“HOMENS NO DIVÔ ESTREOU NO TEATRO BRIGADEIRO

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Rafael Calomeni, Darson Ribeiro e Olivetti Herrera estrelam a comédia Homens no Divã

Texto de Miriam Palma ganhou adaptação e direção Darson Ribeiro, estreou em São Paulo

dia 11 de julho, no Teatro Brigadeiro, e vai até o dia 29 de setembro


Imagine a antessala de um consultório de psicanálise frequentada por três homens desesperados por suas respectivas mulheres!

É isto que o que o público verá em Homens no Divã, testemunhando o encontro inesperado das personagens Renato Paes de Barros Seabra (Rafael Calomeni), Carlos Eduardo Carrara-Travertino (Olivetti Herrera) e Frederico Freitas Fernandes (Darson Ribeiro). Se é que Freud realmente explica…

Foi com o objetivo de entreter as mulheres e, por tabela, elucidar os machões de plantão, que Darson Ribeiro decidiu adaptar o original – Desesperados – de Miriam Palma e dar mão à palmatória expondo as mais diversas fraquezas masculinas. E, ainda por cima, num divã freudiano.

190_fique_1.2O texto explicita, sem ser moralista, e traz à tona facetas das relações amorosas ao discutir traição e sexo, assim como o verdadeiro amor entre um homem e uma mulher, levando inclusive à possibilidade do perdão. Deles, dos homens, é claro!

Os três machões, de personalidades bem distintas, vão mesclando suas idiossincrasias e, tornam-se amigos. A terapia ao invés de reduzida entre as quatro paredes da Dra. Maczka, acaba acontecendo espontaneamente nos ambientes frequentados por eles, como academia, balada, e até uma palestra onde realmente o turning-point acontece. Tudo isso numa linguagem altamente digerível – gostosa de ouvir e pra lá de engraçada.

Brincando com o fetiche feminino, os tipos são ainda sublinhados por profissões bem reconhecidas, como o Oficial do Corpo de Bombeiros vivido por Calomeni, juntamente com um Executivo da Eletropaulo (Darson), e um Obstetra

(Herrera). E, de quebra Marília Gabriela participa vocalmente, interpretando a disputada Dra. Maczka.

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Cenário e figurinos, assinados pelo próprio diretor, fazem um contraponto com o classicismo freudiano e o órgão genital feminino – isso em cores e formas. A Luz – com supervisão de Guilherme Bonfanti – foi criada e executada por Leandra Demarchie.

 


Perfil das personagens

Renato Paes de Barros Seabra, Renatão (Calomeni) – É um quarentão dono de si que nunca se viu questionado por mulher nenhuma. Principalmente no “senso de masculinidade”. Kelly torna-se obsessão, obriga-o a iniciar um tratamento psicanalítico, reduzindo as aventuras amorosas dele em “galinhage”. Oficial do Corpo de Bombeiros, ele se vê colocado em cheque porque até então era seguro de si amorosa e, sexualmente. É nesse enfrentamento do divã que ele vai percebendo que “homi que é homi” pode ser sensível sim, e romântico também. Ainda mais quando o assunto é a conquista da mulher amada.

Carlos Eduardo Carrara-Travertino, Cadú (Herrera) – É obstetra. Ao nascer, sua mãe já o viu altamente lindo e sedutor, predestinando-o a ser narciso. Narcísico! E, assim, o batizou com nomes compostos de mármore por ter “ofuscado as enfermeiras de tanta luz”. Consequentemente passa a não levar uma vida normal e espontânea com as mulheres. É pela mesma mãe que ele vai para o divã, ao ponto de ter que abandonar o conforto maternal do lar pela rua. É apaixonado por Tássia – cujo trocadilho do “tá se achando” é mais cabível nele que nela, mas, ainda assim, teima no tête-à-tête com a psicanalista, até receber alta e se redescobrir enxergando as qualidades femininas.

Frederico Freitas Fernandes, Fred (Darson) – Executivo da Eletropaulo, reto nas decisões e honestíssimo, passou 18 anos vivendo e confiando na esposa amada, Marjorie. Diante das circunstâncias, da mesmice, da falta de criatividade e do nonsense sexual do dia-a-dia do casal, “surpreende” a esposa na cama com seu melhor amigo. A traição vem acompanhada por uma alta avaliação de si, e, mesmo sob o deboche dos amigos, mantém-se firme no romantismo da relação, conseguindo – por meio do divã – perdoar o ato que o deixou acabrunhado na busca pela mulher Ideal. Dá uma lição de moral ao mundo masculino: o perdão é possível sim, quando o amor fala mais alto.

