19º FESTIVAL DE CINEMA JUDAICO DE SP
O Julgamento de Vivianne Amsalem e A Dama Dourada estão entre os 19 filmes inéditos da programação de ficções e documentários
De 4 a 9 de agosto, o Clube Hebraica realiza o 19º Festival de Cinema Judaico, trazendo a São Paulo 22 produções, 19 delas inéditas no Brasil, apresentadas em diversos festivais internacionais. A programação inclui longas-metragens de ficção e documentários que contam histórias emocionantes baseadas na cultura e tradição judaica.
O evento ocorre em cinco endereços paulistanos – duas salas no Clube Hebraica (teatros Arthur Rubinstein e Anne Frank), Cinemark Pátio Higienópolis, CineSesc, Teatro Eva Herz (Livraria Cultura do Conjunto Nacional) e Museu da Imagem e do Som (MIS). As sessões no Teatro Anne Frank e no MIS são gratuitas, enquanto nas outras salas os ingressos custam R$ 12 (inteira).
Neste ano, o destaque do festival é a força da mulher em diferentes abordagens. O filme de abertura O Julgamento de Viviane Amsalem conta o drama protagonizado pela atriz Ronit Elkabetz (também diretora do filme), que interpreta uma personagem que luta há três anos para recuperar sua liberdade e dignidade através do divórcio, mas sem o consentimento do marido. Uma atuação forte e emocionante que arrancou elogios de críticos ao redor do mundo. O filme terá uma sessão só para convidados no dia 3 de agosto e reprise aberta ao público no dia 8.
Outro filme centrado na figura feminina é A Dama Dourada – que marcará a abertura do Festival ao público no dia 4 de agosto. O longa-metragem narra a história de Maria Altmann, uma judia interpretada pela atriz Helen Mirren que sobrevive à Segunda Guerra Mundial e decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro “Woman in Gold”, de Gustav Klimt – retrato de sua tia que foi roubado durante a ocupação nazista. Ela recebe a ajuda de um jovem advogado inexperiente e idealista. Vale lembrar que o filme também será reprisado no dia 8 de agosto, junto com O Julgamento de Viviane Amsalem.
Além de outros títulos sobre mulheres inspiradoras (Susan Sontag, Flory, As Musas de Bashevis Singer, A Variante Polgar), merecem destaque também Esse Viver Ninguém Me Tira, de Caco Ciocler, e Mamaliga Blues – representantes nacionais desta edição, o bom humor de Massa e o drama delicado e polêmico Festa de Despedida.
SERVIÇO – 19º Festival de Cinema Judaico
Data: 4 a 9 de agosto
Horário: ver programação de cada filme no site: www.fcjsp19.com.br
Locais: Hebraica – Teatros Arthur Rubinstein e Anne Frank (Rua Hungria, 1.000 – Jardim Europa), CineSesc (Rua Augusta, 2.075 – Cerqueira César), Cinemark Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 646 – Higienópolis), Teatro Eva Herz (Av. Paulista, 2.073) e MIS (Av. Europa, 158).
Ingressos: Teatro Anne Frank (Hebraica) e MIS: gratuitos. Teatro Arthur Rubinstein (Hebraica), CineSesc, Pátio Higienópolis e Teatro Eva Herz: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).
PROGRAMAÇÃO
OUTRA(S) IMAGENS
JULGAMENTO DE VIVIANE AMSALEM – GETT
Direção: Ronit e Shlomi Elkabetz
Prêmios: Melhor Filme Israel Academy 2014 / Melhor Filme Festival de Chicago 2014 / Melhor Atriz Festival de Hamburgo 2014 / Indicado ao Globo de Ouro 2015 / Melhor Filme e Prêmio do Público Festival de Jerusalém 2014
Sinopse: Em Israel, não há casamento civil, nem divórcio. Apenas os rabinos podem legitimar um casamento ou sua dissolução. Porém, essa dissolução só é possível com pleno consentimento do marido, que, no final, tem mais poder do que os rabinos. Viviane Amsalem luta há três anos para recuperar sua liberdade e dignidade através do divórcio, mas o marido Eliseu não concorda com essa decisão. Uma atuação emocionante e inesquecível de Ronit Elkabetz.
A DAMA DOURADA – WOMAN IN GOLD
Direção: Simon Curtis
Sinopse: Na década de 1980, Maria Altmann (Helen Mirren) vive a história de uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o “Woman in Gold”, de Gustav Klimt – retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado inexperiente e idealista (Ryan Reynolds).
MAMALIGA BLUES
Direção: Cassio Tolpolar
Sinopse: Em 1931, Abram Tolpolar e sua esposa Raquel emigraram da Moldávia até o Sul do Brasil. Setenta e sete anos depois, seu único filho, Mauro Tolpolar, fez a viagem de volta. Acompanhado de seus dois filhos, que nunca tiveram a chance de conhecer os avós, Mauro visitou os vilarejos onde seus pais nasceram e achou repostas de um passado desconhecido. Com apenas uma foto antiga de um túmulo, os Tolpolar percorreram paisagens antigas, cemitérios abandonados e chegaram a lugares desconhecidos, sempre procurando pistas de parentes desaparecidos durante o Holocausto.
ESSE VIVER NINGUÉM ME TIRA
Direção: Caco Ciocler
Sinopse: O documentário busca reconstruir o período vivido por dona Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa em Hamburgo, quando se apaixona por João Guimarães Rosa. Trabalhando como chefe do setor de passaportes do consulado brasileiro, ela decide ajudar os judeus a emigrar para o Brasil, contrariando o regime nazista e as circulares secretas emitidas pelo governo Getulio Vargas. Única brasileira inscrita na Avenida dos Justos entre as Nações, em Jerusalém, Dona Aracy morreu com 103 anos.
MASSA – DOUGH
Direção: John Goldschmidt
Sinopse: Jonathan Pryce é um velho judeu viúvo, dono de uma padaria que está indo muito mal, já que seu filho não tem interesse em mantê-la e seus clientes estão morrendo. Desesperado e tentando salvar seu negócio, ele aceita como ajudante o filho da faxineira. Ayash é muçulmano, refugiado de Darfur e está envolvido com venda de maconha para ajudar a mãe. Uma improvável amizade nasce entre o padeiro e o seu jovem aprendiz. Massa é uma história amorosa e bem-humorada sobre a superação de preconceitos.
FESTA DE DESPEDIDA – MITA TOVA
Direção: Sharon Maymon e Tal Granit
Prêmios: Melhor Ator e Fotografia Israel Academy 2014 / Melhor Filme e Atriz Festival de Valladolid 2014 / Brian Award e People’s Choice Award Festival de Veneza 2014 / Melhor Atriz Festival de Haifa 2014
Sinopse: Moradores de uma casa de repouso em Jerusalém, Yehezkel e Levana decidem ajudar um amigo muito doente a morrer com dignidade através da autoadministração de uma dose fatal de drogas. O filme é surpreendentemente espirituoso, mesmo tratando de um assunto tão delicado e polêmico como o suicídio assistido. Apresentando alguns dos melhores atores veteranos de Israel, o filme foi muito elogiado pelos críticos por apresentar um tema desafiador, com um equilíbrio hábil de compaixão, risos e uma saudável dose de audácia. Nomeado para 14 prêmios da Academia Israelense, incluindo Melhor Filme, ganhou nas categorias de Melhor Ator e Melhor Fotografia.
A programação completa se encontra no site: www.fcjsp19.com.br
