VOCÊ PREFERERIA SER RICO OU FELIZ? – RABINO KALMAN PACKOUZ
Você preferiria ser feliz ou rico? Quase todos diriam: “Feliz!” Entretanto, trabalhamos mais para enriquecer ou para ser felizes? A maioria das pessoas trabalha para enriquecer muito mais do que para ser feliz. Talvez, lá no fundo, pensemos – mesmo sabendo racionalmente que não é assim – que a felicidade vem através da riqueza. Porém, há suficientes pessoas ricas e infelizes para refutar esta tese. Há mais na felicidade do que apenas riquezas!
E como muitas dessas pessoas procuram a felicidade? Elas se esforçam por fazer mais e mais aquisições e conseguir satisfações materiais – e depois ficam assombradas em porque um carro novo ou uma casa maior não a estão fazendo feliz.
Quase todo ser humano neste planeta conhece o segredo da felicidade. É simples – só que nem sempre fácil. Tudo o que a pessoa precisa fazer é focar no que possui. O segredo para a infelicidade é focar no que lhe falta – ou pensa que falta.
Entretanto, a pessoa até pode saber como ser feliz e não fazer nada para despertar e aumentar a sua felicidade. É algo que requer esforço e pode ser desconfortável. Aí, muitas vezes, fugimos do esforço necessário para sermos felizes.
Há ao menos uma exceção a esta regra. Se procurarmos algo importante e com significado para fazer, como ‘efeito colateral’ provavelmente conseguiremos a felicidade. Talvez fazendo algo humanitário e generoso o prazer virá mais fácil. Isto não exige o esforço necessário a focar nas coisas que achamos que estão garantidas.
O Rabino Noach Weinberg, de abençoada memória, o fundador da Organização Aish Hatorá, adorava usar o seguinte cenário para transmitir o segredo da felicidade:
Imagine-se parado no 70o. andar do edifício Empire State, em Nova York. Repentinamente um homem abre a janela e diz: “Vou saltar!” Você grita: “Pare! Não faça isto!” E ele responde: “Se você tentar me segurar, levo você comigo!”
O homem tem 1,95 m de altura e pesa uns 120 Kg. Então você fala: “Ok … mas talvez você tenha alguma mensagem? Talvez haja alguém que eu deva notificar?” Ele responde: “Você parece uma pessoa inteligente e amigável. Vou lhe dar 15 minutos para tentar me dissuadir de pular, mas primeiro deixe-me contar-lhe meus problemas para que entenda porque desejo saltar”.
Por horas você o escuta contar as mais horríveis tragédias e infortúnios. Você nunca ouviu histórias assim. Ao final, você está chorando inconsolavelmente. Finalmente ele se volta e diz: “Sou um desgraçado. Por que devo seguir vivendo?”
O que dizer? De repente lhe aparece uma ideia inspiradora! “Senhor, se além de todos seus problemas, você também fosse cego, isto o tornaria mais ou menos coitado?” Ele responde:
“Certamente mais coitado!” Então você continua: “E mesmo assim você pularia?” “É claro!”, veio a resposta.
Você continua: “Agora imagine que está se inclinando para fora da janela para saltar e um milagre acontece. Você começa a enxergar! Você vê as pessoas, o sol, as nuvens, pássaros voando no céu! Você pularia … ou esperaria mais uma semana para olhar o mundo em volta?”
O homem responde: “Suponho que ficaria pelas redondezas por mais uma semana”. “E todos os seus problemas e tragédias?”, você pergunta. “Que me importam? Agora posso enxergar!”
Interessante, não? Se uma pessoa realmente aprecia o fato de que consegue enxergar, então todas as suas misérias não são mais nada. Por outro lado, se a pessoa acha que tudo o que tem é algo certo e garantido, nada que conseguir na vida lhe trará uma felicidade duradoura. O segredo da felicidade é realmente apreciarmos aquilo que temos.
Moral da historinha: apreciar os prazeres que temos é algo simples e efetivo. Todas as noites, ao se sentar com sua família ou um amigo(a), converse sobre 5 coisas boas que cada um de vocês vivenciou neste dia. Incorpore isto ao seu ritual diário, especialmente se tiver crianças. Em não muito tempo você verá que aqueles ao seu redor começarão a ‘anotar’ durante o dia os prazeres que estão tendo para poder compartilhá-los com você.
Acreditem-me: Vale a pena aplicar este ‘segredo’! Mãos à obra!
Pensamento: “Nunca é muito cedo para se importar com as outras pessoas, pois nunca saberemos quão cedo será muito tarde!”
RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.
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