QUAL A ESSÊNCIA DE ROSH HASHANÁ E COMO O OBSERVAMOS? – RABINO KALMAN PACKOUZ

Rabino Kalman Pa


Rosh HaShaná está chegando! Será na próxima quarta-feira ao entardecer, 4 de setembro. Muitos Judeus por todo o mundo estão correndo para garantir que tenham lugares reservados em suas sinagogas. Estou lembrado de uma história de uma pessoa que tinha que entregar uma mensagem muito importante a um homem na sinagoga em Rosh HaShaná. O porteiro não o deixou entrar porque não tinha reserva. “Por favor, só preciso de um instante para entregar a mensagem!” “De jeito nenhum!”, falou o porteiro. “Não tem reserva, não entra!” “Por favor”, implorou o homem, “Prometo… não vou rezar!”


QUAL A ESSÊNCIA DE ROSH HASHANÁ E COMO O OBSERVAMOS?

Rosh HaShaná é o Ano Novo Judaico. Diferente do Ano Novo secular, que é celebrado em muitas partes do mundo ‘civilizado’ com festanças, bailes, bebendo em excesso, assistindo aos fogos de artifício na praia ou uma bola descendo no Times Square, em Nova York, o Ano Novo Judaico é celebrado refletindo-se sobre o passado, corrigindo nossos erros, planejando para o futuro, orando por saúde, por um ano doce e celebrando, em família, com refeições festivas.

O Rabino Nachum Braverman, do Aish HaTorá de Los Angeles, escreveu: “Em Rosh HaShaná fazemos um balanço de nosso ano e oramos repetidamente pedindo vida. Como justificaremos mais um ano de vida? O que fizemos com este ano? Foi um período de crescimento, introspecção e interesse pelos demais? Fizemos bom uso de nosso tempo ou o esbanjamos, o jogamos fora? Foi realmente um ano de vida ou meramente um ‘passar de tempo’? Agora é a hora de nos avaliarmos e reordenarmos nossas vidas. Este processo é chamado ‘Teshuvá’, voltar para casa – reconhecendo nossos erros entre nós e D’us, bem como entre nós e nossos semelhantes. E corrigi-los”.

Em Rosh HaShaná rezamos pedindo para sermos inscritos no Livro da Vida, pedimos por saúde, por sustento. É o Dia do Julgamento. Mesmo assim, nós o celebramos com refeições festivas, na companhia de familiares e amigos. Como podemos celebrar quando as nossas vidas estão suspensas numa balança? Definitivamente, confiamos na bondade e na misericórdia do Todo-Poderoso. Sabemos que Ele conhece nossos corações e nossas intenções, e com amor e sabedoria decidirá o que é melhor para nós, assim confirmando o Seu decreto para cada um de nós, para este ano que se inicia.

Nas refeições das duas noites de Rosh HaShaná (quarta e quinta-feira à noite, 4 e 5 de setembro) há o costume de mergulharmos a Halá, um pão especialmente trançado, bem como uma maçã em mel, simbolizando nossas esperanças de um ano doce. Existe um costume de comermos várias Comidas Simbólicas – em sua maioria frutas e vegetais – cada uma delas precedida por um pedido. Por exemplo, antes de comer uma romã, pedimos: “Possa ser Sua vontade… que nossos méritos sejam tantos como as sementes de uma romã”. Muitos pedidos estão baseados em jogos de palavras (em hebraico) entre o nome do alimento e o pedido em si. Como estes jogos de palavras se perdem quando a pessoa não entende hebraico, existem aqueles que fazem seus próprios pedidos.

Outro costume é o Tashlich, um arremesso simbólico de nossas transgressões. Este ano é feito na quinta-feira à tarde, depois da oração de Minchá (a oração da tarde). Entretanto, lembrem-se: estes atos simbólicos servem apenas para ajudar a sintonizarmos com o que precisamos fazer da vida, para despertar nossas emoções e paixões. Não são um fim em si e com certeza não são o ponto principal de Rosh HaShaná.


ROSH HASHANÁ É O DIA DO JULGAMENTO. POR QUE D’US NOS JULGA?

A vida é um negócio sério. Toda ação tem a sua consequência. Se D’us não nos julgasse, não haveria justiça no mundo. Do nosso ponto de vista, ao sentirmos que estamos sendo julgados, trataremos a vida com mais seriedade. Poderemos, então, corrigir os nossos erros no trato com as pessoas, conosco e com o Todo-Poderoso.

Julgar implica se importar. Se você não se importa, não julga. Encaremos o julgamento Divino como a maior expressão de Seu amor e preocupação em relação à maneira como vivemos nossas vidas.

Shabat Shalom e que todos tenham um ano doce, pleno de bênçãos, saúde, crescimento espiritual e material, e que sejamos todos inscritos no Livro da Vida!


RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Há Torá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.


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Dezenas de famílias não têm condições de adquirir produtos básicos para Rosh HaShaná. As duas instituições abaixo estão se esforçando muito para prover vinho, halá, mel e outros produtos casher a estas famílias carentes. São instituições muito sérias e eu também as ajudo com dinheiro. Envie sua contribuição para:

UNIÃO O JUDAICA KEH HAYREIM – BANCO ITAÚ – AG. 0064 – C/C 44.122-3

Maiores informações com o Rabino Horowitz – tel: 011-3224-8639 – CNPJ: 05.112.407/0001-24

ORGANIZAÇÃO ISRAELITA O.I.S.E.R – BANCO BRADESCO – AG. 114-7 – C/C 79.589-5

Maiores informações com a Sra. Sara Rosenberg – tel: 011-3221-6462 – CNPJ: 45.884.426/0001-93


Pensamento da Semana: “Rosh HaShaná é um dia tremendamente feliz. Em Rosh HaShaná, todos temos a chance de voltar para as nossas origens, para o nosso lar!”

NOTA – Desejando contribuir para o Meor Hashabat acesse o www.aishdonate.com – Email – meor18@hotmail.com

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