ILAN SZTULMAN, UM CÔNSUL MUI ESPECIAL – GLORINHA COHEN

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Recentemente homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo, o cônsul geral de Israel, Ilan Sztulman, é pessoa que cativa a gente logo no primeiro contato. E motivos não lhe faltam para isto, dentre os quais o maior deles talvez seja a simplicidade que sobrepujou sobremaneira o cargo diplomático, ocupado desde julho de 2010, quando foi reativada a representação israelense na capital paulista. Verdade é que, quando Ilan deixar seu cargo no próximo mês, retornando a Israel, o consulado de São Paulo não será mais o mesmo: sempre nos lembraremos com carinho do diplomata que fez toda a diferença ao unir a comunidade judaica brasileira com sua visão vanguardista e a postura amiga que sempre o distinguiu dos demais. Ele será substituído em julho próximo por Yoel Barnea, ex-cônsul-geral de Israel no Rio de Janeiro, entre 1994 e 1998.

Nascido em São Paulo, capital, no dia 21 de setembro de 1957, Ilan Sztulman é filho de Sima e Josef David Sztulman e foi viver em Israel aos 18 anos, onde estudou Relações Internacionais na Universidade Hebraica de Jerusalém e fotografia na academia de Arte Bezalel. Em 1978 se alistou no exército e serviu até o fim da guerra do Líbano em 1982, como combatente em uma unidade de infantaria especial. Em 1981 foi condecorado com a mais alta honraria concedida pelo presidente de Israel, conservando a patente de Major. Ingressando na carreira diplomática, Ilan foi desde então vice-diretor de Diplomacia Pública no Ministério das Relações Exteriores de Israel e também vice-porta-voz do ministério.

Casado com Gioia Perugia, vice-diretora do acervo do Museu de Israel, ele tem 3 filhos: Dafna, advogada na Procuradoria Geral do Estado; Yael, estudante de Teatro e Daniel que está servindo o exército na unidade de infantaria Hativat 7.

Saiba um pouco mais desse homem fascinante que faz de sua missão uma busca constante da paz e da tolerância, na entrevista que nos foi especialmente concedida.


G – Comida preferida?

I – Sopa de Kube (comida curda).

G – Defina felicidade.

I – Sentir que a vida tem sentido.

G – Amor.

I – Uma sensação de envolvimento completo.

G – Família.

I – Pessoas que amo.

G – Justiça.

I – A coisa certa.

G – Amigo.

I – Pessoa que posso confiar.

G – Palavra que gosta.

I – Sim.

G – Que não gosta.

I – Não.

G – Esporte que pratica.

I – Caminhar.

G – Hobby.

I – Leitura.

G – Como você se descreveria?

I – Como minha avó diria – com formigas no T—s.

G – O que o faz perder a paciência?

I – Maldade.

G – Qual era sua profissão antes de ingressar na carreira diplomática?

I – Fotógrafo de propaganda.

G – O que o atraiu na carreira diplomática?

I – A possibilidade de continuar a servir meu pais.

G – O que acha que fez de mais importante durante os 3 anos que ficou no Brasil?

I – Foi restabelecer a presença de Israel no sul do Brasil e abrir novas portas.

G – Enfrentou alguma dificuldade para exercer seu cargo em SP?

I – A distância dos meus filhos.

G – Qual a maior alegria e a maior frustração que teve durante este período?

I – Alegria – reencontrar minha família e amigos. E frustração – não ter terminado todos os projetos que fiz.

G – O que significou para você a homenagem que recebeu da Câmara Municipal de SP?

I – Emoção de sentir que meu trabalho valeu!

G – O que você diria para quem pensa em fazer aliá?

I – Bem vindo!!! Valerá a pena, mesmo que algumas dificuldades no começo sempre existam.

G – Alguma mensagem de despedida para os brasileiros?

I – Ainda vou voltar!!!!

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