PASSADO QUE JAMAIS DEVERÁ SER ESQUECIDO – POR RITA BRAUN

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É sobrevivente do nazismo e autora de livro que conta a sua história e a de sua família. Ministra palestras sobre o Holocausto.

Não basta apenas lembrar, mas transmitir aos jovens o acontecimento da maior tragédia da humanidade contra um povo desarmado cujo único “crime” foi ter nascido judeu. Para tanto é necessário estar atento e vigilante: qualquer manifestação de preconceito contra um indivíduo, seja ele negro, nordestino, índio ou homossexual deve ser levada ao conhecimento das autoridades. Assim como a vende de suásticas por camelôs ou em qualquer estabelecimento ou a pichação da mesma nas paredes é proibida por lei.

Lamentavelmente a história se repete, é provável que não na mesma dimensão, mas tanto a propagando, quanto atos antissemitas vem acontecendo, em especial na Europa onde os muçulmanos estão se multiplicando, conquistando privilégios: como a proibição de publicar matérias sobre o Holocausto consideradas ofensivas aos muçulmanos. A fim de evitar distúrbios e atos de violência, há uma orientação para que os meninos cubram o quipá (solidéu) com um boné e para que as meninas não coloquem a estrela de David em evidência.

Nós, os sobreviventes, estamos temerosos em relação ao futuro, portanto, não medimos esforços a fim de passar adiante o preço de nossa sobrevivência e lamentar profundamente a gigantesca perda de nosso povo, não excluindo as outras etnias que também foram alvo do nazismo.

Não existem raças, só existe a raça HUMANA!

Estamos passando o bastão a vocês jovens! Não nos desapontem porque lembrança e memória são a única sepultura, que podemos oferecer ao nosso povo que não teve direito à vida e a morte serena e digna, sem todo o tipo de torturas.


Fonte: BB Press Especial

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