SINAIS E SINTOMAS DA MENOPAUSA – ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS

201_medicina_2.1

A deficiência estrogênica conseqüente do climatério pode causar muitas alterações no corpo feminino, sendo que um dos efeitos mais precoces da deficiência estrogênica é o aparecimento dos fogachos e suores noturnos.

O que acontece no climatério?

Climatério é uma fase especial na vida da mulher onde importantes alterações hormonais acontecem, transformando o corpo e a vida das mulheres. À medida que as mulheres envelhecem seus ovários sofrem alterações até que em um determinado momento passam a produzir cada vez menos estrogênios. Por causa disso é comum que surjam alterações do ciclo menstrual, como irregularidades, aumento ou diminuição do fluxo. Para a maioria das mulheres, esta seqüência de eventos ocorre em torno de 50 anos de idade.

Quais as conseqüências da diminuição dos estrogênios no organismo?

A deficiência estrogênica conseqüente do climatério pode causar muitas alterações no corpo feminino, sendo que um dos efeitos mais precoces da deficiência estrogênica é o aparecimento dos fogachos e suores noturnos.

O que é um fogacho?

O fogacho, sensação súbita de ondas de calor pelo corpo, particularmente na cabeça, face e peito, é o sintoma mais marcante da deficiência estrogênica. Geralmente é acompanhado por ruborização (isto é, por vermelhidão) da face e sudorese, podendo ser seguido por calafrios. Fogachos podem interferir com as atividades diárias habituais, e, quando ocorrem à noite (chamados suores noturnos), podem interferir com a qualidade do sono .

Quais as características do fogacho?

Os episódios do fogacho duram de 1 a 3 minutos, e podem se repetir até mais de 30 vezes por dia, embora a maioria das mulheres que sofrem com o problema relate uma freqüência de episódios em torno de 5 a 10 vezes em um dia. São muito mais comuns à noite, quando provocam os chamados suores noturnos. Normalmente ocorre melhora dos sintomas em ambientes frios ou durante o inverno.

Qual a origem do fogacho?

No momento não existe consenso entre cientistas para explicar as possíveis origens do fogacho. Muitos pesquisadores e médicos acreditam que ocorreria um resposta do cérebro à queda dos níveis de estrogênio no organismo, fazendo com que o hipotálamo – uma estrutura importante do sistema nervoso central – determinasse um regulação inadequada da temperatura corporal.

Como se trata o fogacho?

O tratamento inicial dos fogachos pode ser feito de maneira bastante prática e barata. Para tanto, basta adotar medidas que diminuam a temperatura corporal, como expor-se a ambientes arejados e usar roupas leves e que facilitem a transpiração.

O que mais se pode fazer para melhorar os sintomas associados ao fogacho?

Outras medidas muito importantes dizem respeito a hábitos saudáveis de vida. A prática de exercícios leves e moderados, sempre sob supervisão medica, é efetiva contra os desagradáveis sintomas de fogacho. O controle do peso, que pode ser obtido com uma dieta balanceada e rica em frutas e vegetais, também é de extrema importância. E se você fuma, lembre-se: o cigarro traz uma série de prejuízos à saúde, e o abandono deste vício traz, além de muitos outros benefícios, uma importante melhora nos sintomas associados às ondas de calor.

Existem remédios para combater os fogachos?

Nos dias de hoje, várias abordagens farmacológicas estão sendo estudadas para ajudar as mulheres que sofrem com os fogachos. Uma das mais eficazes são as terapias de reposição hormonal. Após iniciar tal tratamento, a maioria das mulheres apresenta resolução ou melhora significativa dos sintomas.

Ouvi dizer que produtos naturais, como derivados da soja e outras plantas, podem melhorar as ondas de calor. Isso é verdade?

No momento, muitos cientistas estão empenhados em observar se algum produto natural pode ajudar mulheres que sofrem com as ondas de calor. Até esse momento, no entanto, nenhum dos produtos avaliados mostrou-se eficaz quando submetido a grandes estudos controlados e randomizados.

Fonte: Menopause: Tratment and Manegement – Clinical Obstetrics and Gynecology, vol.47, n2, p.450-470, 2004
Phytoestrogens in the manegement of the menopause up-to-date. Obstetrics and Gynecology Survey; vol.57, 5, 2002.

Veja também


Fonte: www.boasaude.com.br – Equipe Editorial Bibliomed