No MUJ – Museu Judaico de SP,  duas importantes exposições: “Judeus no Brasil: histórias trançadas” e “Modernas! São Paulo vista por elas”, de sete fotógrafas que fugiram da perseguição nazista na Europa.

Exposição “Judeus no Brasil: histórias trançadas”, para lembrar e não esquecer

Você sabe o que foi o nazismo? O fascismo na Europa e sua expressão brasileira, o integralismo?

O Brasil atualmente tem mais de 334 células neonazistas em atividade, que, somadas ao contexto mundial de ascensão de regimes extremistas, racistas e negacionistas, demonstra um tema preocupante.

Exposição “Judeus no Brasil: histórias trançadas”, no primeiro subsolo do MUJ.

Na exposição de longa duração “Judeus do Brasil: histórias trançadas” é possível conhecer um pouco sobre esses movimentos e suas consequências nefastas para a história.

Diante de tantas manifestações recentes que fazem alusão ou apologia a valores fascistas e nazistas, e que negam fatos e dados históricos, o Museu Judaico de São Paulo entende a necessidade de desempenhar um papel pedagógico que combata o avanço desse fenômeno na sociedade brasileira. Para que o público possa conhecer mais sobre o assunto, oferecemos visitas com mediação em nossa área do Memorial ao Holocausto.

Imagem em exibição na mostra “Judeus no Brasil: histórias trançadas”.
Cerimônia da colônia alemã no dia 1 de maio, no Rio de Janeiro; As bandeiras do Terceiro Reich e do Brasil estão ao fundo. Na parede escrito “Trabalho/Paz”. No alto aparece o Graf Zeppelin.

Década de 1930. Acervo easypix.

No percurso da visita, serão apresentados documentos, objetos e depoimentos audiovisuais sobre a ascensão do nazismo na Alemanha, do fascismo na Itália e do partido nazista no Brasil, assim como sobre a Shoá. Também serão compartilhadas reflexões sobre memória, direitos humanos e resistência.

Documento em exibição na mostra “Judeus no Brasil: histórias trançadas”.
Manifesto antissemita da Associação Brasil Livre de Marcelino Ramos (RS). 19 de abril de 1939.

Acervo Museu Judaico de São Paulo.

“O Brasil vive um período crítico com a popularização de conceitos complexos como nazismo, fascismo, genocídio e holocausto, o que torna o trabalho do Museu Judaico cada vez mais importante. O Museu tem objetos que provam a atuação destas células em território brasileiro. O Brasil atualmente tem mais de 334 células neonazistas em atividade, que, somadas ao contexto mundial de ascensão de regimes extremistas, racistas e negacionistas, demonstra um tema preocupante. Os símbolos do nazismo trazem consigo as ideias de intolerância, ódio, racismo e extermínio do outro que não podem ser admitidas”, afirma Roberta Sundfeld, diretora de acervo e memória do MUJ.

Com o compromisso de nunca permitirmos que crimes assim se repitam com nenhuma minoria, o MUJ convida a todos a visitarem a exposição e a fazerem parte desse pacto.

AGENDE SUA VISITA


MUJ inaugura exposição com imagens de sete fotógrafas que chegaram em SP fugindo da perseguição nazista na Europa

Fugindo da perseguição nazista na Europa, sete mulheres fotógrafas – Alice Brill, Claudia Andujar, Gertrudes Altschul, Hildegard Rosenthal, Lily Sverner, Madalena Schwartz e Stefania Brill – chegaram ao Brasil e se instalaram em São Paulo logo nas primeiras décadas do século XX. A seleção de imagens dessas fotógrafas, pela primeira vez reunidas, constitui a nova exposição que o Museu Judaico de São Paulo inaugurou no dia 18 de novembro, a partir das comemorações gerais do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

Modernas! São Paulo vista por elas é composta por cerca de 80 fotografias, grande parte mapeadas pelas curadoras Ilana Feldman e Priscyla Gomes no acervo do Instituto Moreira Salles. As imagens de São Paulo, das décadas de 1940 a 1990, enquadram uma cidade que saía do provincianismo do começo do século passado para tornar-se mais vertical e cosmopolita.

“Alice, Claudia, Gertrudes, Hildegard, Lily, Madalena e Stefania encontraram nos entraves da língua e no caráter democrático da fotografia um caminho para uma prática e para uma profissão. Com seus espíritos ousados e criativos, cada uma no seu tempo e a seu modo, desenvolveram uma concepção de moderno. Lançando-se em um campo majoritariamente masculino, percorreram essa cidade e seus espaços, experimentando, registrando e construindo novas perspectivas”, afirmam as curadoras.

Ao retratar cenas prosaicas do dia a dia – que incluem jornaleiros, transeuntes, passageiros de transportes coletivos, ambulantes, frequentadores de bares e confeitarias, crianças e idosos, a construção civil e o fluxo urbano –, o conjunto apresentado revela como elas edificaram um imaginário poético e moderno da cidade com precisão e rigor formal, mas também com humor.

A mostra narra cerca de 50 anos da história de São Paulo por meio do pioneirismo de fotógrafas mulheres cuja lente cosmopolita contribuiu para a modernização da fotografia brasileira.

Modernas! São Paulo vista por elas conta com a colaboração do Instituto Moreira Salles.

MUSEU JUDAICO DE SÃO PAULO
Terça a domingo, das 10 às 19h.
Rua Martinho Prado, 128 – Centro – SP
55 11 3258 1396
marketing@museujudaicosp.org.br

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