PAPO COM O RABINO DOV GOLDBERG

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Cada ato judaico que fazemos não afeta apenas a nossa vida particular, mas repercute em toda a comunidade.


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Caros amigos,

Na semana passada, foi celebrado um Bar Mitzvá muito especial em um hotel em Israel. O nome do “rapaz” é Israel Kristel. Israel coloca tefilin diariamente há cem anos (!), mas nunca tinha conseguido fazer uma comemoração oficial de seu Bar Mitzvá.

Residindo em Haifa, Kristel completou 113 anos na semana passada e é o homem mais velho do mundo, de acordo com o Guinness.

Em 1916, quando fez 13 anos, sua mãe já era falecida e seu pai estava alistado para lutar na Primeira Guerra Mundial. Após a guerra, seu pai também morreu e não houve clima para celebrar seu Bar Mitzvá. Israel casou-se e teve filhos. Todos morreram nos campos de concentração nazistas.

Das cinzas do holocausto ele se levantou, casou-se novamente e teve dois filhos, que lhe deram netos e bisnetos. Em cada Bar Mitzvá de seus descendentes, ele contava como não pode ter a sua celebração oficial. Agora, cem anos mais tarde, a família decidiu festejar seu Bar Mitsvá, formalmente. (veja fotos do bar mitzvá)

As palavras ditas por uma de suas netas me emocionaram muito: “Olhe os mais de 30 descendentes, tudo isso de apenas UM sobrevivente! Imagine os descendentes de outros cem, que não tiveram esta sorte! De outros mil?! De milhões?!

Cada um de nós deve olhar para si próprio não como um indivíduo, mas como 30 pessoas! Como uma comunidade! Como uma geração inteira! Cada ato judaico que fazemos não afeta apenas a nossa vida particular, mas repercute em toda a comunidade. O futuro das escolas, clubes e instituições judaicas depende de nossos atos no dia a dia!

Um abraço e Shalom


DOVI GOLDBERG – Sinagoga do Morumbi – São Paulo

dg@chabadmorumbi.org.br

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