VALE A PENA SERMOS OTIMISTAS? – RABINO KALMAN PACKOUZ
Muitas e muitas vezes aquilo que nos parece ‘ruim’ ou ‘negativo’ acaba sendo uma bênção. Porém, nesse meio tempo, investimos uma quantia enorme tempo e energia nos preocupando ou nos arrependendo, tudo por nada ou em nosso detrimento.
Já ouviu a velha piada “Você sabe a diferença entre um pessimista e um otimista? O pessimista diz: ‘Não podia ser pior!’ O otimista responde: “Podia sim!’” Podemos resumir a vida da seguinte forma: 10% é aquilo que nos acontece e 90% como o enxergamos. Nossa atitude é a única coisa que podemos ter a esperança de controlar em nossas vidas.
Nossa atitude afeta não apenas nossa própria felicidade, mas os outros também. Frequentemente olhamos para as pessoas que têm uma atitude feliz e positiva como otimistas ‘embriagados’ que não vivem na realidade. Muitas vezes os achamos irritantes e desagradáveis. Porém, quem estará em situação melhor no final: o que olha as coisas positivamente e tem energia para persistir e completar suas metas com êxito ou aquele ‘realista’ que olha para a vida com uma atitude negativa de que provavelmente as coisas ficarão pior?
Eis uma história de autoria desconhecida que esperançosamente acharemos não apenas divertida, mas que terá um impacto em como escolhemos enxergar nossas vidas.
Um rei na África saiu para caçar. Seu companheiro e carregador de armas era uma pessoa com o seguinte lema de vida: “Não poderia estar melhor. Isto veio para o bem!”. O carregador de armas errou ao carregar o rifle, causando uma explosão que arrancou o dedo polegar do rei. Quando o homem exclamou: “Isto veio para o bem”, o rei respondeu: “Não, não veio!” e jogou o carregador de armas na cadeia.
Cerca de um ano depois, o rei saiu novamente para caçar. Dessa vez, porém, foi capturado por canibais. Eles já estavam preparando o rei para o jantar quando perceberam o dedo faltando. Sendo supersticiosos, os canibais não quiseram comer alguém com um defeito e deixaram o rei partir!
Ao retornar ao palácio, imediatamente o rei foi para a prisão libertar seu antigo carregador de armas. “Você estava certo”, falou o rei, “isto veio para o bem! Estou muito arrependido de tê-lo mandado para a cadeia”. “Não”, respondeu o homem, “ficar na cadeia também foi para o bem!”.
“O que você quer dizer com isso? Olhe como você sofreu!”, disse o rei. “Sim”, respondeu o carregador de armas, “mas se não estivesse na cadeia … eu estaria com o senhor!”
É muito importante que cada um de nós se treine para encarar positivamente cada situação vivenciada. Pelo ponto de vista da Torá, tudo o que acontece na vida no final das contas é para o bem. O Todo-Poderoso nos ama e quer o melhor para nós. Ele nos dá oportunidades para o crescimento espiritual e de caráter diariamente.
Muitas e muitas vezes aquilo que nos parece ‘ruim’ ou ‘negativo’ acaba sendo uma bênção. Porém, nesse meio tempo, investimos uma quantia enorme tempo e energia nos preocupando ou nos arrependendo, tudo por nada ou em nosso detrimento.
É uma atitude sábia recordar que a preocupação é definida como juros pagos adiantadamente por uma dívida que nem sempre será contraída.
RABINO KALMAN PACKOUZ – Do Aish Hatorá, é o criador do Meór Hashabat, boletim semanal com prédicas. Saiba mais.
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