível de absoluta positividade contribuindo para mudanças de padrões arcaicos de negatividade e vitimismo . Todos nós somos agentes de nosso próprio destino .

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

TN – Zibia Gasparetto. Poucos tiveram o privilégio de enxergar a dimensão dessa grande mulher e escritora que faleceu no dia 10 de outubro de 2018 com 92 anos . Psicografou 58 obras, totalizando 17 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.


TELMA SOBOLH

330_first_4_6 Imediatista, perfeccionista, determinada, comprometida e prática. Assim se define a pedagoga paulistana e presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Telma Sobolh, cujo trabalho à frente da entidade é sempre alvo dos mais destacados elogios.

GC – O dia 8 de março foi definido, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da Mulher. O que torna essa data especial para as mulheres?

TS – Homenagem à força da mulher.

GC – Acha que o Dia Internacional da Mulher é mesmo para comemorar? Ele é algum tipo de conquista, ou simplesmente um dia comum?

TS – Sim, pois trata-se de uma data simbólica e foi uma conquista para a mulher.

GC – Se a mulher, hoje, conseguiu tanta independência, e quer ser tratada de uma forma “igual” ao homem em questões civis, por que necessita de um dia dedicado a ela?

TS – Não necessita, mas evidência a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero.

GC – Quais as conquistas mais importantes que as mulheres já obtiveram nos últimos anos?

TS – Reconhecimento profissional,assumir cargos de liderança em grandes empresas, liberdade e direito de expressão.

GC – O que ainda falta para conquistar?

TS – Igualdade de salários e salários compatíveis com suas funções.

GC – Quais as principais barreiras para que a contribuição feminina seja mais bem reconhecida pela sociedade?

TS – O machismo.

GC – Como a mulher pode contribuir para a construção de um mundo melhor?

TS – Participando ativamente da comunidade; criando seus filhos com valores éticos e morais;lutando pela liberdade e direito de expressão; aproveitando a intuição feminina frente à tomada de decisões; exigindo respeito

GC – Qual seria o caminho a ser percorrido para a igualdade de deveres e direitos entre homens e mulheres na realidade brasileira?

TS – Lutar pela igualdade de direitos.

GC – Qual mulher gostaria de homenagear no dia 8 de março? Por quê?

TS – Golda Meir, porque foi uma mulher muito a frente da sua época e dignificou o papel da mulher no mundo.

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