EVENTO “DILEMAS ÉTICOS” DEBATEU A INCLUSÃO E O CONVÍVIO COM A DIVERSIDADE

345_fique_3_1Debate mediado pela Rabino Michel Schlesinger contou com a participação do casal Henri e Marina Zylberstajn fundadores do Projeto Serendipidadade

Para debater o importante tema da inclusão e a importância do convívio com a diversidade, a Congregação Israelita Paulista (CIP) realizou, no dia 28 de outubro, no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, o evento Dilemas Éticos, com a participação do casal Henri e Marina Zylberstajn.

345_fique_3_2Pedro Herz, Eve Pekelman e o rabino Michel Schlesinger

O casal emocionou o público presente com detalhes da chegada de seu filho caçula Pedro, diagnosticado com Síndrome da Down, e de como decidiram que a partir daquele momento iriam mergulhar e se engajar na causa das pessoas com deficiência intelectual, criando o Projeto Serendipidade. A iniciativa, de cunho social, atua para que a inclusão não seja encarada como caridade, divulgando os benefícios que o convívio com a diversidade oferece a todos com que ela se envolvem.

345_fique_3_3Vivian Lederman, Vilma Temim, Simone Rosenthal e Laura Feldman

“O judaísmo sempre fala que cada filho traz uma benção, e a do Pedro foi de unir a família e nos fazer enxergar a vida através de outra perspectiva. Passei quase 40 anos da minha vida apenas com um senso de pertencimento limitado e sem saber o que realmente era inclusão. Depois que o Pedro chegou, eu e a Marina passamos a nos envolver com o tema. Hoje, mais do que a questão do nosso filho caçula, enxergamos a diversidade como uma ferramenta poderosa de engrandecimento pessoal”, frisou Henri Zylberstajn.

345_fique_3_4Vivian Lederman, rabino Michel Schlesinger e Anna Schvartzman

O rabino Michel Schlesinger apresentou fontes judaicas sobre a diversidade, algumas que falam sobre exclusão, e outras que admiram e exaltam a beleza da diversidade. “Esse encontro dos Dilemas Éticos foi um dos mais importantes que realizamos até hoje, pois pudemos mostrar a oportunidade que existe no respeito e na admiração à adversidade. Precisamos superar a dicotomia de dividir as pessoas em normais e anormais, em certos e errados e entender que somos diferentes um dos outros e que as diferenças nos enriquecem. A diversidade nos traz uma grande oportunidade para sermos pessoas melhores e fazermos uma sociedade melhor”.

Crédito fotográfico: Eliana Assumpção

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