MUSEU JUDAICO DE SP SERÁ INAUGURADO EM ROSH HASHNÁ DE 2018 – POR GLORINHA COHEN
Entrada principal na Rua Martinho Prado
Agora previsto para ser inaugurado em Rosh Hashaná de 2018 no espaço da antiga sinagoga Beth-El – Rua Martinho Prado, 128 – construída no final dos anos 1920 e fechada em 2007, o Museu Judaico de São Paulo continua com suas obras aceleradas. O maior museu judaico da América Latina, entidade geradora e difusora de conhecimento sobre o judaísmo e o que é ser judeu, contou com a doação de 360 mil euros da Alemanha para sua restauração, sendo que a parte nova está sendo feita com verbas de instituições privadas brasileiras.
O Museu Judaico de São Paulo resgatará e guardará o registro sobre a influência da imigração judaica na história do Brasil desde o descobrimento, passando pelos períodos colonial, imperial e republicano, mostrando inclusive personagens que aqui se tornaram célebres, e atuará com propósitos voltados à educação e à cultura.
Seu objetivo será preservar a memória judaica por meio da guarda, conservação e exposição de objetos e obras de arte que fazem parte da história dos judeus desde a sua chegada ao Brasil. O museu também abrirá espaço para exposições de artistas plásticos que abordam essa temática.
“A meta é criar um espaço de referência sobre as relações históricas do Brasil tanto com judeus, quanto com os nazistas. E diferente de vários museus mundo afora, o valor da maioria das peças que serão expostas é simbólico, e não financeiro”, afirma o presidente da entidade, Sérgio Simon (foto).
Células ilustradas com estrelas de Davi, usadas como moeda de troca no antigo campo de concentração Theresienstadt, na atual República Tcheca, constam do acervo. Na prática, as pessoas tinham todo o seu dinheiro confiscado e trocado por estas notas que não serviam para nada.
O acervo do museu já conta com 2.000 obras de arte, entre utensílios domésticos, objetos de decoração e artigos religiosos usados por imigrantes judeus da Polônia, Rússia e Turquia, entre outros países, nos séculos 18 e 19. Dentre as obras que estarão expostas no museu valem ressaltar as 151 peças e antiguidades de reconhecido valor histórico, relacionadas à memória e às tradições judaicas que foram doadas pela família Feffer, bem como obras dos primeiros artistas judeus que se estabeleceram no País.
Diário escrito entre 1941 e 1942 pela adolescente alemã Lore Dublon, assassinada em Auschwitz
Os ambientes iluminados pelos novos vitrais encomendados da mesma empresa norte-americana que forneceu os originais, em 1929, exibirão, dentre outros objetos, garfos e facas de prata decorados com suásticas talhadas. Eles eram usados diariamente no mais sanguinário dos campos de concentração – Auschwitz, na Polônia.
O novo museu contará ainda com biblioteca temática e centro de referência para pesquisas sobre a história do judaísmo, com recursos tecnológicos e interativos. “A história da comunidade e seus reflexos na sociedade brasileira serão contados por meio de som e imagem, em um projeto ainda a ser definido”, disse Simon.
O PROJETO
Modernidade e preservação: linha mestra para a realização de um concurso que definiu a estrutura do Museu Judaico de São Paulo. Renomados escritórios nacionais de arquitetura participaram.
Ao manter as características originais do prédio e incorporar um anexo, ocupando a área desde a rua Martinho Prado até a Avenida 9 de Julho, o projeto de Botti Rubin Arquitetos foi o escolhido. O anexo vai acompanhar o desnível do terreno e compreenderá quatro andares e um mezanino.
Mesclando o antigo e o moderno, a partir das linhas clássicas da Sinagoga e da nova construção em vidro, o Museu estará inserido no projeto “Viva o Centro”, de revitalização da capital.
A Zabo Engenharia é a empresa responsável pela obra e seus técnicos prevêem a incorporação de modernos conceitos de sustentabilidade. Além do uso de materiais ecologicamente corretos, estão previstos sistemas de captação para reuso da água da chuva.
Diretoria
Sergio Daniel Simon – Presidente
Moshe Boruch Sendacz – Vice-Presidente, Diretor de Assuntos Jurídicos
William Kern – Primeiro Tesoureiro
Eduardo Groisman – Segundo Tesoureiro
Roberta Alexandr Sundfeld – Diretora Executiva
Rosaly Chansky – Diretora de Marketing
Josef Czitrom – Diretor de Obras
Marcelo Nudelman – Diretor de Obras
Ruth Sprung Tarasantchi – Diretora de Acervo
Tania Plapler Tarandach – Diretora de Relações Institucionais
Paula Abramovicz Erlich –Divulgação e Marketing
Fontes : www.museujudaicosp.org.br – www.pt.wikipedia.org