 

Ficha técnicaEspetáculo: Homens no DivãTexto: Miriam Palma

Coautoria e direção geral: Darson Ribeiro

Elenco: Darson Ribeiro, Olivetti Herrera e Rafael Calomeni

Cenografia, trilha e figurinos: Darson Ribeiro

Iluminação: Guilherme Bonfanti/Leandra Demarchi

Preparação corporal: Gustavo Torres

Fotos: Eliana Souza

Assistência de direção: Cecília Arienti

Assistência de Cenografia e Figurinos: Clau do Carmo

Assistência de Produção: Priscila Pinto Soares


Serviço

Teatro Brigadeirowww.teatrobrigadeiro.com.br

Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 884 – Bela Vista/SP – Tel: (11) 3115-2637

Temporada: sexta e sábado (às 21 horas) e domingo (às 19h30) – Até 29/09

Ingressos: 40,00 (sexta), R$ 60,00 (sábado) e R$ 50,00 (domingo).

Bilheteria: terça à quinta (10h-18h), sexta, sábado e domingo (a partir de 14h).

Aceita dinheiro e cartão/débito. Duração: 1h40. Indicação etária: 16 anos.

Capacidade: 700 lugares. Ar condicionado. Acesso universal.

Ingressos antecipados: www.ingresso.com  ou tel 4003 23 30

Estacionamento conveniado (Gigante) – Av Brigadeiro Luiz Antonio, 759: R$ 15,00

Os atores

Darson Ribeiro – Formado em Artes Cênicas pela PUC/Fundação Teatro Guairá do Paraná, tem especialização em direção e cenografia, e é produtor. Passou pelos dois mais importantes teatros do país, Municipal de SP e do RJ, e recentemente foi consultor na obra do Teatro Bradesco, onde dirigiu artisticamente por dois anos. Trabalhou com grandes diretores como Ulysses Cruz (de quem foi diretor assistente), Jorge Takla, Abujamra, e Gabriel Vilella; valendo também citar alguns internacionais como Bob Wilson, Pina Baush e G. Strehler, além de companhias como Grupo Corpo, Ballet Stagium e Cisne Negro. No ano passado dirigiu Abrigo, pelo SESC, e no anterior, Herótica (texto, direção e atuação). Outras montagens importantes em sua carreira foram Sangue na Barbearia, com Antônio Petrin também pelo SESC SP, 8Mulheres, de Robert Thomas, com Ruth de Souza, Miriam Pires, Sylvia Bandeira e Sura Berdichevski, Oberosterreich, de Franz Kroetz, elogiada pela crítica carioca, que criou e atuou, tendo a parceria de Ney Matogrosso na Luz e Marco Pereira na música composta; Maratona, de Naum Alves de Souza, entre outras. Recentemente, destacou-se com a montagem Disney Killer, de Philip Ridley (produção, direção e atuação).

Rafael Calomeni – Carioca, 43 anos, além de ser ator Rafael é formado em Construção Civil e Fisioterapia. Ganhou destaque nacional depois da personagem Expedito Batista que interpretou ao lado de Suzana Vieira na novela Mulheres Apaixonadas, da Rede Globo. Participou ainda, na mesma emissora, de Promessas de Amor, Guerra & Paz, Sete Pecados, América e do seriado Sob Nova Direção. Recentemente foi muito elogiado na novela da Rede Record BALACOBACO, onde está contratado, vivendo o durão Vicente.

Olivetti Herrera – Paulistano, 44 anos, iniciou a carreira cursando Direção e Interpretação para Cinema e TV com Fátima Toledo. Em seu currículo constam também cursos no Agora Teatro, com Celso Frateschi e Roberto Lage, e no Teatro Escola Célia Helena com Sistema Stanislavski: Ação e Circunstâncias, curso ministrado por Valentin Vassilyevitch Teplyakov, além de workshop com Robert Milazzo (fundador do Modern School of Film e professor do Lee Strasberg Theatre). Na Rede Globo, integrou as minisséries Divã, ao lado de Lilia Cabral; Na Forma da Lei, de Antonio Calmom e direção de Wolf Maya; Força Tarefa, de Marçal Aquino e direção de José Alvarenga; e Aquarela do Brasil, direção de Jayme Monjardim, além de atuar nas novelas Esperança, Caras & Bocas, Páginas da Vida e Terra Nostra. No SBT, participou das novelas Esmeralda, Cristal, Amigas e Rivais e O Direito de Nascer. Entre as peças de teatro, destaque para Nossa Vida É Uma Bola, direção de Imara Reis. Atualmente, integra a série Surtadas na Yoga (GNT), ao lado de Flávia Garrafa, Sophia Folch e Fernanda Young.

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