KOLEL RIO – PARA NOSSO ENGRANDECIMENTO ESPIRITUAL

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Um médico pode cuidar de seus pais?

Pergunta: “Sou médico e minha especialidade é justamente a enfermidade que meu pai tem. Gostaria de saber se posso tratar do meu pai, quando o tratamento consiste em aplicar injeções?”

Resposta: há na Torá um versículo que informa a severidade do castigo para quem fere o próprio pai ou a própria mãe, a ponto de causar um ferimento com sangue. Há outro que menciona o castigo menos severo para ferimentos sem sangue. No Talmud, consta que um dos grandes Amoraim (sábios da época da Guemará) não permitiu que seu filho retirasse um espinho de sua mão por receio de que esse procedimento resultasse em sangramento, mesmo que de forma involuntária e para o bem, para que não consistisse na transgressão citada. Por isso, fixou-se na Halachá que é proibido um médico tratar de seus pais por meio de procedimentos como cirurgias, ou um simples exame de sangue. Mesmo que os pais peçam ao filho, mesmo que se queira economizar o pagamento a outro médico. Somente quando não há outro médico para efetuar o tratamento ou quando os pais são carentes e não tem condição alguma de custear o mesmo, pode-se ser leniente e permitir que o filho médico cuide de seus pais mesmo sob o risco de provocar sangramentos.


Quando é permitido dar os 3 passos para trás

Vimos que, em caso de necessidade, para sair ou terminar a oração mais rapidamente, é permitido ser leniente e dar os três passos no final da Amidá (Grande Oração), mesmo que haja alguém atrás rezando também a Amidá; isto é permitido desde que a pessoa de trás não esteja exatamente na linha da pessoa da frente, e sim um pouco para o lado.

Há Poskim (rabinos legisladores), no entanto, que sustentam que, em caso de necessidade, é permitido dar os 3 passos para trás – quando a pessoa de trás ainda não terminou sua Amidá –, mesmo que a de trás esteja exatamente na linha da pessoa da frente. Isto é permitido desde que ela faça isso desviando-se um pouco para o lado em diagonal, e não em linha reta, evitando assim se aproximar da pessoa de trás.


Quando a pessoa de trás já terminou sua Amidá, porém não deu os três passos para trás

Vimos nas halachot dos últimos dias o caso de duas pessoas que rezam a Amidá (Grande Oração), uma em frente à outra. Aprendemos que, se a da frente terminou sua Amidá e a de trás não, é proibido para a da frente dar os três passos para trás ao terminar sua Amidá, até que a de trás termine a sua.
Pergunta: como proceder quando a pessoa de trás já terminou sua Amidá, porém não deu os três passos para trás, porque atrás dela há uma terceira que não terminou a sua?

Resposta: neste caso, muito comum nas sinagogas, a pessoa do meio serve como uma “mechitzá mafridá” (“divisória separadora”) entre a da frente e a de trás, portanto, a da frente pode dar os três passos para trás, mesmo que invada a área de 4 amot (2 metros quadrados) à frente da pessoa que está no meio, já que esta já terminou sua Amidá.


Esperando dar os passos para trás

Pergunta: “terminei minha Amidá (Grande Oração) e não posso dar os três passos para trás, porque há uma pessoa atrás de mim que não terminou a sua. Como posso aproveitar o tempo enquanto espero? O que posso fazer?”

Resposta: embora você não tenha terminado totalmente a sua Amidá, é permitido que você responda Amen a qualquer Berachá (bênção) recitada ou a um Kadish. Você também pode prosseguir com a continuação da Tefilá normalmente e, quando a pessoa atrás de você terminar sua Amidá, você deve dar os três passos para trás e dizer “Ossê Shalom (…)”, como de costume.


Kolel Rio – kolelrio@kolelrio.com.br

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