Lançamento de relatório sobre antissemitismo reúne lideranças na Hebraica de SP

Representantes da Conib, Fisesp e DSC

A CONIB lançou, em parceria com a Fisesp e o Departamento de Segurança Comunitária (DSC), nesta quarta (8), no clube A Hebraica de São Paulo, o seu primeiro Relatório de Antissemitismo no Brasil.

Participaram do evento o presidente da CONIB, Claudio Lottenberg, os diretores da instituição Sergio Napchan, Rony Vainzof, Luiz Kignel, Ruth Goldbberg, o presidente da Fisesp, Marcos Knobel, o presidente-executivo dessa federação, Ricardo Berkiensztat e o diretor Daniel Kignel, além de líderes do Departamento de Segurança Comunitária, entre eles os diretores Fernando Ber, Alexandre Judkiewicz e Leslie Sasson, responsáveis pela captação de dados e elaboração do relatório, e representantes da imprensa judaica.

O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, destacou a importância do documento como base “para propor futuras ações às autoridades, tanto educativas como punitivas”. “Essa iniciativa é da maior importância – muitos países já fazem isso -, porque todos os dias vemos manifestacões de discurso de ódio em nosso país”.

Rony Vainzof pontuou que o relatório é resultado de um longo trabalho de captação de dados: “É impossível falar sobre a adoção de ações públicas sem dados relativos a manifestações de discurso de ódio”.

“Seria importante trazermos a questão do discurso de ódio junto com a do antissemitismo e reunirmos as outras minorias para estarem conosco nessa luta, assim estaríamos todos juntos para atacar o preconceito, seja ele contra judeus, negros ou qualquer outra minoria”, pontuou o presidente da Fisesp, Marcos Knobel.

Lideranças, voluntários e jovens também participaram

O documento foi elaborado com base em dados coletados em 2022, por meio de relatos e notificações feitas ao Canal de Denúncias do Departamento de Segurança Comunitária (DSC). Casos de antissemitismo foram classificados em três frentes: antissemitismo entendido como racismo; nazismo e, por fim, negação/banalização do Holocausto.

A ideia veio da necessidade de se ter dados consolidados e confiáveis e que busquem dimensionar o antissemitismo no Brasil e permitam analisar sua evolução e tendências, de modo a auxiliar na construção de políticas públicas de combate ao discurso de ódio e ao preconceito de modo geral e ao antissemitismo em particular.

Mapear o antissemitismo no país é desejo antigo. Este é o primeiro passo de um projeto em que se espera municiar, de forma regular, a sociedade com dados confiáveis e oferecer mais uma ferramenta ao combate do ódio e da intolerância.

Acesse aqui o relatório:https://www.conib.org.br/images/user/2023-03/RELATÓRIO_ANTISSEMITISMO2_2022