FELIZ ATÉ NO SOFRIMENTO – Rabino Nissim Katri

A civilização ocidental tem feito o erro de comparar felicidade com prazer. Já que a busca da felicidade é aceita como um direito humano inalienável, este erro faz com que pessoas também vejam a busca do prazer como um direito inalienável. A falha ao conseguir prazer máximo na vida é considerada uma injustiça que muitos procuram “corrigir” com o uso de drogas que produzem euforia.

Felicidade e prazer não são sinônimos.

Além do tipo alegre de felicidade que somos acostumados em celebrações familiares e festas, existe outro conceito de felicidade que é descrito no Talmud.

“A pessoa deve fazer uma benção quando coisas ruins acontecem da mesma maneira como coisas boas ocorrem”. O Talmud diz que essa benção deve ser recitada com felicidade. Rashi explica que felicidade aqui não significa alegria. É irreal esperar de uma pessoa fique alegre quando algo ruim acontece. Mas a alegria aqui é “com completo coração” , isto é, com fé e confiança em D’us. Este é o tipo de felicidade que a pessoa pode ter mesmo quando ele é privado de prazer e mesmo quando ele está sofrendo.


RABINO NISSIM KATRI

RABINO NISSIM KATRI – É emissário do Rebe de Lubavitch e diretor do Beit Chabad de Belo Horizonte/MG. . Foi dos primeiros rabinos a serem ordenados no Brasil. Saiba mais.

www.chabadbhz.com.br

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