SINAGOGA LOTADA E AUTORIDADES NA HOMENAGEM A HENRY SOBEL Z’L

A Sinagoga da CIP ficou completamente lotada durante a cerimônia solene (Hazcará) em memória ao rabino Henry Sobel, realizada nesta quarta-feira, 04 de dezembro, pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Congregação Israelita Paulista (CIP) e A Hebraica, com apoio do Instituto Vladimir Herzog.

Conduzida pelo apresentador Serginho Groisman, a homenagem contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de Clarice e Ivo Herzog, viúva e filho de Vladimir Herzog, de Amanda e Alisha Sobel, viúva e filha do rabino, do ator Dan Stulbach, de autoridades como os ex-ministros José Gregori, Celso Lafer e Claudia Costin, o secretário Julio Serson, os vereadores Daniel Annenberg e Gilberto Natalini, o ex-deputado Cunha Bueno, além de representantes da igreja católica, de entidades de direitos humanos e lideranças judaicas.

Em suas falas, o apresentador Serginho Groisman, o ator Dan Stulbach, os presidentes das entidades organizadoras do evento, Mario Fleck (CIP), Luiz Kignel (Fisesp), Fernando Lottenberg (Conib) e Daniel Bialski (Hebraica), e os rabinos da CIP, Dr. Ruben Sternschein e Michel Schlesinger, destacaram o legado deixado por Sobel como um grande conciliador e sua luta pelos direitos humanos, liberdade e democracia e de como fez parte de muitas histórias e celebrações, impactou tantas vidas e tocou o coração de muitas pessoas em momentos determinantes.

“O rabino Sobel foi o primeiro representante de uma instituição a denunciar o assassinato do meu pai, teve a coragem de desafiar o sistema e convocar a população para um ato ecumênico na Catedral da Sé. Quebrou protocolos, enfrentou resistências e deu início ao processo que culminaria na redemocratização do país”, destacou Ivo Herzog.

“Hoje é fácil falar de liberdade, democracia e direitos humanos, mas nem sempre foi assim. Henry Sobel e Dom Paulo Evaristo Arns foram dois gigantes, que juntamente com Jaime Wright se juntaram para um grande ato ecumênico, em um contundente protesto contra a ditadura. Sobel teve a coragem de reconhecer publicamente que Herzog foi assassinado e se recusou a enterrá-lo na área destinada aos suicidas. Ele tinha uma luz própria e, por esse motivo, vim homenageá-lo – não como ex-presidente, mas como brasileiro e como pessoa”, frisou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A cerimônia contou com a exibição de vídeos, músicas e com uma parte litúrgica, finalizando com a canção Le Dor Va Dor, de geração em geração, entoada por crianças e jovens, mostrando a importância da continuidade dos ensinamentos deste grande líder.

Crédito fotográfico: Eliana Assumpção

347_Especial_1_1Fernando Lottenber, Milton Seligman e Ivo Herzog

347_Especial_1_2Jovens cantam Le Dor Va Dor no final de evento

347_Especial_1_3Amanda e Alisha Sobel

347_Especial_1_4Ana Rosa Rojtenberg e Eduardo El Kobbi

347_Especial_1_5Angela Fleck, Miriam Vasserman, Nancy Lottenberg e Adriana Benjamin

347_Especial_1_6 Telma Sobolh e Eve Pekelman

347_Especial_1_7Fernando Lottenber e Luiz Kignel

347_Especial_1_8Dora Lucia Brenner e rabino Ruben Sternschein

347_Especial_1_9Alê Edelstein e vereador Daniel Annenberg

347_Especial_1_10Serginho Groisman

347_Especial_1_11Claudia Costin e Celso Lafer

347_Especial_1_12Rabino Ruben Sternschein e Jack Terpins

347_Especial_1_13Rabino Michel Schlesinger e Fernando Henrique Cardoso