COMO AFASTAR A ANSIEDADE – RABINO KALMAN PACKOUZ

340_história_1_1Muitos, na tentativa de aliviar sua ansiedade, adotam a crença de que não há nenhum Criador, não há responsabilidades, não há prestação de contas e não há objetivos.


Você já imaginou o que realmente distingue o ser humano de um animal? Todos os seres humanos têm quatro profundas necessidades – significado, prazer, conhecimento e autorrealização. As vacas não têm essas necessidades. Os cães não têm essas necessidades. Gatos … também não!

Gostaria de lhes trazer, queridos leitores, o que nos ensinou o Rabino Noah Weinberg, ex-diretor do Aish Hatorá (adaptado do livro The Eye of a Needle pelo Rabino Eric Coopersmith), sobre como afastar a ansiedade e achar sentido em nossas vidas:

O renomado psiquiatra austríaco Viktor Frankl escreveu em seu livro Man’s Search for Meaning (O Homem Em Busca De Sentido): “A busca de sentido é a principal motivação na vida do homem e não uma ‘racionalização secundária’ de impulsos instintivos… Uma pesquisa de opinião foi feita há alguns anos na França. Os resultados mostraram que 89 por cento dos inquiridos admitiu que o homem precisa de ‘algo’ pelo que viver”.

De acordo com a ideologia ocidental, não há propósito absoluto na vida. Bem e mal, significado e ausência de significado são questões de gosto pessoais. No entanto, com todas as ‘liberdades’ que esta filosofia abraça, ela abre mão do único e inimitável ingrediente que dá à vida uma profunda e duradoura satisfação: uma finalidade transcendental – o reconhecimento de um Criador que se preocupa com as ações do homem. Um Criador que lhe concede a capacidade de fazer escolhas que promovem e fomentam o propósito de D’us ou o enfraquecem.

Tão vital como respirar, comer e dormir, todo ser humano precisa saber que a sua existência é importante. A filosofia do relativismo e da falta de propósito, no entanto, inevitavelmente geram no homem questões torturantes sobre o sentido e a finalidade da vida. “Se nada realmente importa, por que estou fazendo tanto esforço para ser uma boa pessoa? Será que viver é matar o tempo até morrer?”.

Compreensivelmente, isso cria uma ansiedade subconsciente que muitas pessoas receiam tornar público. É melhor convencer-se que a vida não tem nenhum propósito do que enfrentar o tormento e o martírio de tomar consciência que tenho vivido a vida na ignorância deste propósito.

Aqueles que sim, enfrentam esta questão muitas vezes, embarcam numa penosa e prolongada busca de significado. Frequentemente, eles são levados pela corrente de alternativas aos valores ocidentais, como o Zen e a meditação transcendental. A grande maioria, no entanto, aceita a insistência da sociedade de que não há respostas, e se esforçam para amortecer a sua mágoa e frustração através de diversos meios de distração.

Alguns fogem para o mundo do entretenimento e da ilusão – TV, filmes, smartphones e vídeo games. Outros se dedicam de corpo e alma a ter sucesso em suas carreiras. Muitos, na tentativa de aliviar sua ansiedade, adotam a crença de que não há nenhum Criador, não há responsabilidades, não há prestação de contas e não há objetivos. Sem uma alternativa viável à falta de significado, estas pessoas não têm escolha a não ser evitar de levar a vida demasiadamente a sério.

No entanto, apesar dos melhores esforços de distração e racionalização, nossas almas esperam por sentido. E até que a alma receba a alimentação – leia-se: significado e propósito – que ela tão vitalmente precisa, a pessoa nunca irá encontrar uma tranquilidade duradoura. Em algum nível (na maioria das vezes, subconsciente), ele vai continuar a ser atormentada pela desarmonia e discordância entre o que ela anseia e o que a ideologia ocidental alega que a vida tem a oferecer.

Como seguidores das orientações da Torá, nosso desejo interior de viver uma vida produtiva e com significado, é nutrido e orientado. A meta é o nosso relacionamento com D’us. As nossas ferramentas são as mitzvot, os mandamentos. A estrutura para o sucesso e o significado está perfeitamente definida para nós na intrincada estrutura da vida de Torá. E o melhor de tudo é que não precisamos nos esforçar para encontrar a meta. Somos livres desde o início para concentrar as nossas energias e recursos em atingi-la.

Através da Torá, mesmo as atividades mais triviais e rotineiras da vida são elevadas a um objetivo maior. Embora talvez nunca completemos tudo o que deveríamos, o modo de vida da Torá remove o espectro da falta de sentido que assombra tantas vidas. A Torá proporciona uma estabilidade interna, obtida a partir do conhecimento de que a vida tem propósito e valor. Recebemos oportunidades contínuas e permanentes para realizar coisas que são realmente significativas – e a constatação de que as nossas escolhas realmente fazem diferença e importam. Isso é tremendamente positivo e tranquilizante!


Pensamento: “É difícil manter a mente e a boca abertas ao mesmo tempo!”


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.

NOTA:- Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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