A COMUNIDADE PERDE GILBERTO DIMENSTEIN Z’L E IACOV HILLEL Z’L

Figuras de destaque em suas respectivas áreas, Gilberto Dimenstein Z”L era jornalista e escritor, e Iacov Hillel Z”L iluminador e diretor teatral.


MORRE AOS 63 ANOS O JORNALISTA E ESCRITOR GILBERTO DIMENSTEIN

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Diagnosticado com um câncer no pâncreas em 2019, o jornalista Gilberto Dimenstein faleceu em São Paulo no último dia 29 de maio, aos 63 anos de idade, vítima da doença.

Autor de vários livros, dentre os quais A guerra dos meninos, O cidadão de papel e A democracia em pedaços, Gilberto foi comentarista da Rádio CBN, colunista da Folha de S Paulo por 28 anos e seu correspondente internacional em Nova Iorque. Trabalhou também no Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Última Hora, revistas Visão e Veja e foi acadêmico visitante do programa de direitos humanos da Universidade de Columbia, em Nova Iorque

Nascido numa família judaica, era filho do pernambucano de origem polonesa Adolfo Dimenstein e de Ester Athias, uma paraense de ascendência marroquina.

Estudou no Colégio I. L. Peretz, em São Paulo e formou-se em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Por suas reportagens sobre temas sociais e suas experiências em projetos educacionais, Gilberto Dimenstein foi apontado pela revista Época em 2007 como umas das cem figuras mais influentes do país.

Ganhou o Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com dom Paulo Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz, do Unicef, Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também ganhou os prêmios Esso (categoria principal) e Prêmio Jabuti, em 1993, de melhor livro de não-ficção, com a obra Cidadão de Papel.

Foi um dos criadores da ANDI – Comunicação e Direitos, uma organização não-governamental que tem como objetivo utilizar a mídia em favor de ações sociais. Em 2009, um documento preparado na Escola de Administração de Harvard, apontou-o como um dos exemplos de inovação comunitária, por seu projeto de bairro-escola, desenvolvido inicialmente em São Paulo, através do Projeto Aprendiz. O projeto foi replicado através do mundo via Unicef e Unesco.

Participou do programa de liderança avançada de Harvard e é o idealizador do site Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle.

Fonte: wikipédia


MORRE O DIRETOR DE TEATRO E ILUMINADOR IACOV HILLEL

358_Fique_1_2Nome dos mais consagrados na área cultural brasileira, morreu no último dia 2 de junho em Santo André/SP, o diretor de teatro e iluminador Iacov Hillel. Tinha 71 anos e lutava contra um câncer de fígado desde 2018.

Iacov foi diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, professor na Escola de Artes Dramáticas da USP (EAD) e da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e era Master of Arts em Rádio e Televisão pela San Francisco State University.

Nascido em um campo de refugiados de Haifa, em Israel, Iacov se mudou para Brasil ainda criança, aos seis anos.

Participou da formação do laboratório da ECA (Escola de Comunicações e Artes) e se destacou como diretor e iluminador em muitas óperas e em trabalhos na comunidade judaica.

Como iluminador, construiu parceria longa com o Grupo Galpão e com companhias de dança e ópera de São Paulo e, como ator, participou de obras famosas como Morte e Vida Severina (1965), Hamlet (1969) e Servidor de Dois Amos (1971). Foi diretor de espetáculos consagrados como Assunta do 21, O Casamento do Pequeno Burguês e Ópera do Malandro, dentre outras, trabalhando com nomes como Ruth Escobar (1935-2017 – em uma das últimas aparições da artista em cena), Wanda Kosmo (1930-2007), Fauzi Arap (1938-2013) e Chico Buarque de Hollanda.

Recebeu inúmeros prêmios pelo seu trabalho, dentre os quais, em 1982, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Molière, a honraria máxima do teatro nacional, naquela época; o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como Diretor de Dança em 1975, pelo espetáculo Isso ou Aquilo, de Marilena Ansaldi e Emilie Chamie e os prêmios Mambembe,criado pelo Ministério da Cultura doBrasil (MINC) em 1977, e Governador do Estado.

Ele deixa uma filha, a produtora Lia Hillel.

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