DOENÇA CARDÍACA PODE SER DETECTADA PELO ROSTO

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As mudanças de cor detectadas pelo programa correspondem à frequência cardíaca da pessoa exatamente como ela é detectada por um exame de eletrocardiograma.


Automação da sensibilidade

Para o observador atento, o rosto de uma pessoa fornece uma visão muito rica sobre o que está acontecendo no íntimo dessa pessoa.

Agora, pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA) mostraram que é possível “automatizar essa sensibilidade”, usando a face de uma pessoa como detector do que está acontecendo em seu coração – no coração biológico.

Com a ajuda de uma câmera e um programa de computador, eles decifraram imagens do rosto para detectar se uma pessoa está passando ou não por fibrilação atrial, uma condição cardíaca tratável, mas potencialmente perigosa.

O projeto-piloto demonstrou que alterações sutis da cor da pele podem ser detectadas pelas câmeras e utilizadas para avaliar o fluxo sanguíneo desigual provocado pela fibrilação atrial.

“Esta tecnologia tem o potencial para identificar e diagnosticar a doença cardíaca usando monitoramento de vídeo sem contato,” disse o Dr. Jean-Philippe Couderc. “Este é um conceito muito simples, mas que poderia permitir que mais pessoas com fibrilação atrial obtivessem os cuidados que precisam.”

Fibrilação atrial

A fibrilação atrial é um ritmo do coração irregular, ou às vezes rápido demais, que geralmente provoca má circulação sanguínea no corpo. Isso ocorre quando uma atividade elétrica cardíaca irregular faz com que as câmaras superiores e inferiores do coração batam fora de sincronia.

“Tempestade cardíaca” pode ser prevista e dispersada

A tecnologia utiliza um algoritmo desenvolvido pela Xerox para digitalizar faces, sendo capaz de detectar alterações da cor da pele que são imperceptíveis a olho nu. Tudo o que é necessário é que a pessoa fique quieta por 15 segundos.

Os sensores das câmeras digitais são projetados para gravar três cores: vermelho, verde e azul. A hemoglobina – um componente do sangue – absorve mais luz verde e esta alteração subtil pode ser detectada pelo sensor da câmera.

O rosto é o lugar ideal para detectar esse fenômeno porque a pele da face é mais fina do que em outras partes do corpo e os vasos sanguíneos estão mais próximos da superfície.

Os pesquisadores descobriram que as mudanças de cor detectadas pelo programa correspondem à frequência cardíaca da pessoa exatamente como ela é detectada por um exame de eletrocardiograma.

A equipe agora está se preparando para fazer uma avaliação da tecnologia em uma amostra maior de pessoas, incluindo pessoas sadias, sem a fibrilação atrial.

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Fonte: www.diariodasaude.com.br – Imagem: Universidade de Rochester