OSTEOPOROSE – UM PROBLEMA SILENCIOSO
De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a Osteoporose e suas complicações que levam a dores crônicas, dificuldades para locomoção e diminuição da qualidade de vida.
O que é a osteoporose?
A osteoporose é uma doença comum, que atinge os ossos de todo o corpo. Ocorre quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e com isso observam-se ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a sofrerem fraturas.
Quem pode desenvolver osteoporose?
A osteoporose faz parte do processo normal de envelhecimento e é mais comum em mulheres que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames pode passar despercebida. Estima-se que, em todo o mundo, 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima dos 50 anos de idade tenha osteoporose. Quem se encontra em maior risco de desenvolver a doença são: mulheres, fumantes, consumidores de álcool ou café em excesso, diabéticos e sedentários.
Em que partes do corpo a osteoporose se manifesta com mais freqüência?
- Coluna vertebral – Pessoas idosas podem fraturar as vértebras da coluna com freqüência, às vezes sem mesmo perceber que isso ocorreu. A chamada “corcunda de viúva” é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente.
- Punho – Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem frequentemente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando ocorre uma queda, por exemplo.
- Quadril – As chamadas “fraturas de bacia” são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que até metade dos pacientes que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos
- Fêmur – É um local de fratura muito comum entre os que desenvolvem a doença. É freqüente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta e complicada.
Como se desenvolve a osteoporose?
O aparecimento da osteoporose está ligado a ação de hormônios no organismo. O estrógeno – hormônio feminino (também presente nos homens, mas em menor quantidade) – ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, no climatério, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis.
Quais fatores contribuem para que a doença apareça?
Embora pareçam estruturas inativas, os ossos se modificam ao longo da vida, estando o organismo constantemente fazendo e desfazendo ossos. Esse processo depende de vários fatores como genética, boa nutrição, manutenção de bons níveis de hormônios e prática regular de exercícios.
Quais são os sintomas da osteoporose?
A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sangüíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.
Como posso prevenir a osteoporose?
As melhores maneiras de se prevenir o aparecimento da osteoporose são:
- Fazer exercícios físicos regularmente: atividades esportivas aeróbicas são as mais recomendadas;
- Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras.
- A reposição hormonal do estrógeno em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose em muitas pacientes, mas apenas um médico habilitado está autorizado a prescrever este tipo de tratamento.
- A homeopatia é uma forma de terapia alternativa utilizada com alguma freqüência, mas cujos resultados ainda não são claros.
Qual é o tratamento da osteoporose?
São muitas as estratégias usadas para tratar a osteoporose: estrogenso, calcitoninas, bifosfonados, raloxifeno, tibolona, teriparatide, cácio e vitaminas estão sendo cada vez mais estudados e usados para esse fim. Apenas médicos habilitados podem recomendar qualquer uma dessas drogas.
Fonte: Novak – Tratado de Ginecologia, 13a edição – 2002.
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