CONIB, FISESP E A HEBRAICA REALIZAM CERIMÔNIA EM HOMENAGEM A SALOMÃO SCHVARTZMAN Z’L

O salão Adolpho Bloch de A Hebraica ficou lotado para a Haskará (cerimônia) em homenagem ao jornalista Salomão Schvartzman z’l, realizada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e A Hebraica.

Sociólogo e advogado, Salomão Schvartzman faleceu no último dia 06 de julho, em São Paulo. O jornalista atualmente apresentava o “Diário da Manhã”, na Rádio Cultura FM, e tinha uma coluna diária na BandNews.

A homenagem, que teve como Mestre de Cerimônias o presidente executivo da Fisesp, Ricardo Berkiensztat e como chazan, Avi Bursztein, da CIP, contou com discursos dos presidentes da Hebraica, Fisesp e Conib, Daniel Bialski, Luiz Kignel e Fernando Lottenberg, do Professor Silvano Raia, grande amigo de Salomão, e de Marisa Clerman, que falou em nome da família e da viúva Anna Schvartzman.

Em suas falas, todos destacaram o grande legado deixado por Salomão, tanto em sua carreira profissional, mas também por tratar de temas culturais, religiosos, e por nunca ter se escondido como judeu e por sempre encerrar suas falas com o jargão “Seja Feliz”.

O apresentador Otavio Mesquita, também fez uma homenagem especial a Salomão, destacando o convite que ele lhe fez, para ter seu primeiro programa de televisão na Rede Manchete há mais de 30 anos, e segundo ele, o grande responsável pela sua carreira de sucesso.

“Salomão era um jornalista que nunca se escondeu como judeu. Ele adorava o fato de ser judeu e brasileiro. Para ele, as tradições judaicas eram muito enraizadas e ele fazia questão de sempre lembrar isso em qualquer emissora onde estivesse. Acho que as pessoas reconhecem nele esse jornalista que teve coragem de levantar a cabeça e de se dizer orgulhoso por ser judeu”, destacou Anna Schvartzman.

“Salomão é um ícone da comunidade judaica. Ele sempre fez questão de contar as coisas boas da herança que teve. Ele era uma pessoa com uma formação muito ampla, como advogado, sociólogo e com múltiplos interesses, como a música e o jornalismo. Escutar o Salomão sempre foi um prazer, e poder aprender com ele, uma alegria. Hoje estamos prestando essa homenagem a alguém que já está fazendo falta”, frisou Fernando Lottenberg.

“Salomão era uma daquelas raras pessoas que conciliava atualidade com humor refinado. Seus comentários eram muito pontuais e ele era um crítico construtivo. Ele pontuava o que achava certo e procurava dar uma solução ao que não concordava. Sempre se orgulhou da sua condição judaica e ssoube transmitir isso. Ele era uma pessoa de somar, agregar e esse é um legado que ele nos deixa”, complementou Luiz Kignel, que também é sobrinho de Salomão.

Judeu nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, Schvartzman se definia como um paulista de coração, sempre que se referia à cidade em que escolheu morar desde os seus 25 anos. O jornalista, que perdeu avô e tios assassinados no campo de extermínio alemão de Auschwitz, na Polônia, era crítico feroz do antissemitismo.

Uma das passagens marcantes de sua carreira foi a cobertura, em 1961, pela rádio Globo, do julgamento do nazista Adolph Eichmann. Outro foi a menção honrosa conquistada, em 1977, no Prêmio Esso de Jornalismo pela reportagem Doca Doca: Por que mataria a mulher que amava?, sobre o assassinato da socialite Ângela Diniz, publicada na revista Manchete.

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