NUNCA É TARDE DEMAIS – POR RABINO SHABSI ALPERN

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Sempre é tempo para um recomeço e uma autoavaliação espiritual. O que importa não é a idade e sim a vontade, a determinação e a persistência.


Os 49 dias entre Pêssach e Shavuot estão intimamente ligados à contagem do Ômer. O 33º dia, Lag Baomer, é celebrado com festas e fogueiras. É a data que assinala a cessação da peste que atingiu a grande maioria dos discípulos da academia de Torá do renomado Rabi Akiva, um dos maiores mestres do nosso povo.

A grandeza e a santidade de Rabo Akiva associadas à conduta e estilo de vida de seus discípulos trazem até nós mensagens expressivas de profundo significado. O Talmud relata que Rabi Akiva empreendeu uma vida dedicada ao estuda da Torá, apesar das grandes dificuldades pelas quais passou. Até os 40a anos de idade era analfabeto, pastor de Calba Savua – um dos dois homens mais ricos de Jerusalém – e extremamente pobre.

Certa vez, observando uma gota de água que caia de maneira constante reparou que ela lentamente escavava um furo numa pedra resistente e aparentemente difícil de ser perfurada, e pensou: “A pedra é dura, a água é mole e as gotas pequenas, no entanto, caindo incessantemente, dia após dia, mês após mês, a água consegue furar a pedra! Com perseverança e firme determinação, certamente as minhas dificuldades também poderão ser superadas para que um dia eu possa vir a ser um erudito, assim como muitos do meu povo.”

De fato, anos mais tarde, Rabi Akiva passou a dirigir uma academia de Torá, onde vinte e quatro mil discípulos reverenciaram-no como seu mestre.

Rabi Akiva tinha dois tipos de discípulos:

  • a. os que se aplicavam aos estudos diligentemente e, ao mesmo tempo, tratavam-se com amor e respeito mútuos. Neste mérito sobreviveram à epidemia e obtiveram grande sucesso na perpetuação da Torá. Seus legados e nomes continuam iluminando até os dias de hoje nossas vidas; e
  • b. os que não estavam voltados ao bem estar do próximo. Sua sorte foi selada nos dias da peste, antes de Lag Baômer.

A vida de Rabi Akiva nos deixa como ensinamento que nunca é tarde demais para retornar à Torá e ao judaísmo, pois nada existe que possa se interpor no caminho da firme resolução. Sempre é tempo para um recomeço e uma autoavaliação espiritual. O que importa não é a idade e sim a vontade, a determinação e a persistência. E a lição auferida da experiência dos estudantes de Rabi Akiva é melhor expressa nas próprias palavras do Rabi: “Ahavat Yisrael, o amor pelos nossos irmãos judeus, é o Grande Princípio da Torá.”

A vida de Rabi Akiva nos deixa como ensinamento que nunca é tarde demais para retornar à Torá e ao judaísmo, pois nada existe que possa se interpor no caminho da firme resolução. Sempre é tempo para um recomeço e uma auto-avaliação espiritual. O que importa não é a idade e sim a vontade, a determinação e a persistência. E a lição auferida da experiência dos estudantes de Rabi Akiva é melhor expressa nas próprias palavras do Rabi: “Ahavat Yisrael, o amor pelos nossos irmãos judeus, é o Grande Princípio da Torá.”


Fonte:http://www.beitchabad.org.br/

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