ALEXANDRE HERCHCOVITCH: 30 ANOS ALÉM DA MODA – EXPOSIÇÃO NO MUJ

O Museu Judaico de São Paulo tem a alegria de apresentar a exposição “Alexandre Herchcovitch: 30 anos além da moda.”

Mais do que ter acesso a um acervo de roupas, sapatos, bolsas, chapéus, fotos e vídeos exclusivos de desfiles, a partir de 20 de abril, o público poderá conhecer mais sobre a trajetória e o processo criativo de um dos mais talentosos estilistas brasileiros.

Filho de imigrantes judeus de segunda geração que deu seus primeiros passos como estilista ao aprender com sua mãe, Regina Herchcovitch, dona de uma confecção de lingeries na época, a costurar e logo pôs suas ideias em prática ao criar roupas para ela.

“Estou bastante feliz em poder mostrar parte do meu acervo e de minhas ideias ao grande público. Sempre sonhei com este momento”, diz Alexandre.

A curadoria de Maurício Ianês reconta os anos de trabalho árduo, criativo e impecável de Herchcovitch que o levaram para as principais semanas de moda de São Paulo, Rio de Janeiro, Londres, Paris e Nova York; e a vestir personalidades como a estrela islandesa Björk e a atriz estadunidense Scarlett Johansson, além de grandes modelos como Gisele Bündchen, Caroline Ribeiro e Fernanda Tavares, ícones da moda internacional nos anos 1990 e 2000.

Nos bastidores da carreira estrelada, o estilista nunca deixou de prezar por sua família, seu círculo de amigos e sua origem judaica. “Alexandre Herchcovitch: 30 anos além da moda” também aborda como a estética das mulheres judias religiosas da Europa Central e do Leste e as roupas dos Haredim (judeus ultraortodoxos) se misturaram a macacões sadomasoquistas, sapatos de saltos altíssimos, roupas de látex, vestidos de cetim de seda desconstruídos, lingeries, babados inspirados por Carmen Miranda, burkas e biquínis, sempre com um pé nas comunidades alternativas que o receberam quando era jovem: os punks, góticos, ravers, as drag queens, as trabalhadoras sexuais, as travestis e as transexuais.

A exposição é um retrato de um estilista que exprimiu a influência de sua identidade judaica, sempre em diálogo com outras perspectivas e identidades.

20
20