PARA SAIR DO VÍCIO, ACRESCENTE MEDITAÇÃO ÀS TERAPIAS E MEDICAMENTOS

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Aos poucos, os pesquisadores vão aderindo à meditação como prática terapêutica.


A meditação pode ter um efeito real de auxílio a pacientes que querem se livrar da dependência de substâncias químicas, como cigarros ou drogas.

“Nossa conclusão mais geral é que um tratamento que inclua técnicas de meditação pode ser útil como um suplemento para ajudar alguém a sair do vício. Nós damos argumentos científicos e matemáticos para isso,” resumiu Yariv Levy, que fez o estudo com seus colegas da Universidade de Massachusetts Amherst (EUA).

A conclusão é que a meditação é um acréscimo efetivo para as abordagens baseadas apenas em medicamentos, apenas em terapia ou em medicamentos mais terapia.

Mais especificamente, o grupo concluiu que os dados científicos apontam que a melhor forma de lutar contra o vício envolve uma abordagem mista, incluindo medicamentos, terapia e meditação.

Experimentos in silico

Os pesquisadores fizeram uma análise sui generis da literatura científica para chegar a essa conclusão: usaram o que chamam de “modelo computacional de vício”, que inclui as teorias sobre o vício, estudos realizados com humanos, animais e experimentos de laboratório, tudo mesclado em um experimento virtual realizado em computador.

A equipe reconhece que essa abordagem de fazer uma pesquisa teórica usando sujeitos virtuais é bastante incomum.

É o que eles chamam de experimento in silico, em silício, no sentido de feito em computador, em comparação com os tipos mais comuns in vitro (em laboratório, em frascos de vidro) e in vivo (em cobaias ou humanos).

Contudo, a equipe ressalta que a técnica está ganhando uma confiabilidade significativa no meio científico porque oferece algumas vantagens.

Em particular, porque um experimento virtual se fundamenta e tira proveito do número crescente de dados disponíveis e do conhecimento resultante de múltiplos estudos.

Assim, a pesquisa em computador gera conclusões preliminares rápidas apoiadas em “especulações racionais”, segundo Levy, antes de iniciar experimentos em grande escala com pacientes humanos ou animais.

No caso específico da meditação, todos os experimentos, sobretudo aqueles feitos em humanos, têm mostrado a eficácia de diversas modalidades da técnica sobre um número incrivelmente grande de condições.

Por exemplo, já se sabe que a meditação tem o mesmo efeito que os remédios contra inflamações e dores.

 

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Fonte: www.diariodasaude.com.br – Imagem: Marcos Santos/USP Imagens