PALAVRA DO PRESIDENTE AVI GELBERG

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Façam esse exercício: mentalizem e relembrem um momento bom que vocês passaram na Hebraica. Este momento, e outros tantos, faz e refaz a conexão com o clube, nos deixando orgulhosos em fazer parte desta história e da construção do futuro.


ACREDITAR E VALORIZAR SEMPRE

Começo a escrever essas linhas no intervalo da peça Shrek, cujo elenco é formado majoritariamente por sócios do clube, muito emocionado. Teatro lotado com casais jovens, fi lhos e avós assistindo a um espetáculo digno de qualquer teatro da Broadway. Isso nos dá a certeza de que temos de acreditar cada vez mais em nosso potencial, valorizar a nossa Hebraica e seus associados.

Aliás, há poucos dias, o jornalista Guga Chacra publicou um artigo no Estadão do qual destaco alguns trechos que demonstram o quanto nossa Hebraica é importante no cenário paulistano e nacional e quantas pessoas cresceram e se moldaram
influenciadas pela vivência dentro do nosso clube. Escreve Guga:

“Eu cresci em São Paulo indo a clubes. Embora também tenha sido sócio do Pinheiros na infância, sempre frequentei o Paulistano. Na Hebraica, estive pela primeira vez para competir em um revezamento de natação aos 9 anos. No fim da competição, deram um vale-lanche com um sanduíche e um suco. Nunca vou esquecer. Depois, voltei dezenas de vezes para jogar polo aquático pelo Paulistano nos anos 1990. Comia um pão de queijo e tomava um guaraná no Bar do Pedrinho ou um bolo de chocolate e um suco no Amor aos Pedaços e passeava pelo Ginásio dos Macabeus. Os jogos, no verão, eram na piscina externa, de cinquenta metros. No inverno, na interna, de 25. Os atletas da Hebraica ainda levam uma vantagem que sempre deixou os jogadores de polo aquático do Paulistano, meu clube, com inveja. Eles disputavam uma Olimpíada, a Macabíada, que reúne jovens judeus de todas as partes do mundo para competir em dezenas de modalidades esportivas em Israel. Passei anos sem ir à Hebraica. Mas retornei duas vezes recentemente para dar palestras. Foi uma super honra ir ao maior clube judaico do Brasil para falar de Israel e Oriente Médio. Alguns sócios da Hebraica discordam de minhas análises. Outros concordam. É natural. Mas jamais fui desrespeitado ou me impediram de expor minhas opiniões. Ao contrário, fui recebido como se fosse parte da família. E o fato de ter origem libanesa? Nenhum problema. Mais importante, sou e sempre serei um admirador da comunidade judaica no Brasil.”

Estas palavras de Guga Chacra me fazem pensar: quantas vezes já escutei esse tipo de depoimento de pessoas de dentro e fora da coletividade? Tenho certeza de que temos de acreditar e valorizar sempre nosso clube, nossos sócios, nossos talentos. Eles nos enchem de orgulho e nos emocionam a cada projeto, a cada evento e a cada atividade. Isto nos dá força de ir em frente e deixar a Hebraica mais bonita, mais cuidada. Desta forma, manteremos o clube sempre no patamar que trará a todos a recordação em nossas mentes e corações desta extensão de nossa casa. Façam esse exercício: mentalizem e relembrem um momento bom que vocês passaram na Hebraica. Este momento, e outros tantos, faz e refaz a conexão com o clube, nos deixando orgulhosos em fazer parte desta história e da construção do futuro.

Chag Pessach Sameach para todos e que nesta data nos libertemos dos preconceitos e pensamentos negativos. Vamos deixar o Faraó para trás, assim como o fardo de discussões tolas. Vamos nos unir para a travessia do deserto. Não podemos levar quarenta anos para chegar à Terra Prometida. Façamos isso hoje, amanhã. Está nas mãos, e principalmente na cabeça de cada um de nós, o poder desta decisão.

Shalom.


Fonte: Revista da Hebraica – Abril 2017.

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