CIÊNCIA DA DOENÇA DE PARKINSON DÁ UMA REVIRAVOLTA SURPREENDENTE

348_saúde_5_1Os neurônios cerebrais também sofrem de senescência, comportando-se como “células zumbis”.
[Imagem: Markus Riessland et al. – 10.1016/j.stem.2019.08.013]


Células zumbis

Em condições neurodegenerativas, como a doença de Parkinson, um grupo específico de neurônios começa a morrer um a um, causando problemas de movimento e outros sintomas. Os cientistas há muito se concentram em descobrir por que esses neurônios morrem.

Mas toda essa abordagem agora sofreu uma reviravolta radical: Esses neurônios envolvidos com as demências podem nem estar mortos.

Acontece que os neurônios afetados na doença de Parkinson podem desligar-se, sem morrer completamente, permitindo que eles também desliguem as células vizinhas.

Markus Riessland e seus colegas da Universidade Rockefeller (EUA) descobriram que esses neurônios mortos-vivos – eles os chamam de “neurônios zumbis” – liberam substâncias químicas que também desativam seus vizinhos saudáveis, levando aos efeitos de “travamento” motor tipicamente observados nos pacientes de Parkinson.

Esta descoberta dá aos cientistas uma melhor compreensão de como a condição causa estragos no cérebro, bem como leva a novas ideias para novos tratamentos.

Senescência celular

Células mortas-vivas não são exatamente uma novidade – de fato, elas são bastante comuns, encontradas em todo o corpo. Como parte de um processo normal, chamado senescência, as células podem se “desligar” quando reconhecem que sofreram um dano ao DNA durante a divisão celular. Isso ajuda a impedir que células danificadas cresçam incontrolavelmente, causando problemas como o câncer.

Contudo, não é comum observar a senescência nas células nervosas do cérebro. Ao contrário de outras células do corpo, os neurônios cerebrais param de se dividir quando estão completamente formados.

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