POR QUE É IMPORTANTE FAZER TERAPIA PARA EMAGRECER? – DR. HEWDY LOBO RIBEIRO

Postado em 29 de novembro de 2014 Por admin MEDICINA & SAÚDE, ROTATIVAS

Geralmente os programas comportamentais de perda de peso, ao analisar o controle de estímulos de pessoas, locais ou alimentos já calculam uma prevenção da recaída. Deve-se sempre levar em consideração as situações que levam a aumentos pequenos de peso, destacando ser essencial evitar reações as psicológicas que desencadeiam comportamentos que engordam.

Assim, a psicoterapia pode auxiliar a pessoa a desenvolver estratégias de autocontrole adequadas às suas necessidades. Fatores psicológicos e emocionais estão associados ao aumento do consumo de alimentos, por isso a mudança comportamental é usada no tratamento obesidade. O auto-monitoramento faz parte do programa de mudança comportamental e consiste em auto-observação dos fatos, sentimentos, pensamentos e atitudes que ocorrem antes, durante e após as tentativas de manter um comportamento prudente ao alimentar-se e na prática de exercícios físicos.

Embora tenha sido constatado que os aspectos psicológicos não se relacionam às causas da obesidade, as complicações psicológicas decorrentes da doença são comuns devido a sua interação com fatores socioculturais. As crenças distorcidas a respeito da obesidade, com conceitos preconceituosos, reforçam a ideia de que pessoas obesas são limitadas em diversos aspectos. Esta crença é inadequada, porque a obesidade é uma doença que pode ter componentes psíquicos desencadeadores e/ou mantenedores, sendo a abordagem multidisciplinar necessária para o tratamento adequado desta patologia.

O indivíduo obeso apresenta sofrimento psicológico decorrente tanto dos problemas relacionados ao preconceito social e a discriminação contra a obesidade, como das características do seu comportamento alimentar. A depreciação da própria imagem física leva à preocupação opressiva com a obesidade, tornando o obeso inseguro devido a sua inabilidade de manter a perda de peso. A falta de confiança, a sensação de isolamento, atribuída ao fracasso da família e dos amigos em entender o problema, assim como a humilhação, decorrente do intenso preconceito e discriminação, aos quais os indivíduos obesos estão sujeitos, remetem enorme carga psicológica ao obeso.

Em face à pressão social adversa ao ganho de peso e obesidade, muitos indivíduos, particularmente mulheres, tentam impor algum controle sobre o próprio padrão alimentar e a seleção de alimentos, isto é comumente denominada restrição dietética. Frequentemente, pessoas obesas tentam perder peso, e a natureza de suas respostas emocionais pode ser refletida como uma característica psicológica. Sintomas como humor depressivo, ansiedade, fraqueza e preocupação em comer são predominantes. Estes sintomas podem, também, como a obesidade serem reduzidos por meio de programas baseados na modificação comportamental, na dieta e nos exercícios (STUMKART; WADDEM, 1992).

DR. HEWDY LOBO Ribeiro – Psiquiatra Forense pela ABP, psicogeriatra. Saiba mais.