ANJOS DEFENSORES – RABINO DOVI GOLDBERG

342_história_5_1A Cabalá diz que quando D’us senta-Se no Trono do Julgamento em Rosh Hashaná, é vital que tenhamos “anjos defensores” defendendo-nos contra as acusações provocadas pelos “anjos acusadores”. São as nossas boas ações que criam estes defensores.

Mas há uma maneira de Ele não olhar os nossos detalhes problemáticos; quando somos julgados no meio da comunidade somos vistos como um todo e não cada um por si. O que sobressai é o que nos conecta e nos une com o povo judeu e com o próprio D’us. Nem mesmo os “anjos defensores” conseguem fazer uma defesa tão eficiente!

Em todas as festas, nós, judeus fora de Israel, celebramos dois dias de Yom Tov, enquanto nossos irmãos em Israel celebram apenas um. As exceções são os Dias de Julgamento, Rosh Hashaná e Yom Kipur: os israelenses também fazem dois dias de Rosh Hashaná, e nós, da Diáspora, também celebramos Yom Kipur em apenas um dia. Isto porque não podemos criar uma situação em que os judeus ao redor do mundo clamem com o som do shofar no segundo dia de Rosh Hashaná, enquanto o povo da Terra Santa já tenha voltado ao dia-a-dia. E assim também em relação ao jejum de Yom Kipur.

Quando estamos conectados e unidos, despertamos a Misericórdia Divina nos Dias do Julgamento, e esta é a nossa maior defesa. O verdadeiro “juízo” não é somente sobre o que fazemos individualmente, mas também o quanto percebemos o que acontece ao nosso redor.

Juntos, adultos e crianças, fora e dentro de Israel, a comunidade judaica em todo o mundo ouvindo os simples, porém poderosos toques do shofar nos dois dias de Rosh Hashaná trarão um Shaná Tová Umetuká, com certeza!

Um abraço, Shalom e Shaná Tová!


Rabino Dovi Goldberg – Sinagoga do Morumbi – São Paulo

dg@chabadmorumbi.org.br

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