FELICIDADE APARECE JUNTO COM PESSOAS, NÃO COM COISAS

Já se sabe que dinheiro só traz felicidade se comprar experiências, e não bens materiais. Assim, para se sentir mais feliz, é melhor falar sobre experiências, e menos sobre coisas materiais.

Agora, um estudo feito na Suécia mostrou que essa desconexão entre coisas materiais e felicidade não é válida apenas em nível individual.

Na verdade, a nossa imagem coletiva do que nos torna felizes tem muito mais a ver com os relacionamentos do que com as coisas.

Os pesquisadores analisaram artigos de notícias publicadas em jornais suecos durante um ano.

Para ponderar o que acompanha a felicidade em termos coletivos, eles analisaram a frequência das palavras que vinham próximas à palavra felicidade em todos os artigos.

Felicidade normalmente vem associada com nomes de pessoas, graus de parentesco ou pronomes pessoais, como você, eu, nós e eles.

Palavras como “iPhone”, “milhões”, “dinheiro” ou “Google”, por outro lado, quase nunca aparecem associadas com a palavra felicidade, afirmam os pesquisadores.

“São os relacionamentos que são mais importantes, não as coisas materiais, e isso está de acordo com outros resultados na pesquisa sobre a felicidade,” disse Danilo Garcia, pesquisador em psicologia na Academia Sahlgrenska e na Universidade de Lund.

“Isso não significa que as coisas materiais nos tornam infelizes, só que elas não parecem surgir no mesmo contexto que a palavra felicidade,” ressaltou Danilo Garcia.

Relações estreitas e calorosas

O estudo é parte de um grande projeto de pesquisa sobre a forma como as pessoas descrevem acontecimentos positivos e negativos em suas vidas, que deverão ter seus resultados publicados ao longo dos próximos meses.

“Assim como os Beatles cantavam, a maioria das pessoas entende que o dinheiro não pode comprar a felicidade ou o amor,” comentou Garcia. “Mas, como indivíduos, mesmo que possamos entender a importância de relações estreitas e calorosas em um nível social, não é todo mundo que está ciente que esses relacionamentos são realmente necessários para nossa própria felicidade pessoal.”

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