VIRADA CULTURAL JUDAICA REÚNE MAIS DE 600 PESSOAS NA CIP

336_first_2_1Havdalá

Com a participação de mais de 600 pessoas, o Ministério da Cidadania e a Congregação Israelita Paulista (CIP) realizaram, neste sábado, 08 de junho, a o “XII Ticun – Virada Cultural Judaica”, que marcou a festividade de Shavuot, que comemora a entrega da Torá durante a travessia no deserto após a saída da escravidão no Egito.

O Ticun teve como tema “Diversidade – Diálogos do judaísmo com a atualidade: aprender, desaprender e reaprender” e contou uma rica programação que seguiu durante a madrugada, com espetáculo de dança, show musical, palestras, debates, workshops e apresentações artísticas.

336_first_2_2Cao Hamburger debate com o rabino Ruben Sternschein

O evento teve início com todos participando de uma dança circular conduzida por Tatiana Gorenstein, seguida da cerimônia de Havdalá. A programação teve continuidade com a palestra do cineasta, roteirista e produtor de cinema e TV, Cao Hamburguer, com o tema “Viva a diversidade, na arte, na sociedade e no judaísmo”.

Hamburger apresentou e comentou trechos de algumas de suas produções, como “MalhaçãoViva a Diferença”, “O Ano em que meus pais saíram de férias” e “Pedro e Bianca”, apontando como a pluralidade e a diversidade estão no foco de cada um de seus trabalhos. Ele também falou sobre sua história familiar e do envolvimento de sua família com a CIP. “É muito importante discutirmos o tema da diversidade, principalmente nos dias de hoje, no Brasil e no mundo. Estou muito emocionado em estar aqui na CIP, onde meus avós trabalharam a vida inteira”, destacou.

336_first_2_4Apresentação de Manu Lafer e Mateys Aleluia

O público se encantou com o show de dança “Ameinu”, dos grupos de dança da CIP, que arrancou aplausos efusivos da plateia. Manu Lafer & Mateus Aleluia contagiaram o público com o show musical “Brasileiro, afro e Judaico”, no qual apresentaram cantos de suas tradições. “a música brasileira é muito diversa e é uma grande alegria podermos mostrar um pouco desse trabalho aqui na Virada Cultural Judaica”, destacou Manu Lafer. “a música é um mundo que se descortina, um mundo antigo e novo. Estou aqui pela primeira vez, mas já me sinto em casa”, complementou Mateus Aleluia.

Além de expoentes da comunidade judaica e personalidades de renome, a “Virada Cultural Judaica” contou com a participação de diversos professores da USP. Para que a experiência fosse mais agregadora e acessível, houve também uma intérprete de libras por sinais durante parte do evento.

336_first_2_3Lotação no talk de Suzana Chwarts

“A programação desse ano teve como eixo temático a diversidade. Fizemos parcerias com a “Beth El” e com o “Centro de Estudos Judaicos da USP” e, através dessa iniciativa, conseguimos uma grande quantidade de palestrantes, que se revezaram em debates e apresentações que aconteceram simultaneamente”, destacou o rabino Rogério Cukierman.

“Este foi o maior Ticun que já fizemos, com a participação de 30 palestrantes, entre eles, roteiristas, islamistas, rabinos, estudantes de rabinato, educadores, professores da USP e de universidades israelenses”, destacou o rabino Dr. Ruben Sternschein. “Acreditamos que o Brasil de hoje, assim como o Estado de Israel, estão precisando de um maior aprofundamento no convívio com a diversidade. Inspirados no judaísmo, acreditamos que a verdade é ampla e múltipla, e está na hora de ampliarmos a capacidade do individuo e da humanidade de viverem essa diversidade”, finalizou.

Crédito fotográfico: Milton Gevertz

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